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sábado, 5 de maio de 2012

Elkeson deixa sondagens de lado e foca na final por título e Olimpíadas


Na pré-lista de Mano, camisa 9 sabe que brilhar contra o Flu pode garanti-lo na competição e assegura que não sabe nada sobre interesse europeu



Elkeson com o pai, Antonio  (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Mesmo que a fase ainda esteja longe de ser comparada àquela até agosto de 2011, Elkeson vive às voltas com sondagens do futebol europeu. Um dos intermediários da negociação que o levou ao Botafogo tem movimentado seu nome no mercado, com o intuito de receber uma proposta que atenda às expectativas da diretoria, que o comprou por R$ 5 milhões ao Vitória. O meia afirmou que não foi informado sobre qualquer avanço em negociação e não quer saber deste papo às vésperas da decisão do estadual, contra o Flu, prioridade de seu foco no momento.

Orgulhoso, o camisa 9, no entanto, admite que ser lembrado é importante para levantar seu moral. O Juventus, da Itália, e o Atlético de Madri, da Espanha, são os pretendentes que o observam. Na última temporada, o clube de Turim, que tinha representantes em Salvador, na última quarta-feira, para o jogo contra o Vitória, também cogitou investir na contratação.
- Claro que a gente fica feliz quando tem a possibilidade de haver ofertas do exterior, prova que o trabalho está sendo bem feito. Motiva, mas estou focado nesses jogos decisivos e não posso ficar pensando em proposta. Nem meus empresários falaram nada sobre isso comigo. É mais coisa da imprensa. Quero corresponder à altura contra o Fluminense e fazer um grande jogo - disse.
Elkeson tem consciência de que, caso seja importante na reta final do Carioca e o Botafogo ganhe o título, estará mais visado e também ficará mais perto de ir às Olimpíadas de Londres, em julho. O maranhaense de 22 anos está na pré-lista de Mano Menezes, que já o convocou ano passado.
- Essas partidas são sempre importantes para te dar confiança, fazer jogadas diferentes. Pode ser que ajude na minha às Olimpíadas, que é um sonho. Vamos ver. Sempre tem alguém olhando você em campo e, em clássico, todo jogador procura se destacar. Mas tenho que pensar no grupo e ser ajudado pelos companheiros também - comentou. 

Carrasco do Flu, Elkeson não promete gol, mas gosta da fama: 'Motiva mais'


Após altos e baixos, meia foi bem contra o Vitória, seu ex-clube, e ressalta o equilíbrio emocional que o grupo teve até aqui como um fator determinante

Quatro jogos contra o Fluminense, três gols. Um clássico decidido por seus pés e outros dois em que o Botafogo se apoiou em sua grande atuação para chegar muito perto da vitória. Os números de Elkeson diante do rival da final do estadual são imponentes. Justamente o Tricolor que tanto quis contratá-lo há exatamente um ano e perdeu a disputa. O meia mantém a humildade, indica que não acredita no destino, mas não tem nada contra a fama de carrasco.

Elkeson na coletiva do Botafogo (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
Elkeson sonha com outros gols sobre o Tricolor, agora na final (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
- Fico feliz por marcar nos jogos contra o Fluminense, sem dúvida é uma motivação que vai existir. Estou tendo essa sorte logo num clássico, jogo tão importante para os dois lados e para mim, claro. Se marcar de novo, vou ficar feliz, será o importante deles. Mas assim como dar um passe, fazer uma jogada para o time. Tudo para não deixarmos passar a chance de conquistarmos o tão sonhado título - afirmou o camisa 9, que vive altos e baixos na temporada, mas vem alavancado por grande atuação diante do Vitória, seu ex-clube, no empate em 1 a 1 com gol seu.

- Foi importante, sim, ganhei mais confiança. Tanto eu, como Maicosuel, Fellype Gabriel e Loco estamos preparados para ajudar a equipe ofensivamente e fazer a diferença - disse, sem querer prometer novo gol e nem desempenho de gala para repetir os últimos Botafogo x Fluminense.
- Prometer não dá, apenas que vou fazer o meu melhor para conseguir chegar à vitória. Acho que temos trabalho bem com essa cobrança desde o começo do ano. O equilíbrio emocional, a tranquilidade maior para jogar e deixar tudo do lado de fora. O acompanhamento que a nossa psicóloga (Maíra Ruas) faz nessas horas decisivas nos ajuda bastante - confessou.

'Já foi uma vitória chegar até aqui'

Sobre este aspecto, Elkeson lembrou o tratamento que o clube teve desde janeiro, com mais desconfiança no sucesso por causa das estrelas dos rivais e da queda brusca de rendimento na reta final do Brasileirão do ano passado, tanto por parte da torcida quanto da mídia.
- Primeiro, quero ressaltar o nosso grupo, o conjunto que formamos. Viemos sofrendo desde o início do ano com algumas coisas, não foi fácil. Porém, sabíamos que tínhamos condições de chegar onde chegamos, e já foi uma vitória. A vinda do Oswaldo nos ajudou a crescer e atingir esse patamar. O elenco do Fluminense também é muito bom, tem outras características, mas vamos jogar de igual para igual - aposta o jogador.

Por André CasadoRio de Janeiro

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