Em entrevista ao site da Fifa, meia do Botafogo revela que chorou quando o Brasil foi eliminado na Copa de 1986 e fala sobre o atual momento do Alvinegro na temporada
Seedorf avaliou o momento do Botafogo e falou sobre sua indentificação com o Brasil (Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press) |
Holandês sim, mas com toque brasileiro. Assim o meia Seedorf definiu seu momento no Brasil. Em entrevista ao site da Fifa, o jogador do Botafogo revelou o orgulho por ser considerado o estrangeiro mais indentificado com o país e lembrou que já chorou por uma eliminação do país em uma edição da Copa do Mundo.
- Me sinto um pouco brasileiro. Claro que é um elogio. Os fatos dizem que os melhores jogadores vieram daqui. Acho que têm poucos países em que você sai e vê tanta camisa de futebol na rua. Qualquer pessoa, de qualquer situação social, sente o orgulho de levar a camisa do seu clube. O Suriname vê muito a Seleção Brasileira, junto com a holandesa. Quando eu assisti à Copa de 1986, meu pai teve que me levar para fora e me acalmar quando o Brasil perdeu da França. Eu estava chorando, com raiva, era o último torneio do Zico. O futebol para mim era aquele - revelou.
Sobre o atual momento do Botafogo na temporada, Seedorf elogiou o trabalho realizado pelo técnico Oswaldo de Oliveira e ressaltou a qualidade dos jovens jogadores do elenco que vem fazendo a diferença nos jogos do clube no Campeonato Brasileiro.
- É um grupo com muita vontade de evoluir. Também possui um treinador que está fazendo um trabalho maravilhoso. Tem qualidade e uma garotada que está fazendo a diferença pela evolução que tem mostrado. É uma coisa rara de ver, tantos jogadores evoluindo tão rápido. Normalmente, num elenco você tem como trocar jogadores e não perder um onze forte. A gente sabe que o Botafogo não tem um elenco como Corinthians, Grêmio e Inter. Por isso, os jovens precisam evoluir muito rápido. A gente está aproveitando nosso momento, algo que construímos todos os dias - afirmou.
Por ser um dos mais experientes do elenco do Botafogo, Seedorf contou um pouco como é sua relação com os jogadores mais novos e como seu papel de liderança é importante para a evolução deles dentro de campo.
- As pessoas veem só aqueles 90 minutos, mas são muitos, muitos minutos por trás, conversando com eles, fazendo perguntas. Quando você faz pergunta para um jogador mais novo - e não só um jogador mais novo - ele começa a raciocinar. Eu vou falar tudo que ele tem que fazer? Dentro de campo, sim, porque a gente tem uma postura diferente. Fora do campo, tem que ser uma postura para fazer eles crescerem. E eu também cresço, como todos. Minha evolução também foi muito rápida e não foi fácil. Fora do campo, é muita conversa para fazer entender certas coisas, para que seja uma evolução consciente - afirmou.
LANCENET!
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