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sábado, 17 de maio de 2014

"O que falta?": Sheik busca respostas e diz que time precisa resgatar valores


Camisa 7 descarta o status de líder do grupo, afirma que dificuldades para conseguir uma sequência de vitórias o chateiam, mas ressalta dedicação do restante da equipe




A torcida alvinegra acostumou-se a depositar em Sheik uma esperança a mais durante esses primeiros jogos do Campeonato Brasileiro. O atacante já fez questão de afirmar que não será o “salvador da pátria” no Botafogo e que não se vê como um líder absoluto dentro do grupo. O setor ofensivo, por outro lado, parece ter melhorado: são quatro gols do camisa 7 até agora. Mas o time ainda não conseguiu emplacar duas vitórias seguidas na competição, situação que chateia Emerson. Ele deixa transparecer essa frustração, mas garante que não vai faltar empenho e brinca que jogaria até de lateral para ajudar a equipe.

Afiado, Emerson Sheik demonstrou apoio com recuperação de Carlos Alberto no Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)

– Eu fui contratado para ajudar um grupo que está passando por um momento difícil. Quando decidi vir para o Botafogo, foi porque vi veracidade na diretoria, em várias reuniões. A minha entrega e dedicação inclui jogar até de lateral, mas acho que... só que não! (risos). Falando sério, é triste você vir para o trabalho, se dedicar tanto, ver seus companheiros batalhando, mas chega na hora do jogo, e não conseguimos vencer. Fica uma sensação de: “O que falta? O que eu poderia fazer a mais?”. É muito ruim. Mas eu estou satisfeito no clube. Talvez vocês não acreditem, mas é muito bom jogar aqui. É um clube maravilhoso, estou muito feliz na posição que estou. Só quero poder ajudar de alguma maneira – disse Emerson.

A minha entrega e dedicação inclui jogar até de lateral, mas acho que...só que não (risos)
Emerson

Apesar das dificuldades, Sheik acredita que o caminho para uma sequência de vitórias não está tão nebuloso: Vagner Mancini, segundo ele, mostrou que tem o time nas mãos. Mas por causa do desgaste provocado pela eliminação precoce na Taça Libertadores e no Campeonato Carioca, além dos fatores extracampo, como o problema dos salários atrasados, o grupo precisa resgatar bons valores.

– Quando eu cheguei ao Corinthians, em 2011, era um time que, no papel, era muito abaixo do que é o Botafogo hoje. Mas nós sabemos que o futebol é um pouquinho mais do que isso, não adianta só nomes. O Botafogo foi muito feliz com a contratação do Mancini. É um cara que tem o time nas mãos. O atleta o respeita absurdamente em tão pouco tempo. Fora a sua inteligência natural, é um cara que tem uma visão excelente. Nós já começamos a ver pelo comando. O Botafogo tem um grupo muito qualificado, mas por esses fatos, eliminação no Carioca, na Libertadores e outras coisas que não vêm ao caso, tem ficado desgastado. É um grupo que precisa resgatar os valores e estar bem de cabeça.

Após a derrota por 2 a 0 para o Goiás, em Juiz de Fora, o Botafogo tem alguns dias para se organizar. O próximo compromisso é diante do Grêmio, fora de casa, na quarta-feira. A partida será realizada às 22 horas (de Brasília).


Por GloboEsporte.com *Rio de Janeiro* Sofia Miranda, estagiária, sob supervisão de Renan Morais.

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