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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Após derrota do Botafogo, Bruno Lage bate na mesa, diz palavrão e pede: "Acreditem como nós"



Líder do Brasileirão emendou a terceira derrota seguida no Brasileirão



Mesmo que ainda líder do Brasileirão, o Botafogo conheceu a terceira derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro. A equipe de Bruno Lage perdeu para o Corinthians por 1 a 0 pela 24ª rodada, na Neo Química Arena, e o técnico foi enérgico ao pedir o apoio da torcida para entender o momento do time.



Após derrota do Botafogo, Bruno Lage bate na mesa, diz palavrão e pede: "Acreditem como nós" (https://ge.globo.com/video/apos-derrota-do-botafogo-bruno-lage-bate-na-mesa-diz-palavrao-e-pede-acreditem-como-nos-11970478.ghtml)


- Puxem para cima agora, é do que eles (jogadores) precisam. O torcedor do Botafogo é apaixonado, de um clube grande, mas na primeira rodada estavam lá 10 mil. Agora estão 50, 60 mil a empurrar esse time. Foram eles (jogadores) que puxaram para cima. Agora eles precisam desse carinho. E não que "olha, vamos entregar o ouro, vamos perder". Não, c******! Acreditem como nós, porque eles acreditam. Estavam com 10 jogadores a correr, p****. Deram a vida pelo capitão, que teve que sair aos 25 minutos. Agora é o momento de estarmos todos juntos. Se tiverem que bater, batam em cima do treinador, sem problema nenhum. Segundo turno é difícil, as equipes já sabem como o Botafogo joga, as virtudes, como podem nos atacar. Faz parte do nosso trabalho, do meu trabalho, entender como vamos ganhar. E vamos ganhar! - desabafou, enquanto batia na mesa.



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Bruno Lage comanda Botafogo contra o Corinthians na Neo Química Arena — Foto: Vítor Silva/Botafogo


- Da mesma maneira que eu estou assertivo aqui, vocês entendam que é a forma que eu estou. As pessoas dizem: "Olha, como ele é parado na área técnica". Sou parado porque estou me controlando. É assim que eu trabalho todos os dias com meus jogadores, passando energia positiva. Passem também, torcedores. Se tiverem que apontar o dedo, apontem para mim, sem problema nenhum. É no Bruno, é no Bruno, é no Bruno. Deem carinho máximo para eles, não exponham mais pressão ou mais ansiedade, deem liberdade total para eles jogarem o jogo - completou, e pediu desculpas pelos palavrões ditos ao término da coletiva.


Sobre o resultado do jogo, Lage definiu como "inglório" e destacou a atuação após expulsão do lateral-esquerdo Marçal, aos 20 minutos do primeiro tempo, após levantar o pé e acertar Pedro.


- É um resultado inglório, principalmente pela atitude e performance mostrada quando ficamos com um jogador a menos, com 10. O que posso dizer aos torcedores do Botafogo é aqui ninguém desiste, independente de haver sinais de alerta ou não. É contra tudo, como essas situações do futebol, como perdermos nosso capitão por cartão vermelho, e contra todos, porque é um campeonato muito competitivo e temos que jogar contra todos - disse sobre o resultado.


Questionado se considera a terceira derrota no Brasileirão como um sinal de alerta, assim como Tchê Tchê disse na saída de campo, ele rebateu.


- Foi o Tchê Tchê que falou, Tchê Tchê que pode responder o que significa o sinal de alerta. Hoje o que nós sentimos é isso, até mesmo fora, o adversário tem um enorme respeito. E nós temos que ter essa dimensão de campeão, e perceber quais são os passos das equipes que jogam contra nós. Fomos contra o Atlético-MG, jogaram para a trás, e aqui a mesma coisa, perceberam que éramos muito fortes em transição, em blocos, com saída rápidas. Se o sinal de alerta é isso, temos que perceber o que precisamos fazer quando tivermos a posse de bola. Os adversários viram o Botafogo jogar seis meses, e agora temos que perceber onde estão os espaços para darmos continuidade ao nosso jogo.




