Jovem tem atuação destacada e deixa o sua marca na vitória do Glorioso. Gol no fim mantém esperança do Galo de ir às quartas da Copa do Brasil
o personagem
Vitinho
Com participação em três dos gols e tendo feito ele mesmo o quarto, em belo chute de fora, a revelação do Botafogo assume papel de protagonista no time.
iluminado
Guilherme
O atacante entrou no segundo tempo e, aos 44, bateu na saída de Jefferson para marcar. O gol tornou a missão do Galo menos ingrata para o jogo de volta.
maestro
Lodeiro
Na ausência de Seedorf, o uruguaio chamou para si o comando do time do Botafogo. Além de ter feito um belo gol, foi eficaz durante todo jogo.
O Botafogo mostrou que, apesar da liderança de Seedorf, hoje possui um time com padrão de jogo capaz de falar por si. Sem o holandês, que ficou fora com dores no joelho, mas liderado por grande atuação do discípulo Vitinho, o Alvinegro venceu o Atlético-MG por 4 a 2, no Maracanã, de virada, e conquistou boa vantagem nas oitavas de final da Copa do Brasil. Motivo de festa para a maioria dos 16.153 torcedores (com renda de R$ 668.975,00) que pagaram ingresso na noite desta quinta-feira e aplaudiram a jovem estrela da companhia, com direito a gritos de "olé".
Vitinho coroou uma grande noite com um gol, o quarto, mas fez bem mais: movimentou-se muito, passou boa parte do tempo com a bola nos pés e teve participação nas jogadas dos outros três gols, marcados por Lodeiro, Leonardo Silva (contra, após cruzamento de Lodeiro) e Rafael Marques. Para o Galo, fizeram Marcos Rocha e Guilherme, este último já no finzinho, gol que mantém o Galo com chances palpáveis no confronto. Seedorf, que assistiu à partida da tribuna, já não havia jogado no primeiro encontro entre os times nesta temporada, no dia 7 de agosto, pela 12ª rodada do Brasileiro. Na ocasião o Glorioso também atuou bem e sofreu um gol de empate (2 a 2) no último lance da partida disputada no Independência. Lodeiro também deixou sua marca em Minas Gerais.
O Botafogo agora pode até perder por um gol de diferença na partida de volta, na próxima quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no estádio Independência, em Belo Horizonte, que garante a classificação para as quartas de final. Ao Galo resta a missão de vencer por dois gols para buscar a vaga. O vencedor desta série pega o time que passar do confronto entre Flamengo e Cruzeiro.
Destaque da partida, Vitinho não deixou de lembrar de Seedorf e ressaltou a importância do mentor em seu amadurecimento como jogador.
- Seedorf não pode jogar, não está se sentindo bem. Mas ele tem participação em tudo que está acontecendo na minha vida. O time está de parabéns pela partida que fez hoje, pela determinação. Tive a oportunidade de finalizar no gol e acertar um belo chute.
Ronaldinho admitiu que o resultado não foi bom, mas destacou os gols fora de casa para manter a esperança em uma virada do Galo, como tem sido a característica do time na temporada, em especial na campanha do título da Taça Libertadores.
- Tem que ser (com sacrifício), como foi em toda a nossa campanha da Libertadores. Não foi um bom resultado, mas fizemos dois gols fora de casa, e isso é importante na Copa do Brasil. Vamos entrar no Horto para fazer dois e tentar a classificação.
No fim de semana, os times voltam, a atuar pelo Campeonato Brasileiro. No domingo, o Botafogo visita o Atlético-PR no estádio Durival de Brito, às 18h30m (de Brasília), enquanto o Galo recebe a Portuguesa no Independência, às 16h (de Brasília).
Vitinho e Lodeiro comemoram um dos gols do Botafogo contra o Galo (Foto: Guito Moreto / O Globo) |
A etapa inicial se dividiu em duas partes. No início, um Galo mais ligado, bem coordenado na marcação, para a roubada de boa e saída veloz nos contra-ataques. O Botafogo era o oposto. Ainda tentava descobrir como jogar sem seu coordenador holandês. A marcação sobre Ronaldinho não chegava a ser individual, mas tinha Gabriel quase o tempo todo por perto. Mas os espaços entre os zagueiros e o meio-campo estavam lá para os outros atleticanos aproveitarem. O primeiro aviso veio na arrancada de Fernandinho, desde o grande círculo, que por pouco não entrou. Na próxima, o contra-ataque mortal do Atlético-MG parou no fundo da rede de Jefferson. De Luan para Ronaldinho, e um tapa de primeira para Marcos Rocha. O lateral bateu rasteiro, na saída de Jefferson, e correu para o abraço.
O golpe parece ter acordado o Botafogo. Subitamente, a marcação avançou, e a lentidão foi substituída por uma movimentação mais intensa no ataque. O atacante Alex, que substituiu Seedorf, tentava fazer o pivô na frente da área, e Rafael Marques e Vitinho mudavam de lado constantemente. Com a chegada de Lodeiro, que assumiu a função de organizador que normalmente fica com o holandês, o Botafogo chegou ao empate. Um belo chute do uruguaio após troca de passes, colocado, não deu chances ao arqueiro Victor. A pequena torcida presente ao Maracanã se animou, e o time também. No minuto seguinte, Vitinho quase virou em chute rasteiro. O Galo seguia com a estratégia do contragolpe, e se Luan não errasse o último passe, Ronaldinho teria deixado o seu.
Dois gols em dez minutos
Ronaldinho Gaúcho recebe o combate de Marcelo Mattos (Foto: Guito Moreto / O Globo) |
Até por isso, o técnico Cuca saiu em busca de mais um gol, que atenuasse a desvantagem mineira. Colocou Guilherme no lugar de Josué e Neto Berola na vaga de Fernandinho. O Galo aumentou seu volume de jogo e passou a se aproximar perigosamente da área do goleiro Jefferson. O Botafogo, por sua vez, seguia apostanto na coletividade. Melhor exemplo foi a jogada ensaiada em cobrança de falta, que colocou Rafael Marques na cara de Victor. Desta vez, o goleiro pegou. No entanto, ele não conseguiu evitar o quarto gol um pouco mais tarde, em chute preciso de Vitinho da entrada da área. O Galo parecia abatido, mas conseguiu forças para arrancar mais um gol fora de casa, com Guilherme, que recebeu livre na área e tocou fora do alcance de Jefferson. O tento reacendeu a esperança de chegar às quartas de final, embora a vantagem seja toda do Botafogo na próxima quarta-feira.
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
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