Após saída de Luís Castro, nível de aceitação do técnico interino nos bastidores é alto
O clima do elenco do Botafogo não foi desestabilizado pela saída de Luís Castro, que deixou o clube no meio da temporada para fechar com o Al-Nassr, da Arábia Saudita. Enquanto John Textor, proprietário da SAF, quer Bruno Lage como substituto, o Alvinegro tem Cláudio Caçapa como técnico interino. E o feedback foi de aceitação.
Claudio Caçapa pelo Botafogo contra o Vasco (https://ge.globo.com/video/cacapa-11749933.ghtml)
Tudo foi às pressas. Caçapa foi convidado pela diretoria do Botafogo para assumir ao clube na sexta-feira, quando passava férias com a família no interior de Minas Gerais, arrumou as malas e chegou ao Rio de Janeiro no sábado. No domingo, o Alvinegro venceu o Vasco por 2 a 0, pelo Brasileirão.
Nos dois dias que sucederam a saída de Luís Castro, os treinos foram comandados por Lúcio Flávio, comandante do time sub-23 e auxiliar de Caçapa na área técnica no clássico. O interino chegou à Cidade Maravilhosa já depois da atividade, quando o elenco estava concentrado em um hotel na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
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Os momentos entre jogadores e o novo treinador antes de um importante jogo foram baseados 'apenas' na conversa. Em um longo papo durante a concentração, Caçapa se apresentou ao elenco, falou um pouco sobre a carreira como jogador, o que fez em Lyon na função de assistente e o que pensa sobre futebol. Não houve conversa tática - afinal de contas, o que trazer de novo aos atletas em apenas um papo?
Para os jogadores, Caçapa foi apenas elogios. O interino afirmou que estava orgulhoso da campanha que eles estavam fazendo na temporada 2023 até agora e tentou trazer alguma palavra de animação, tentando não fazer os atletas perderem o foco pela saída de Luís Castro. Nenhuma grande instrução foi direcionada, mas sim uma ordem para manter o trabalho.
A aceitação por parte do elenco veio pela forma simples, simpatia e humildade na forma de falar. Caçapa se apresentou e foi conversar com cada jogador presente um por um, apertando mãos. A mesma coisa se repetiu com os membros da comissão técnica e diretoria.
Cláudio Caçapa em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Cláudio teve uma pequena reunião com a comissão técnica do sub-23, liderada por Lúcio Flávio, depois da conversa para os jogadores. Nela, o ex-meia passou números e comentou como foram os últimos dois dias de treinos. Foi combinado que a espinha dorsal que vinha sendo utilizada por Luís Castro seria mantida.
- É muito raro você chegar em um lugar e ser tão bem acolhido como eu fui aqui. São pessoas, isso é o mais difícil. É o trato do ser humano. No futebol sabemos que isso não é fácil. Queria também reforçar o que o André (Mazzuco) falou, a colaboração foi demais. O que eu falei para vocês, atletas, agora, isso não é acaso. Vocês são bons, merecedores. Temos muitas vitórias para buscar e vamos buscar sim porque vocês são muito bons dentro de campo e, mais importante, fora de campo. Na vida a gente tem aquilo que merecemos - comentou Caçapa com os jogadores no vestiário após o jogo.
Internamente, o grupo foi definido como "especial". Os atletas abraçaram Caçapa, reafirmaram a confiança no interino e comentaram que gostaram da forma que ele aborda a forma de pensar. Foi prometido aos presentes que o grupo não sentiria a saída de Castro e que os jogadores tentariam "se provar", com o objetivo de conquistar o Brasileirão.
Depois de passar pelo Vasco, Caçapa tem um novo desafio pela frente: com uma semana livre, o interino terá cinco dias de treinamento até o jogo contra o Grêmio, no próximo domingo, e que promete ser decisivo para a parte superior da tabela do Campeonato Brasileiro.
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Fonte: GE/Por Sérgio Santana — Rio de Janeiro
CAÇAPA NELES
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