Órgão, que é auxiliar do Conselho Deliberativo, emitiu parecer recomendando a reprovação do balanço de 2022 do clube associativo sob o comando de Durcésio Mello
O parecer do Conselho Fiscal do Botafogo recomendando a reprovação do balanço financeiro do clube associativo não foi bem recebido por John Textor, empresário americano dono de 90% das ações da SAF do clube.
Textor aparece ao lado de Bruno Cheyrou em comemoração do gol de Tiquinho contra o Fortaleza (https://ge.globo.com/futebol/video/textor-aparece-ao-lado-de-bruno-cheyrou-em-comemoracao-do-gol-de-tiquinho-contra-o-fortaleza-11691374.ghtml)
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Em entrevista exclusiva ao ge, Textor criticou a postura dos conselheiros que, segundo ele, querem tirar o presidente Durcesio Mello do comando do associativo.
- O motivo que estou divulgando isso [projeto do Centro de Treinamento] agora porque esse é o tipo de coisa incrível que Durcesio está nos ajudando a fazer. E esses covardes sem rosto querem criar uma Terceira Guerra Mundial entre o clube e a SAF. Eles vão matar coisas como essa, entende? Somos amigos do clube associativo e ninguém me pediu para fazer isso - afirmou John.
O americano questionou os benefícios trazidos para o clube pelos conselheiros, destacando as condições de treino de alguns atletas olímpicos do associativo e das categorias de base do basquete como exemplo.
John Textor no Nilton Santos — Foto: Vitor Silva/BFR
- Eu me preocupo com o Remo. Eu estou comprando novos barcos para o setor de regatas. Esses caras não dão nenhum dinheiro, certo? Eu estou investindo US$ 20 mil (R$ 96,2 mil na cotação atual) em barcos de remo para que esse rapaz Lucas [Verthein], que é um remador incrível, tenha um barco top e possa ir ganhar nas Olimpíadas.
Quando eu vou ao basquete e vejo meninos de 15 anos treinando com bolas de basquete de m****. Bolas custam US$ 20. Eles não têm dinheiro sequer para comprar bolas e, ainda assim, querem aparecer e dizer que eu sou ruim para o clube, quando o que estou fazendo é gastar meu tempo fazendo essas coisas
— John Textor
De acordo com o empresário americano, informações confidenciais do contrato do clube com a SAF foram vazados por conselheiros, rompendo contrato de confidencialidade entre as partes.
- Eles quebraram o acordo de confidencialidade que nós temos com o clube ao mandar cópias de acordos para a imprensa. Os motivos deles precisam ser questionados quando eles violam contratos. Essas pessoas são covardes sem rosto e nome.
Se eles querem ser líderes do clube associativo, deveriam fazer isso com os próprios nomes e rostos, e deveriam falar à luz do sol. Ser um líder é duro, solitário. Você tem que se levantar na frente de muitas pessoas e comunicar sua visão. Então não façam isso em segredo, como covardes, vazando coisas para a imprensa. Venha para a luz do sol e, falando nisso, antes de fazer, doe uma p**** de uma bola de basquete para as crianças do clube
— John Textor
Durcesio Mello, presidente do Botafogo, com John Textor — Foto: Divulgação/Botafogo
Textor negou que não esteja cumprindo o que prevê o contrato entre o associativo e a SAF em termos de aplicação dos investimentos e justificou, dizendo que investiu mais do que o estipulado no primeiro ano de contrato.
- Eu fui absolutamente claro sobre isso, nós aplicamos mais do que o previsto no primeiro ano. Nós usamos crédito da quantia que seria usada no segundo ano porque o contrato nos permite fazer isso - concluiu.
O Conselho Fiscal é um órgão auxiliar do Conselho Deliberativo do clube, então o parecer é apenas uma recomendação. A decisão pela aprovação ou não das contas ainda será votada pelos conselheiros.
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Fonte: GE/Por Giba Perez, Jéssica Maldonado e Sérgio Santana — Rio de Janeiro
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