Com postura ofensiva, técnico recuou meia para jogar de volante na final da Taça Rio e terminou o jogo contra o Vitória, no Barradão, com três atacantes
Oswaldo: postura ofensiva na equipe (Foto: Dhavid Normando / Agência Estado) |
Depois de marcar sete gols em dois jogos decisivos no Campeonato
Carioca, o Botafogo foi a Salvador para enfrentar o Vitória cheio de
desfalques, pelas oitavas da Copa do Brasil. Quem esperava uma postura mais
cautelosa, se enganou. O time alvinegro começou em cima do rival e, apesar de
ter marcado apenas um gol desta vez, terminou a partida com três velozes
atacantes, em busca da vantagem. A veia ofensiva de Oswaldo de Oliveira, que
tem se revelado ainda mais intensa ultimamente, é uma característica antiga,
garante o técnico, um meia-atacante amador de algum sucesso no subúrbio
carioca.
- Isso vem comigo desde a primeira pelada que joguei, aos cinco anos de
idade. Futebol se ganha com gol, se não jogar para frente, não adianta. Tem de
ter cuidado, é claro, mas jamais se retrair antes de você ter a vantagem e
nunca por completo. Não abro mão de jogadores de qualidade no meio de campo.
Esse aspecto está sempre em discussão, mas não é atual. Houve exemplos de
defesas de sucesso, mas a maioria dos grandes clubes, no Brasil, está jogando
para frente. Por isso, temos tido uma média grande de gols - avaliou o
comandante, dono do melhor ataque entre os rivais regionais.
Diante do Vasco, no último domingo, Oswaldo não pensou duas vezes em
escalar o meia Fellype Gabriel como volante, na vaga de Renato, machucado, por
conta da confiança que tem na obediência tática do pupilo e também porque não
queria perder a qualidade no toque de bola do setor. E à exceção da segunda e
quarta partidas da temporada, só viu sua equipe ficar no zero uma vez nos
últimos dois meses e meio. Na ocasião, o empate dava a vaga sobre o Guarani,
batido em casa anteriormente.
- O Vasco nos empurrou para trás no segundo tempo. Não queria que
recuássemos, mas às vezes é inevitável mesmo. O cotnra-ataque é uma arma do
mesmo nível nesses casos - disse.
Domingo, o clássico contra o Fluminense, pela primeira partida da final
do estadual, é mais uma chance de comprovar a ousadia virou regra no Engenhão.
Por André CasadoSalvador
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