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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Bruno Mendes busca a história e a boa forma do ano passado no Botafogo


Bruno Mendes treina forte Foto: 
Alexandre Cassiano / 14.11.2012 /
Como um raio, Bruno Mendes chegou e todos os problemas foram resolvidos. Com sete gols em oito jogos, logo caiu nas graças da torcida. Mas uma dívida do Guarani, seu ex-clube, lhe colocou no meio de um problema enorme e seu passe, então comprado por empresários ingleses voltou para o time de Campinas e o tirou das últimas rodadas do Campeonato Brasileiro.

A volta aconteceu em 2013 com a sonhada camisa da seleção brasileira sub-20. Mas o vexame dado pela equipe que foi eliminada na primeira fase do Sul-Americano. Bruno admitiu que o ocorrido na Argentina foi a pergunta mais respondida do ano até aqui.

- Era uma equipe boa, bastante qualificada. A maioria dos jogadores já tinha jogado nos profissionais. Infelizmente não deu certo. Nem sempre a gente vai estar bem e vai dar certo. Foi inesperado. Vamos ver se em outra seleção supera essa marca (ruim) que a gente deixou. A volta ao Botafogo não foi das melhores e Bruno não vem marcando gols como no ano passado. Se está longe de ser contestado pela torcida, já ganhou a firme defesa de seu treinador.

- A camisa de forma nenhuma (está pesando). O Bruno teve uma mudança forte na vida dele ao chegar ao clube. Vinha de uma rotina de jogos até que houve o imbróglio judicial. Ele é um adolescente e sentiu isso. Uma mudança brusca em sua vida. A ascensão foi enorme também. As férias aconteceram e ele não voltou para o Botafogo, mas para a seleção. Outra relação, com outros companheiros. Tudo isso afetou. Estamos todos empenhados em fazê-lo retornar ao ritmo anterior e acredito que em breve voltará a ser o jogador do ano passado - defendeu Oswaldo de Oliveira.

Mas 2013 não trouxe só decepções. A camisa 38, que usou quando chegou ao clube foi para o fundo do armário. Com a saída de Vitor Junior, Bruno ficou com a histórica camisa sete de craques inesquecíveis como Mané Garrincha, Jairzinho e, mais recentemente Túlio Maravilha;

Bruno Mendes comemora gol Foto:
Rafael Moraes / 10.11.2012
- Fiz meu primeiro gol já com a sete (contra o Macaé). Não ando fazendo, mas tenho certeza que ainda sairão mais gols com a 7 que foi de um grande ídolo do Botafogo e passou por outros grandes jogadores. Fico feliz de usar - conta Mendes, que recebeu elogios do último camisa 7 que fez história por General Severiano.

- O Túlio deu uma entrevista que se eu precisasse de qualquer coisa me dava umas dicas. É muito gratificante, muito legal ter esse carinho. Ele querendo me ajudar, dar conselhos. Tenho uma família boa que me da apoio. E não foi só Túlio Maravilha que rasgou elogios a Bruno Mendes. O craque Seedorf, que tem o dobro da idade do atacante, fez queetão de defender o atacante pelo início de gols com poucos gols:

- O Bruno não teve problema nenhum, Está fazendo o trabalho. O atacante não precisa fazer gols sempre, jogamos de maneira diferente. Não é como o Fluminense, em que todos trabalham para o atacante (Fred). Temos quatro ou cinco que chegam com frequência. O Bruno sentiu o peso da camisa, pois ela pesa para qualquer um. Ele começou há pouco tempo e jogando em alto nível. Pelo que fez a expectativa era alta, mas isso é normal. Um gol por jogo é difícil. Em breve, voltará a fazer. Não coloco pressão, pois o resultado do time é o que interessa. Se o time esta ganhando, ele esta fazendo algo de bom - garantiu Seedorf.

Bruno Mendes marcou contra o
Vasco Foto: Marcelo Theobald
Aos 16 anos, Bruno chegou ao Guarani e teve uma carreira fulminante até os profissionais. O atacante ganhou um apelido que o comparou com um dos grandes atacantes brasileiro: novo Careca.

- Ele me falou para ficar sempre bem posicionado que eu ia continuar vingando no futebol. Ele é um ídolo, né? O apelido é muito bom, mas tem o peso. Sempre encarei de forma positiva.

Em seis meses no Rio, já fez o que todo turista faz quando chega a Cidade Maravilhosa e visitou o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. Mas o que esse paulista de Cruzeiro gostou mesmo foi a praia, que sempre vai.

- Entro no mar e relaxo. Não sou de sair. Sou da piscina, da praia. Às vezes vou ver minha família na minha cidade ou fico no videogame jogando futebol, é claro. Sempre que não tem treino à tarde vou dar um mergulho. Não pego onda mas gosto muito. Espero conhecer todas as praias.

Aos 18 anos, Bruno é ciente da sua responsabilidade e quer ganhar títulos para ver seu nome na história. Comprado por um grupo de empresários ingleses que o vincularam ao Macaé e emprestaram ao Botafogo até o fim do ano, ele sabe que o futuro está em suas mãos:

- Vai depender de mim. Não depende do empresario nem de ninguém. Mostrando meu futebol, focado e com equilíbrio vou estar bem visto e aparecendo em tudo que é lugar. Hoje em dia os empresários influenciam um pouco e são importantes para colocar no time, essas coisas. Mas são os jogadores é que tem de ter cabeça para ir bem.

Rodrigo Stafford/ http://extra.globo.com

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