Treinador não dá pistas se vai aceitar proposta do Al-Nassr, da Arábia Saudita, após partida contra o Magallanes
Luís Castro não se pronunciou sobre o seu futuro em entrevista coletiva após a partida entre Botafogo x Magallanes, na noite desta quinta-feira, pela Copa Sul-Americana, no Estádio Nilton Santos.
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Com negociação praticamente certa para defender o Al-Nassr, da Arábia Saudita, o português evitou falar sobre o futuro após o duelo e focou apenas em questões dentro de campo.
- Na sexta-feira passada tive uma reunião passada com John Textor, falamos sobre o momento do clube, sobre a vitória contra o Palmeiras, sobre a janela e sobre o interesse do Nassr que poderia haver em mim. Foi comunicado que não havia nenhuma proposta oficial à altura e seguimos então uma conversa após uma reunião entre meu agente e meu advogado após que houvesse uma proposta oficial. Essa reunião será amanhã e eu só vou tomar uma posição após essa reunião e só aí direi algo. Não é de bom aceitar qualquer que seja aceitar algo sem falar com as partes. A conversa foi de bom tom com o dono do clube.
Luís Castro em Botafogo x Magallanes — Foto: André Durão/ge
Luís Castro não deu garantias que vai continuar que vai continuar, mas saiu em defesa do elenco e do clube, afirmando que a instituição melhorou muito desde que ele chegou, em março do ano passado.
- Quando fui contactado pelo Botafogo através do John Textor, foi um mês antes de sair do Duhail e, mesmo já acordado com o Duhail, ficou acordado que eu sairia depois da final da Copa. Minha vinda para cá foi para reorganizar o clube, para formarmos um elenco competitivo, lutar por algo maior do que estávamos fazendo, era um clube que estava vindo da Série B, com vários problemas, não tínhamos campo de treino, um estádio com gramado problemático e colocamos mãos à obra. Conseguimos um lugar para treinarmos, fomos até o Lonier e hoje conseguimos vestiários para todos os lugares, abandonamos compartimentos de dois, três blocos, hoje temos refeitórios. Os campos também tivemos que colocar mãos à obra e felizmente hoje temos um estádio renovado, com melhores condições, temos um elenco que continua na Sul-Americana, que está em primeiro lugar no Brasileirão e me deixa muito feliz. Todos foram muito importantes, não foi só eu importante.
- O conceito família não depende só de uma pessoa. O pai pode sair para trabalhar. Quando se ama, amam todos. Não é preciso estar junto para se gostar. Se eu tomar a decisão após a decisão de amanhã e partir, sei que a família estará instalada. Sei que há um elenco aqui pronto para todas as batalhas que há na frente. O que mais interessa é o perfil das pessoas que se contratam. Isso já existia há dois, três meses atrás... Não sou só agora importante porque estamos em primeiro, nós já éramos importantes, mesmo quando alguns elementos dessa família eram agredidos em campo. Fique ou parte, o Botafogo é muito maior que as pessoas. O Botafogo jamais será maltratado como maltratam muitas pessoas. Merece o respeito de todos. O Botafogo hoje é um clube respeitado.
A decisão oficial para com o clube carioca será feita nesta sexta-feira. Apesar de já ter comunicado ao estafe de que aceitará a oferta árabe, Luís Castro ainda não falou com pessoas e jogadores do Botafogo sobre a saída.
Sem uma definição quanto a quem comandará a equipe, o Alvinegro volta aos gramados às 16h deste domingo para enfrentar o Vasco, no Estádio Nilton Santos, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Mais declarações de Luís Castro
Demora para aceitar a proposta
- Em um filme, o principal ator ainda não subiu ao palco. Quando que me pronunciei? Já comuniquei ao dono do clube que havia interesse, o que posso dizer sem uma reunião oficial? Não posso saber o que vai acontecer amanhã. Tenho uma opção de sair para dois anos. A proposta oficial chegou ontem, hoje foi dia de jogo. O que iria fazer com jogo hoje? Não sei como se consegue falar dias e dias dessa situação. Chegou uma proposta oficial, amanhã o agente senta com o clube e tomamos uma decisão, tem timing? Não comando o timing. Não posso dizer se vou sair ou não se tem uma proposta oficial.
Ter saído sozinho das arquibancadas do Nilton Santos
- Não queria sair xingando acompanhado pelos meus jogadores. Queria sair sozinho. Meus jogadores não estão acompanhados dos meus processos. Há vários tipos de líder, mas para mim só há um: aquele que valoriza, por isso é que fiquei sozinho. Não quero que eles pensem que é algo para eles quando é para mim. Os meus jogadores nunca devem ser xingados por ninguém. Peço à torcida para nunca xingarem.
Futebol brasileiro
- O Brasil é, foi e será um dos palcos mais importantes do mundo do futebol, o mais importante. Estamos falando de um país pentacampeão e exportadores de jogadores para todo o mundo. É a paixão de quem joga e de quem vê. Cabe à CBF cuidar de quem joga e de quem vê. É um dos campeonatos mais difíceis do mundo e naturalmente os olhos estão voltados para cá.
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Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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