Futebol é uma paixão que nasce e floresce no clube pelo qual se torce, mas que é regada e cultivada no coração dos que o amam. A euforia dos que afluem nos dias de jogos para os estádios, abrindo mão do conforto doméstico e da segurança que ele proporciona, são um forte indício de que esse esporte está no âmago do brasileiro.
É um fenômeno meio que inexplicável do ponto de vista do entusiasmo, mas como tudo o que se pratica de maneira emocional, a paixão pelo futebol também tem seu preço. E este tanto pode vir estampado no fantasma de uma derrota, quanto na emboscada no trajeto entre a residência e o estádio ou vice-versa. É aí que mais do que nunca o clube precisa aparecer para oferecer a contrapartida. Como? É simples. Formando boas equipes, conquistando títulos, tendo em campo jogadores capazes de se doar e dar espetáculo e não só isso. Jogar com eficiência para encher, principalmente, os olhos da torcida. Também deve ter um técnico que seja capaz de motivá-los, em vez de ficar estático durante todo o decorrer das partidas.
Há clubes que fazem isso com uma simplicidade de dar inveja. Não é o caso do Botafogo cujas atitudes são pequenas e por isso ganhou o rótulo de clube dotado dessa estatura. Ou será que a contratação de Osvaldo de Oliveira surtiria, aos olhos da diretoria, um efeito contrário? Se essa era a visão dos cartolas, ficou claro que o gigante tem que permanecer adormecido.
Pelo menos é o que se observa a partir do momento em que o Botafogo entra em campo, especialmente quando joga em "casa", não procurando em momento algum honrar a camisa que o representa.
E nós, pobres torcedores sofridos, em razão da letargia e ausência de dignidade do técnico e jogadores, somos obrigados a "engolir" a incompetência e falta de profissionalismo dos dirigentes.
Por Hugo Carlos/BotafogoDePrimeira
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