Eduardo Paes se baseia em relatórios de construtoras do consórcio e vai discutir atitude em reunião com presidentes de Bota, Fla, Flu e Vasco
Cobertura do Engenhão estaria condenada por relatório de construtoras (Foto: Janir Júnior) |
O GLOBOESPORTE.COM acompanhará em tempo real todos os detalhes deste encontro, que pode mexer com o calendário do futebol carioca. Haverá uma coletiva posteriormente para explicar as razões da ação.
O fechamento causará impacto já na terceira rodada da Taça Rio, com início nesta quarta-feira, quando o Fluminense enfrenta o Macaé às 19h30m. Nos contatos por telefone, feitos por volta das 15h30m, Paes avisou que a interdição aconteceria por tempo indeterminado e que, provavelmente, este jogo seria adiado. Diante do curtíssimo espaço, o Tricolor acredita que é possível transferi-lo para São Januário, que, então, também receberia, eventualmente, os confrontos válidos pela Taça Libertadores. O presidente Peter Siemsen estará no local.
O diretor executivo do Flu, Rodrigo Caetano, diz que prefere aguardar a informação oficial.
- Vamos aguardar a manifestação oficial do prefeito. Nem a Federação (do Rio) sabe direito o que aconteceu, fomos pegos de surpresa. Tem de ver o que será feito, porque o estatuto do torcedor não permite uma mudança desse jeito. Existem ingressos que foram impressos, um planejamento que foi feito - afirmou Caetano, sobre o compromisso marcado de seu time.
Concessionário do estádio, o Botafogo também admite a convocação, mas garante que "desconhece totalmente" a interdição. O presidente Mauricio Assumpção e o diretor Sergio Landau estarão presentes. Já o Flamengo terá seu mandatário, Eduardo Bandeira de Mello. A diretoria do Vasco, através de Roberto Dinamite, também confirmou que vai ao encontro. O Cruz-maltino, aliás, é o único dos quatro que só vai ao Engenhão para disputar clássicos.
Em virtude do fechamento do Maracanã para a reforma para a Copa das Confederações (no próximo mês de junho) e Copa do Mundo (entre junho e julho de 2014), trata-se da principal arena da cidade desde 2010 e que foi utilizada 90 jogos oficiais em 2012, por exemplo.
O projeto do estádio foi elaborado pelos arquitetos Carlos Porto, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raymundo Ferreira Gomes. O consórcio foi vencido pelo Consórcio Odebrecht-OAS, sob fiscalização da Riourbe, da Secretaria de Obras do Município.
Histórico do estádio indica problemas
Construído entre 2004 e 2007, ao custo de R$ 380 milhões, para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o estádio foi alugado ao Glorioso por 20 anos pelo governo César Maia. Em 2010, no entanto, já havia relatórios indicando problemas estruturais em sua origem, que foram confirmados pelo presidente Mauricio Assumpção em ofício com 30 itens, segundo publicação de 25 de março do jornal O Globo. O clube dizia que estava em dia com a manutenção.
O texto citava falhas de projeto e infiltrações, que atingiam as casas de máquinas dos elevadores, "expondo equipamentos delicados ao risco de curto circuito", e "nas juntas de dilatação que sustentam as estruturas". Houve reunião, mas nenhuma obra de magnitude foi realizada. De lá para cá, ocorreram diversos apagões durante jogos, que marcaram negativamente o estádio. Apesar disso, jamais houve um incidente de qualquer tipo.
- Vou olhar com muito carinho os problemas do Engenhão, mas quero esclarecer que não é uma situação de pânico. A situação é perfeitamente administrável - disse Paes, em 2010.
Antes dos Jogos Parapan-Americanos, porém, dois muros desabaram na área interna do estádio, sem feridos. A explicação era que a estrutura era da época da RFF (Rede Ferroviária Federal) e seria substituída, o que acabou acontecendo meses depois.
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
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