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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Análise: Botafogo mostra potencial, mas cai para Flamengo pelo medo de perder



Time de Tiago Nunes tem boa apresentação no primeiro tempo, mas "fura a bola" na etapa final




"O medo de perder tira a vontade de ganhar". Uma das célebres frases de Vanderlei Luxemburgo ajuda a explicar um pouco a atuação do Botafogo na derrota para o Flamengo na última quarta-feira, no Maracanã, em jogo válido pela 7ª rodada da Taça Guanabara, a fase inicial do Campeonato Carioca.




Veja a coletiva de Tiago Nunes, do Botafogo, após a derrota no clássico (https://ge.globo.com/video/veja-a-coletiva-de-tiago-nunes-do-botafogo-apos-a-derrota-no-classico-12336692.ghtml)


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A parte inicial foi promissora. Com nova formação, tendo três volantes e um meio-campo mais forte fisicamente, o Alvinegro foi levemente superior ao Flamengo nos primeiros 45 minutos de partida. Rossi fez milagre em chute de Tiquinho na pequena área e um chute desviado por Júnior Santos no susto passou perto da trave.


Sem fazer questão da posse de bola, o Alvinegro atingia por meio da pressão, jogadas em velocidade nas pontas e bolas alçadas na área. A defesa se mostrava firma: De La Cruz, atuando pelos lados, pouco construiu; Arrascaeta, com exceção de dribles individuais, também não teve nenhum lance de perigo. Lucas Halter e Barboza foram praticamente soberanos pelo alto.


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O esforço foi tanto que, após o apito final no primeiro tempo, a torcida do Flamengo vaiou e a do Botafogo aplaudiu. O terreno fora construído de forma promissora para a etapa final, mas tudo mudou.


A correria consequentemente fez o time cansar. A forte marcação no meio-campo com o trio Danilo Barbosa, Tchê Tchê e Marlon Freitas com subidas de pressão alta e forças nas disputas físicas fez a energia cair ainda na primeira metade da última etapa.





Luiz Henrique em Flamengo x Botafogo — Foto: André Durão/ge



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O time sentiu. A equipe continuou sem ter majoritariamente a bola, mas passou a se livrar da posse quando conseguia roubar. Faltou perna. Tiago Nunes, contudo, fez a primeira alteração apenas aos 33 minutos, tirando Danilo Barbosa e Tiquinho para as entradas de Eduardo e Savarino - Júnior Santos foi deslocado para o centro do ataque.


O Botafogo, então, assumiu a postura total de tentar contra-atacar. A equipe se retraiu e lançava bolas longas - a maioria delas sem direção ou com força excessiva - para a correria de Savarino ou dos já cansados Luiz Henrique e Júnior Santos. O time abriu mão do que deu certo no primeiro tempo e buscou uma estratégia que chamou o adversário para dentro do próprio campo.


- As substituições foram buscando um time mais ofensivo, coloquei o Eduardo para ser um meia criativo, o Júnior (Santos) tem mais capacidade física e velocidade para ser o homem da última linha, o Tiquinho é um jogador que segura mais a bola. Claro que tem margem de crescimento, é um processo. Mas o jogo de hoje mostra que não estamos tão distante das principais equipes do Brasil - explicou Tiago em coletiva.


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Não que o Flamengo também tenha criado para vencer ou sufocado o Botafogo no segundo tempo, mas o volume de jogo rubro-negro - mesmo que contido em boa parte das vezes pelo Alvinegro - foi bem maior. A análise negativa fica pela mudança de postura da equipe comandada por Tiago Nunes.


É uma escolha: ou se agarrar no que deu certo no primeiro tempo, naquele que foi um time bem postado taticamente e com contra-ataques inteligentes; ou ter a etapa final como exemplo e focar no que o time praticamente (não) fez. O fato? A Libertadores começa em 13 dias para o Botafogo e a margem de erro está cada vez menor.


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Fonte: Por Sergio Santana — Rio de Janeiro

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