Contra o Universitario, time de Artur Jorge joga para vencer e passa recado para outras equipes do grupo
Se os peruanos são o Universitario, o Botafogo foi o professor. Em vitória marcada por imposição, a equipe comandada por Artur Jorge venceu por 3 a 1 pela 3ª rodada da Conmebol Libertadores no Estádio Nilton Santos. A atuação passa um recado às outras equipes do Grupo D: o Alvinegro, de início ruim na competição, está mais vivo do que nunca em busca da classificação.
Voz do Setorista: Giba Perez mostra bastidores da cobertura de Botafogo x Universitario (http://globotv.globo.com/globocom/voz-do-setorista/v/voz-do-setorista-giba-perez-mostra-bastidores-da-cobertura-de-botafogo-x-universitario/12546329/)
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O time entrava pressionado. Afinal, era o único - até aquele ponto - que não havia pontuado na chave. O empate entre Junior Barranquilla e LDU no dia anterior trazia a possibilidade de deixar tudo aberto entre os clubes na disputa pelas duas vagas novamente em caso de vitória.
E assim o Botafogo o fez. Um lance perigoso envolvendo boa ultrapassagem de Damián Suárez ainda nos primeiros minutos da partida mostraria que a tônica seria praticamente um ataque contra defesa. A lesão de Tiquinho Soares, ainda antes dos 15 minutos do 1º tempo, atrapalhou um pouco. Com a entrada de Eduardo, o time mexeu um pouco nas movimentações e demorou para se adaptar - mas isso sempre com a bola no pé e sem sofrer.
Com o camisa 33, Júnior Santos foi colocado como a referência do ataque, fazendo corridas mais entre os defensores ao invés de explorar as pontas. Eduardo era um segundo atacante, com Savarino e Luiz Henrique pelas pontas. O Alvinegro dominava a bola, contava com o apoio dos laterais e de um participativo Marlon Freitas, mas parava no bloco baixo montado pelo Universitario.
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Três fatores foram importantes para o Botafogo transformar o domínio em gols no segundo tempo: mudança de posicionamento de Savarino, John e Alexander Barboza.
Savarino deu assistência na vitória do Botafogo — Foto: André Durão/ge
O zagueiro argentino foi a única mudança de Artur Jorge no intervalo. Com passe qualificado do que Bastos, que iniciara a partida, foi justamente com um lançamento do camisa 20 que nasce o primeiro gol do Alvinegro, que passa por Júnior Santos até terminar em finalização de Eduardo.
Com John, o time teve mais capacidade de saída curta a partir do goleiro. Foi comum ver o arqueiro se adiantar e ficar ao lado dos zagueiros no momento de criação de jogadas. Isso aumentou a superioridade numérica do Botafogo no campo ofensivo, já que automaticamente deixava mais um volante livre no meio-campo para receber e seguir a jogada.
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Para efeito de comparação, John deu 43 passes contra o Universitario. O maior número de passes certos de Gatito, até então titular, com Artur Jorge foi de 30, na derrota por 1 a 0 para a LDU.
- Uma coisa que fica clara é que não darei rodagem a ninguém. Ou trabalham para jogar 90, 15 ou nada, ou jogam o todo. Essa substituição foi opção tática para ter uma opção ao jogo. O John era a pessoa indicada para jogar o jogo de hoje - explicou Artur Jorge sobre a escolha por John.
"Botafogo venceu a primeira das quatro finais pela Libertadores", diz Dep | Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/botafogo-venceu-a-primeira-das-quatro-finais-pela-libertadores-diz-dep-voz-da-torcida-12546280.ghtml)
A principal mudança, porém, fica por Savarino. Outrora mais voltado para a ponta, o venezuelano teve função mais central no segundo tempo, saindo dos lados e indo para o meio. Mais participativo, apareceu com tabelinhas, passes que clarearam jogadas e auxiliou Eduardo em uma função que não lhe era usual para ser um "segundo armador".
O Botafogo venceu e mereceu vencer. A formação de quatro atacantes segue, mas, passo a passo, vem sendo adaptada para que os jogadores do sistema ofensivo tenham funções que compensem os naturais buracos que um esquema muito ofensivo gera.
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Fonte: Por Sergio Santana — Rio de Janeiro
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