Time de jogo grande e novo clima: cinco motivos que explicam o título brasileiro do Botafogo

Alvinegro conquista título pela primeira vez desde 1995

Botafogo vence o São Paulo e é campeão brasileiro (https://g1.globo.com/fantastico/video/botafogo-vence-o-sao-paulo-e-e-campeao-brasileiro-13168144.ghtml)



O Botafogo é campeão brasileiro pela primeira vez desde 1995. A equipe comandada por Artur Jorge passou pelo São Paulo neste domingo e superou o Palmeiras para conquistar o caneco após 29 anos.


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Do trauma do fantasma pela perda do título no ano passado, o Alvinegro se superou ao trazer caras novas, como Luiz Henrique e Igor Jesus, que ajudaram a equipe dentro de campo a conquistar o segundo título em 2024. Mas a conta é maior que isso.


Abaixo, o ge explica motivos que justificam o título brasileiro do Botafogo.


Jogos grandes

O Botafogo deixou alguns pontos para times da parte inferior da tabela, como Cuiabá e Criciúma, para trás, mas quase nunca falhou nos confrontos contra as equipes que ocupam as posições mais altas na classificação.


O Alvinegro fechou o Brasileirão com aproveitamento quase perfeito contra o G-5. Foram duas vitórias contra Palmeiras, Flamengo e Internacional, além de um triunfo e um empate diante do Fortaleza. O mais de 90% de aproveitamento nos confrontos diretos pela ponta credenciaram a equipe de Artur Jorge pela conquista.

Palmeiras x Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo

• Flamengo 0 x 2 Botafogo (4ª rodada)
• Fortaleza 1 x 1 Botafogo (6ª rodada)
• Botafogo 1 x 0 Palmeiras (17ª rodada)
• Botafogo 1 x 0 Internacional (18ª rodada)
• Botafogo 4 x 1 Flamengo (23ª rodada)
• Botafogo 2 x 0 Fortaleza (25ª rodada)
• Palmeiras 1 x 3 Botafogo (36ª rodada)
• Internacional 0 x 1 Botafogo (37ª rodada)

Visitante indigesto

Com 38 pontos em 19 partidas, o Alvinegro foi o melhor visitante do campeonato - posto confirmado na 37ª rodada após o triunfo sobre o Internacional no Beira-Rio. Foram 11 vitórias, cinco empates e três empates atuando longe do Estádio Nilton Santos.


Novas caras

É praticamente impossível falar desse Botafogo sem citar os reforços que chegaram durante o ano. Luiz Henrique, Gregore, Almada, Barboza, Bastos, Alex Telles e Igor Jesus foram protagonistas da equipe na temporada.


O mercado forte do clube comandado por John Textor trouxe resultados: além do Brasileirão, o Alvinegro também levou a Conmebol Libertadores pela primeira vez em sua história.


Mais de R$ 250 milhões foram gastos em valores de transferências - as cifras são potencializadas por Luiz Henrique e Thiago Almada, as duas contratações mais caras da história do futebol brasileiro em valores nominais.

Luiz Henrique e Igor Jesus comemoram gol do Botafogo contra o Palmeiras — Foto: Alexandre Durão / ge


Físico forte

Artur Jorge pouco falou sobre calendário durante a temporada. O português questionou a quantidade de jogos e o pouco tempo de intervalo entre os compromissos, mas entendeu a realidade do futebol brasileiro em pouco tempo de Botafogo.


O trabalho de recuperação física foi um dos principais focos do clube no ano. O Alvinegro inaugurou o novo Núcleo de Saúde e Performance em julho e levou equipamentos de tratamento intensivo para o avião - para isso, o clube passou a exigir aviões maiores, já que os jogadores que entraram em campo agora ocupam três assentos cada, já que vão deitados -, para iniciar a reabilitação ainda em processo de viagem.


Energia do vestiário

Discursos do capitão Marlon Freitas antes dos jogos viralizaram entre a torcida durante o ano. Um dos remanescentes de 2023, o camisa 17 assumiu a faixa de capitão e também a responsabilidade de ser o líder internamente.

Vídeo de bastidores do Botafogo mostra discurso inflamado e emocionado de Marlon Freitas (https://ge.globo.com/video/video-de-bastidores-do-botafogo-mostra-discurso-inflamado-e-emocionado-de-marlon-freitas-13155467.ghtml)


O bom clima para superar fantasmas do passado foi abraçado por todos. "Sem vaidade", como gostam de dizer os jogadores ao serem perguntados sobre a energia dentro do clube, o elenco abraçou as ideias de Marlon.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro