Time tem duas apresentações distintas dentro da vitória contra o Audax, mas ainda é pouco diante da proximidade do começo da parte decisiva da temporada
O Botafogo venceu o Audax por 2 a 1 na noite do último domingo e saiu em vantagem na final da Taça Rio. Mais do que o resultado, o jogo no Raulino de Oliveira trouxe dois times no gramado: o Alvinegro nos primeiros 60 minutos da partida, sem nenhum destaque, e o da última meia hora, a luz no fim do túnel.
Audax-RJ 1 x 2 Botafogo - Melhores momentos - Final da Taça Rio
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A questão é que, mesmo com a melhora, nenhuma das duas versões traz um sentimento de total confiança para o início da parte decisiva da temporada. A equipe de Luís Castro estreia na Copa Sul-Americana nesta quinta-feira contra o Magallanes, no Chile; na quarta-feira da outra semana, inicia o confronto da terceira fase da Copa do Brasil contra o Ypiranga em Erechim.
O primeiro tempo precisa ficar como um marco negativo para a temporada 2023. Uma espécie de corte negativo. Foram os piores minutos do Botafogo no ano. O gol do Audax nasce em bobeira de Di Plácido, que faz confusão ao tentar se antecipar à linha de impedimento. Émerson Urso foi mais rápido e venceu Lucas Perri.
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O time parou aí. O primeiro tempo foi baseado em lançamentos sem embasamento em direção à área, quase sempre rebatidos pela defesa do Audax. Tiquinho, Eduardo e Raí ficavam entubados dentro da área, encaixotados pela defesa adversária, retrancado com os dez jogadores de linha. Di Plácido e Carlos Alberto ficaram abertos nos lados do campo buscando dar amplitude, mas também praticamente só jogaram a bola na direção da área sem muito desenvolvimento.
Audax x Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
A etapa complementar mostrou melhora - afinal de contas, a régua era difícil de piorar. A entrada de Luís Henrique foi precisa para isto: diferentemente de Carlos Alberto, o camisa 11 tentava driblar quando dominava a bola. Os pequenos movimentos, mesmo que as vezes desarmados ou errados, já serviram para bagunçar a defesa do Audax. Isso acabou liberando espaço para Marcal e o time, consequentemente, melhorou.
O primeiro gol nasce justamente em jogada no lado esquerdo, com o camisa 11 cruzando na medida para Tiquinho. O segundo foi quase um grito de desabafo: Gustavo Sauer fez boa jogada individual, deixou dois para trás e guardou. Na comemoração, abraçou os companheiros e agradou aos céus. São, vale lembrar, R$ 10 milhões investidos pelo clube ali é uma alta expectativa no meia.
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As tramas de “superação” de Luís Henrique e Sauer são pontos chamativos, mas o coletivo ainda levanta dúvidas. Os últimos minutos do Botafogo foram bons e o clube criou a virada sobre o Audax por base da pressão.
Mas e na Sul-Americana? E em um contexto pouco favorável, de torcida adversária pressionando? As nuances de uma partida nem sempre vão permitir que o coletivo consiga uma virada em um dia sem a inspiração necessária. Os muitos “se” serão respondidos nos próximos dias.
"Não tem muito para elogiar no Botafogo", diz Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/nao-tem-muito-para-elogiar-no-botafogo-diz-pedro-dep-a-voz-da-torcida-11501349.ghtml)
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Fonte: GE/Por Sergio Santana — Rio de Janeiro
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