Quem opera a máquina do Botafogo é o professor de Termografia no Esporte David Mahamud Foto: Luiz Victor Lopes
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A imagem mostra as sensações termográficas do corpo do atleta Foto: Divulgação |
Uma máquina de avaliação termográfica - a
Flir T400 - é o marcador implacável dos jogadores do Botafogo para a final da
Taça Rio. Nela, são tiradas fotos para a medição das sensações do corpo dos
atletas e qualquer excesso extra-campo pode ser identificado. Além disso, o
aparelho é um forte aliado do clube na prevenção de lesões. Quem cuida da
máquina “X-9” alvinegra é David Mahamud, professor de Termografia no Esporte.
— Ela vem sendo muito usada pelos clubes
europeus, principalmente na Espanha. Ela ajuda a minimizar o número de lesões e
aponta quando podemos poupar determinado atleta das atividades ou de jogos —
explica David, que guarda como “segredo de estado” outros pontos que são
revelados pelo aparelho à comissão técnica, como os excessos na noite carioca —
Não posso revelar se dá para ser diagnosticado, mas digamos que sim. Dá para
perceber alguns excessos na noite.
O fisiologista do Botafogo, Altamiro Bottini,
aprova o trabalho feito pela máquina com os jogadores do Glorioso.
— Todo o início de treino os jogadores passam
pela foto. Ela identifica uma possível lesão e auxilia na prevenção. Também
conseguimos identificar como está a musculatura, se ele teve uma boa noite de
sono e se está relaxado para as atividades. Se a foto alegar algo estranho,
chamamos o atleta e conversamos, tudo baseado no que a máquina revelou —
analisa Altamiro.
Jobson se recusou a
tirar as fotos
A máquina já fez sua primeira vítima no
elenco. O atacante Jobson se recusou a tirar as fotos e discutiu com Altamiro
Bottini. Na ocasião, a diretoria do Botafogo suspendeu e multou o atacante em
20% do salário.
Jobson se recusou a tirar fotos na máquina Flir T400 Foto: Alexandre Cassiano |
Mas Jobson foi perdoado pela diretoria e hoje
já figura entre os profissionais, a ponto de estar à disposição do técnico
Oswaldo de Oliveira para a final da Taça Rio, contra o Vasco, no Engenhão. Para
o fisioterapeuta, o Botafogo só tem a ganhar com este aparelho:
— Esta imagem é um dado complementar para a
comissão técnica. Trabalhamos todos juntos, psicologia, nutricionista,
preparadores físicos, fisioterapia e fisiologistas. Se não é identificado o que
aconteceu, conseguimos perceber que tem alguma coisa errada na recuperação do
atleta.
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