Presidente do Botafogo faz apelo por volta ao Ato Trabalhista: 'Da forma como está, não consigo pagar o mês seguinte'
Maurício Assumpção demonstra preocupação com a situação financeira do Bota (Foto: Fred Huber) |
- Hoje, temos 100% de penhoras das receitas do Botafogo. Este é o maior problema do clube hoje. Da forma como está, não consigo pagar o mês seguinte. Infelizmente. O Botafogo deve hoje cerca 90 milhões de dividas trabalhistas – disse Assumpção.
O cartola afirma ser impossível pagar a dívida da forma como foi estipulada. Mauricio Assumpção apela para o bom senso e pede para que haja um equacionamento do montante, com a Justiça do Trabalho livrando o clube das penhoras.
- A nossa intenção é voltar ao Ato Trabalhista. Tudo isto já está na mesa do presidente do Tribunal Regional do Trabalho. A gente acredita que, por todas as conversas que tivemos esses dias, vamos retornar. É preciso entender que não dá para pagar a dívida como eles querem hoje. É uma conta que nunca fecha. Não haverá perdão de dívidas. Haverá um equacionamento – prosseguiu Mauricio Assumpção.
O presidente ainda falou sobre a participação do Botafogo na Libertadores, a eliminação precoce no Carioca, a oposição dos rivais à Ferj e a saída do holandês Seedorf do clube.
PENHORAS
- Hoje, temos 100% de penhoras das receitas do Botafogo. Este é o maior problema do clube hoje. Da forma como está, não consigo pagar o mês seguinte. Infelizmente. O Bota deve hoje cerca 90 milhões de dividas trabalhistas. As dividas com a receita são as maiores.
É preciso entender que não dá para pagar a dívida como eles querem hoje. É uma conta que nunca fecha"
Mauricio Assumpção
ANÁLISE
- Sou contra perdão de dívidas, mas o que não pode é ser confiscado 100% da receita de um clube para pagar a dívida dele! Você conhece alguma empresa que viva assim? Se não houver resolução, terá clube que fechará as portas em breve.
CONTATOS
- Tenho conversado com alguns parceiros. Meus assessores financeiros disseram pra eu não assinar por que não conseguiria ter receita três meses depois. A maioria das receitas do Botafogo está travada. É uma mágica que estamos fazendo. Isso não é um problema só do Botafogo e sim da maioria dos clubes da Série A. Não adianta contar história bonita na TV. É só olhar o caso do Atlético-MG. O Kalil apelou a Dilma para reaver o dinheiro do Bernard.
EXPECTATIVA
- A nossa intenção é voltar ao Ato Trabalhista. Tudo isto já está na mesa do presidente do Tribunal Regional do Trabalho. A gente acredita que, por todas as conversas que tivemos esses dias, vamos retornar. É preciso entender que não dá para pagar a dívida como eles querem hoje. É uma conta que nunca fecha. Não haverá perdão de dívidas. Haverá um equacionamento pagar a dívida como eles querem hoje. .
PREVISÃO
- Você tem que montar time, tem a Libertadores (depois de 18 anos), há pressão da torcida. Quem fez o Botafogo chegar a Libertadores? Esta diretoria. Daqui a pouco o Botafogo vai ser campeão brasileiro.
Não perdemos o Seedorf. O mundo perdeu o Seedorf. Se ele soubesse que ia sofrer no Milan, voltaria
Mauricio Assumpção
ELEIÇÃO NA FERJ
- Estou tentando entender há quatro dias (a exclusão do Bota daquele grupo de clubes que se opuseram ao presidente). Em nenhum momento fui contatado para nenhuma reunião. Todos eles têm meu telefone pessoal. A primeira pergunta é: por que o presidente do Botafogo não foi chamado? Disseram que demos apoio porque temos o mesmo patrocinador. Isso é de uma leviandade sem tamanho. Engraçado que tem clube daqui do Rio que bate na porta para ter apoio do Guaraviton.
CRÍTICAS VAZIAS
- O que temos que discutir é: Mauricio, se você fosse chamado, participaria desta cisão? Eu diria não! Sabe por quê? Porque critico sempre, tudo. Agora, critico e apresento soluções. Não quero tomar tiro nas costas porque há história de clubes que se juntam e, lá na frente, puxam tapete um do outro. É lá dentro da Ferj que temos que brigar. O estatuto dela diz que temos que brigar lá dentro. Sugeri um outro modelo do Carioca. Fui contra o atual (pontos corridos, com semi e final). Eu sugeri dois turnos, mantendo a Taça GB. Fui voto vencido.
LIBERTADORES E CARIOCA
- Foi uma decisão conjunta. Todos no clube só falavam nisso (em priorizar a Libertadores). Ano passado, quando vencemos o Carioca, um jornal estampou 'Botafogo campeão de Carioca Esvaziado'. Quero saber se vão publicar este ano com o campeão. Todos os clubes que estão disputando o Estadual e a Libertadores estão fazendo isso também. O resultado no Carioca não foi o que a gente queria? Não foi. É claro que o time B podia chegar mais longe. Isto está sendo discutido lá dentro. Não vou é lavar roupa suja aqui na rádio porque aqui não é lugar. Agradou? Não. A gente tinha que poupar o time para a Libertadores. Quantos jogadores perdemos por contusão? Não teve.
TORCIDA
- Hoje, nós somos o maior público de Libertadores. Por quê? Por que a torcida entendeu que fez a diferença e foi fundamental na partida contra o San Lorenzo. Sei que, na terça (contra o Independiente del Valle), eles farão a diferença novamente.
SEEDORF
Não perdemos o Seedorf. O mundo perdeu o Seedorf. Se ele soubesse que ia sofrer no Milan, voltaria (risos). Ele estava tão bem no Botafogo.
Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro
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