Folha salarial alvirrubra é cerca de doze vezes menor do que a alvinegra, mas respeito à campanha do rival da semifinal da Taça Rio é a ordem
Se no passado os duelos jamais eram desequilibrados e, hoje, o Bangu fez
campanha semelhante à do Botafogo na Taça Rio, ao menos no orçamento e na
estrutura a discrepância ainda é clara. Longe dos holofotes há mais de vinte
anos, o time alvirrubro se mantém com folha salarial de cerca de R$ 150 mil
(considerando elenco e comissão técnica), enquanto o Glorioso ostenta quase R$
2 milhões de gastos com os mesmos profissionais - e é a menor entre os quatro
grandes. Por isso, a preocupação com o clima de oba-oba que se aproximou do
Engenhão após a definição das semifinais, que começam neste sábado. O técnico
Oswaldo de Oliveira confia na humildade de seus comandados.
- A diferença de orçamento existe e sempre vai existir. Mas isso não
quer dizer muito no campo. Atualmente, principalmente quando uma equipe
favorita tem pela frente num jogo decisivo um Bangu, Nova Iguaçu, Madureira,
Resende, seja qual for, as dificuldades aumentam. Não vejo novidade nisso, os
atletas estão acostumados. Nosso time não vai entrar de salto alto. Estão
conscientes do que vão fazer, sabem que sem humildade não se chega a lugar
nenhum - disse.
Os seis pequenos patrocinadores do Bangu se juntam à cota de TV para
quitar os custos de hotéis, viagens, locações, equipamentos, funcionários e
manutenção com estádio e sede. Almir, contratado para comandar a reação, ganha
R$ 20 mil, valor menor que qualquer titular do outro lado. Já o Botafogo conta
com sua própria concentração, é pioneiro em diversas tecnologias de
estatísticas e de fisiologia, terá um ônibus personalizado, não costuma atrasar
salários na gestão de Mauricio Assumpção e tem duas opções de treinamento de
muito bom nível.
Para Oswaldo, o adversário se impôs no returno e só se motivou com as
dificuldades encontradas.
- O Bangu preocupa pelo crescimento que teve, contratou novos jogadores,
que venceram quase todas, teve troca de treinador. Jogou de forma compacta e
competitiva com o Cleimar (Rocha) e sem levar em consideração o cifrão e a
relação financeira que há entre as equipes. Foi muito legal, porque era um time
desacreditado e subitamente virou o jogo. Um exemplo que não acontece sempre.
Sentimos a força deles no empate (1 a 1, gols de Cidinho e Almir) da Taça Rio.
Inclusive, me dirigi ao Cleimar e dei parabéns pela progressão do time -
afirmou.
André Casado/GE
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