Emerson lamenta chance desperdiçada na partida do Corinthians contra o Boca Juniors, pela Copa Libertadores da América Nelson Almeida/AFP Photo |
Jogadores ouvidos pela reportagem após a divulgação da greve revelaram que o grupo não recebeu bem as notícias de que a diretoria buscava "medalhões" para o ataque em tempos de dificuldades financeiras cada vez maiores. Os principais líderes não concordam com a chegada de reforços quando não se consegue cumprir os atuais vencimentos.
Assim, eles ficaram revoltados quando souberam através da imprensa que o Botafogo estava disposto a pagar cerca de R$ 250 mil a Emerson Sheik – Corinthians pagaria a outra metade do salário. Uma reunião estava agendada entre elenco e diretoria para a última sexta-feira, quando nenhum prazo foi dado aos atletas.
A principal alegação é que o Botafogo reduziu bem sua folha salarial – de R$ 5 milhões para R$ 3,5 milhões – com saídas de Seedorf, Rafael Marques e Oswaldo de Oliveira para manter os vencimentos em dia. Mas a promessa não foi cumprida logo no primeiro mês. E mesmo assim a dívida só foi debitada quando os jogadores fizeram cobranças duras à diretoria, que arranjou dinheiro, que diziam não ter até então.
Apesar da irritação dos jogadores, o Botafogo tem apenas quatro opções para o ataque e fará de tudo para se reforçar. Emerson Sheik está próximo do acerto, mas não há pressa já que ele poderá ser inscrito na Libertadores até 48h antes das oitavas de final. Já Fabricio Carvalho chegará assim que o Carioca acabar. Deivid está de sobreaviso caso a negociação com o corintiano não avance.
Além deles, o Botafogo ainda quer Vitinho a partir do segundo semestre. O Alvinegro até tentou trazê-lo para a disputa da Libertadores, mas o CSKA-RUS fez jogo duro, recusou a proposta de empréstimo e o clube de General Severiano perdeu o prazo de inscrição – até a próxima segunda-feira.
Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro
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