Tchê Tchê diz que Botafogo precisa ter "cabeça boa" após derrota contra Corinthians (https://globoplay.globo.com/v/11970415/)


Com este resultado, o Botafogo permanece com os 51 pontos, perdendo a chance de aumentar a vantagem para o vice-líder Palmeiras, com 44. O time paulista perdeu por 1 a 0 para o Grêmio na rodada. A próxima partida do Botafogo é na segunda-feira (02/10), às 20h, contra o Goiás, no Nilton Santos.


Outras respostas de Bruno Lage na entrevista coletiva:


Sinal vermelho

- O sinal vermelho são as derrotas. Mas isso já tem vindo antecipar um pouco a equipe desde o início, quando eu cheguei. Quem está do outro lado, também estuda o nosso adversário. E não está a dar o espaço que nós criávamos. Nós temos que continuar a trabalhar e também jogar da maneira que é: ter o espaço para jogar, não ter espaço nas costas e, quando o adversário nos oferece o espaço, para construir.



- Nos jogos anteriores, em dois, três passes a gente estava dentro da área. Quando agora o adversário joga em bloco baixo, não conseguimos fazer isso de estar em dois, três passes. Temos que desmontar com posse, criar outro tipo de jogo. E é ter as duas coisas. A equipe tem trabalhado muito bem nisso. Com o Flamengo fez um bom jogo, criando oportunidades desta forma.


- Temos que olhar e perceber a dimensão que esta equipe tem e eles tomarem de consciência que são os líderes, que tem sete pontos de avanços. E agora quando vão jogar contra o Atlético-MG ou Corinthians, eles que estão lá trás e nós que temos que procurar os espaços e termos que ser a equipe de ter mais paciência com bola para criar oportunidades de gol.





Corinthians 1 x 0 Botafogo | Melhores momentos | 24ª rodada do Brasileirão 2023



O tem a dizer aos torcedores sobre as derrotas

- Por palavras, a primeira coisa é olhar para o espírito que a equipe tem e a forma que, com menos um jogador, fez o jogo. Lutou, correu e criou oportunidade o suficiente, na minha opinião, para empatar. Se empatássemos hoje, seria mais um ponto que abriríamos do nosso adversário. Continuamos com sete pontos de avanço. Quem ganhou dos primeiros seis, sete classificados nesta rodada? As equipes vão todas lutar por objetivos e qualquer jogo, seja dentro ou fora de casa, serão difíceis. Nós viemos de uma sequência de quatro derrotas, aonde três são fora e sabemos o quão difícil é jogar fora.


- Aqui no Brasil sente-se e pesa muito o fator fora e casa pela torcida. A direção, jogadores e comissão técnica estão todos juntos e nós sabemos o que temos que fazer. Temos um percurso e estamos convictos do trabalho que temos que fazer.


- Todos que andam no futebol sabem que havia um momento em que podia chegar esta sequência. Se olhar para trás, estes rapazes que estiveram ali (em campo) fizeram uma sequência de vitórias que bateu recorde. Se olhar para trás, nos últimos 20 anos, se houve um campeão que não teve um momento de perder pontos... Mais importante do que isso. Estamos a perder pontos e ainda temos sete de vantagem. Estamos contentes? Não. Queríamos ter chegado aqui e vencido.



- Eu peço ao torcedor que se concentre é na equipe do Botafogo. Continue a apoiar estes jogadores, porque o que eles fizeram é de uma grandeza enorme. É nesta altura que eles precisam de apoio, conforto.


- Eu os falei há duas rodadas, minhas decisões não podem ser motivos de maior ansiedade e maior pressão para os jogadores. Jogadores tem é que sentir carinho. Ir na rua e ouvir. Passar no aeroporto e ouvir: “Bora que a gente está aqui com vocês”. Não é para o treinador. Treinador está imune a isto. É para os jogadores porque foram eles que fizeram isso. Eles têm que sentir essa dimensão do que é o Botafogo hoje em dia. É a melhor equipe do campeonato tem mais de 50 pontos e terá que fazer uma reta final como foi de início. É um momento que vai passar e vamos já preparar o próximo jogo para ganhar os três pontos.

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