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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Bota treina nesta terça-feira ainda sem saber se contará com Seedorf


Holandês será julgado à tarde, enquanto trabalho será realizado de manhã, no campo anexo do Engenhão. Jogador pode ser suspenso por até 12 jogos



O Botafogo vai treinar na manhã desta terça-feira, no campo anexo do Engenhão, sem saber se poderá contar com Seedorf no jogo contra o Friburguense, quarta-feira, em Moça Bonita. O holandês será julgado, às 17h30 (de Brasília), no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), pela expulsão na vitória por 2 a 1 sobre o Madureira (veja o vídeo), quando poderá pegar até 12 jogos de suspensão.

Seedorf será julgado com base em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O 258 fala sobre assumir qualquer conduta contrária à ética desportiva, pelo qual pode pegar até seis jogos de gancho. A procuradoria também o enquadrou no artigo 243-F, parágrafo 1º, que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil, além de pena mínima de quatro jogos de suspensão, podendo chegar a seis.

O responsável pela defesa de Seedorf deve ser o gerente executivo Aníbal Rouxinol, que anteriormente ocupava o cargo de diretor jurídico do departamento de futebol. O clube vai alegar que não era ele o jogador a ser substituído e sim Cidinho, que já havia saído para a entrada de André Bahia.

A expulsão de Seedorf já nos acréscimos do duelo contra o Madureira aconteceu depois que o meia teria dito que o árbitro Philip Georg Bennett estava "de palhaçada". Ele relatou na súmula o lance, dizendo que o primeiro cartão amarelo foi dado após o holandês se recusar a deixar o campo pelo lado oposto ao banco de reservas, e que a segunda advertência veio depois de uma reclamação do meia.

- Você está de palhaçada. Vou sair por lá. Saio por onde eu quiser - teria dito Seedorf.

Depois, o holandês se manifestou sobre o caso e garantiu não ter ofendido o árbitro. A agente Deborah Martin também comentou o caso e disse que Seedorf estava triste e surpreso com o que estava escrito na súmula. O jogador questionou a decisão do árbitro.

Veja a explicação do árbitro sobre a expulsão de Seedorf (Foto: Reprodução/FERJ)
- Estou assustado com a repercussão. Uma decepção pela pouca sensibilidade. Em toda minha carreira, mais de 900 jogos, dificilmente fui punido por falar mal com o árbitro. Significa que sei falar com o juiz com respeito. Sei o papel deles no jogo. Eu em nenhum momento fiz pressão. Durante os 90 minutos fui correto. Viram minha ação como um crime. Sei que não estou acima da lei, e sempre a respeitei. Mas sou diferente sim, tenho um currículo. Tenho respeito pelo juiz, e ele não teve consideração pela minha carreira. Tenho minha história, e ela vale. Já fui substituído várias vezes, em todas saí pelo "portão grande". Faz parte do entretenimento. Eu era o jogador que tinha decidido o jogo. Os torcedores também queriam o contato - afirmou Seedorf, poucos dias depois da divulgação da súmula.

Como testemunhas para o processo, foram chamados o árbitro Philip Georg Bennett e o jogador Gabriel, do Madureira, que comemorou com palmas a expulsão de Seedorf.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

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