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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Comentaristas projetam chaves do confronto entre Botafogo e São Paulo na Libertadores



Carlos Eduardo Mansur e Rodrigo Coutinho analisam o que pode decidir o jogo de ida das quartas





Botafogo x São Paulo: Como chegam os dois times para as quartas da Libertadores? (https://ge.globo.com/futebol/libertadores/ep/conmebol-libertadores-coca-cola/video/botafogo-x-sao-paulo-como-chegam-os-dois-times-para-as-quartas-da-libertadores-12930076.ghtml)



Botafogo e São Paulo protagonizam um dos principais duelos das quartas de final da Taça Conmebol Libertadores 2024. As equipes abrem o confronto nesta quarta, às 21h30 no Estádio Nilton Santos, um duelo de 180 minutos que pode ser decidido nos detalhes.


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As duas equipes estão entre as cinco melhores do Campeonato Brasileiro, sendo os cariocas na liderança e os paulistas na quinta colocação. No torneio continental, a campanha tricolor é melhor, até por isso a decisão da chave será no Morumbis, no dia 25.


O que pode ser decisivo em uma eliminatória que tende a ser tão equilibrada? O ge ouviu os comentaristas Carlos Eduardo Mansur e Rodrigo Coutinho, que projetaram as chaves deste confronto:



Criação do São Paulo

Uma das grandes questões nessas partidas é o quanto o Tricolor Paulista vai conseguir ameaçar o sistema defensivo botafoguense. Nos últimos quatro jogos, a equipe de Zubeldía fez apenas um gol, quando usou reservas na partida contra o Cruzeiro.


- Recentemente, tiveram alguns problemas de criação em dois cenários. Primeiro, quando o adversário fazia uma marcação alta bem encaixada. Teve alguns problemas pra sair disso, principalmente quando é apertado na saída de bola. Eles zeram a bola no Calleri, para ele segurar, ganhar a primeira ou segunda pelo alto, escorar... aí ele tem um pouco mais de dificuldade. Segundo, contra o Galo, o São Paulo teve problema para criar, porque fez uma marcação por encaixe, perseguição, não é exatamente o estilo do Botafogo, mas talvez possa ser uma estratégia do Artur Jorge - destacou Coutinho.


- O próprio rendimento do São Paulo, que tem jogado mal, tem tido dificuldade para ter rendimento bom fora de casa, especialmente ofensivamente tem sido um time que cria muito pouco. E se ele se limitar a defender contra o Botafogo no Nilton Santos, provavelmente ele sai derrotado - completou Mansur


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São Paulo x Botafogo — Foto: Marcos Ribolli



Posse de bola

Ter a bola não é garantia de vitória, mas pode ser importante para a equipe paulista conseguir igualar a partida. Essa é a forma mais eficiente de ameaçar a defesa da equipe treinada por Artur Jorge.


- A chave do jogo para o São Paulo passa por ficar mais tempo com a bola. O Botafogo é um time que defende bem, se sente mais confortável quando fica mais tempo com a bola, quando consegue ter um jogo de posse, mas também de trocas de transição. Quando é um jogo de muita trocação. Se sente confortável assim.


Se o adversário ficar muito tempo com a bola, uma troca de passe mais longa, mais tempo instalado no campo de ataque, aí começa a se impacientar um pouquinho, a apresentar algumas questões defensivas. Atrapalharam em jogos, como contra o Cruzeiro, por exemplo, que é um time que tem essa característica.

— Rodrigo Coutinho


Marcação pelos corredores

Sem a bola, o São Paulo vai precisar de velocidade nas pontas para explorar os corredores que o Botafogo cede pelas laterais. Mansur projeta a entrada de William Gomes, que vem ganhando espaço nas últimas partidas, como a arma para isso, tanto defensiva, quanto ofensivamente.


- O São Paulo vai precisar de jogador pelo lado que, com essa capacidade de eventualmente acompanhar os laterais no trabalho defensivo. Com o Lucas e o Luciano juntos, tem uma dificuldade defensiva nesse aspecto. Pode ser uma forma de conseguir equilibrar um pouco mais a parte defensiva. A entrada do William Gomes, que provavelmente deve ser no lugar do Luciano, pode ser um passo para isso, além dele dar um escape de contra-ataque.



Veja gols e lances de William Gomes pelo São Paulo (https://ge.globo.com/video/veja-gols-e-lances-de-william-gomes-pelo-sao-paulo-12926331.ghtml)



Preenchimento de meio-campo

O quarteto de ataque escalado por Artur Jorge, com Thiago Almada, Luiz Henrique, Savarino e Igor Jesus, é um dos grandes traços do time alvinegro. São quatro jogadores de grande talento que aos poucos encontram o entrosamento para entregar o que era esperado desde o começo.




Análise tática: O Almada melhora muito o Botafogo quando joga nesse setor de campo (https://ge.globo.com/video/analise-tatica-o-almada-melhora-muito-o-botafogo-quando-joga-nesse-setor-de-campo-12925742.ghtml)



O argentino vem da melhor partida com a camisa alvinegra na vitória contra o Corinthians, no último final de semana. As trocas de posição e a movimentação dessas peças deve ser uma grande ameaça aos tricolores.


- Outra questão é o Botafogo conseguir criar a vantagem que ele costuma criar na entrada da área do adversário, onde ele chega a ter quatro jogadores por ali, sobrecarregando o Luiz Gustavo e o Bobadilla. Acho que isso é um ponto importante do jogo.


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Fonte: Por Giba Perez — Rio de Janeiro

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