Botafogo se concentra para ignorar catimba e não perder a cabeça

Grupo alvinegro prevê provocações em partida contra o San Lorenzo, mas ressalta importância de ter frieza para vencer na Libertadores

Marcelo Mattos levou terceiro cartão contra o U.
Española por reclamação (Foto: André Durão)

O Botafogo vai à Argentina disputar com o San Lorenzo a segunda vaga do Grupo 2 para as oitavas de final da Libertadores. Por isso, a promessa é de um jogo neste domingo disputado do ponto de vista técnico e psicológico. Com expulsões e suspensões acumuladas nas sete partidas disputadas até então no torneio, o Alvinegro sabe que terá de ser forte do ponto de vista emocional para alcançar o resultado que lhe interessa.

Desde já, o grupo alvinegro vem trabalhando a necessidade de ignorar as possíveis provocações dos jogadores argentinos e evitar ao máximo reclamar com a arbitragem de forma acintosa. Dessa maneira o Botafogo teve dois expulsos na derrota por 2 a 1 para o Independiente Del Valle – o lateral-direito Edílson, por exemplo, pegou três jogos de suspensão – e nesta quarta-feira não terá Marcelo Mattos, que levou o terceiro cartão amarelo por reclamação na derrota por 1 a 0 para o Unión Española.

- Quem jogou contra uma equipe argentina sabe que os jogadores fazem catimba e tumultuam. Libertadores é isso. Tudo o que passamos até agora serve de lição para o próximo jogo. É preciso acalmar, porque se tivermos um jogador expulso vai complicar muito. O importante é começar e terminar com 11 em campo. Dessa maneira vamos ter totais condições de conquistar os três pontos contra o San Lorenzo - afirmou o goleiro Jefferson.

O volante Gabriel afirmou que o Botafogo precisa também se fazer valer da necessidade do San Lorenzo da vitória e aproveitar os espaços que podem ser deixados pelo adversário. Mas para isso, lembra que será fundamental ter a tranquilidade para atacar no momento certo.

- Temos que saber usar a nosso favor a pressão do adversário por jogar em casa e obrigação de vencer. O San Lorenzo vai deixar espaço para acharmos nossas jogadas e fazer o gol, para voltarmos classificados. É uma decisão, mas estamos acostumados a essas partidas desde o ano passado. Fizemos muitas finais e nos saímos bem - ressaltou.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro