Volante de 22 anos admite deslumbramento com título mundial pelo Corinthians e persegue novas conquistas como titular do Botafogo
Toda vez que entra na sala de imprensa do Estádio Nilton Santos para reuniões de atletas com a comissão técnica, Willian Arão se depara com alguns ícones da camisa 8 do Botafogo. Gerson e Didi estão ali imortalizados. Agora o número é vestido pelo volante de 22 anos, que se ainda não alcançou o status dos ídolos, conquistou títulos que muitos perseguem por toda a carreira. Mas depois de uma Libertadores e um Mundial – pelo Corinthians –, entre outros, ele quer mais. Recém-chegado a General Severiano, o jogador vai em busca de novas taças, mas desta vez como titular e no papel de protagonista.
Ao longo de 2012, o principal ano da história do Corinthians, Willian Arão se acostumou a ouvir do técnico Tite a importância de todos os jogadores do elenco. O volante nunca teve dúvidas disso, mas agora se permite buscar a afirmação como titular de um grande clube brasileiro, depois de passar por Portuguesa, Chapecoense e Atlético-GO. Tudo o que viveu em meio aos medalhões corintianos ele tira como lição a ser colocada em prática no elenco do Botafogo, formado em sua maioria por atletas que tentam fazer seus nomes no cenário nacional.
- A experiência que tive foi maravilhosa, porque são títulos que um jogador busca a vida inteira. Mas tudo depende do jeito que você administra, e eu tive um pouco de problema com isso, pois era muito novo. Por mais que não jogasse muito, era reconhecido. Passava na rua e pediam fotos. Eu parava no sinal e falavam comigo. Isso mexe com um jogador de 19 anos, mas minha família trabalhou meu lado psicológico, e eu consegui resolver rapidamente. Fui campeão mas busco mais. Quero ser campeão jogando. Isso vai ser mais legal - disse.
Willian Arão disputa a bola em jogo do Botafogo: em busca do protagonismo em grande clube brasileiro (Foto: Vitor Silva / SSPress) |
Willian Arão nos tempos de Corinthians: título mundial como coadjuvante (Foto: Marcos Ribolli) |
Por isso, mesmo o fato de ser titular desde o segundo jogo-treino da pré-temporada não dá a Willian Arão o sentimento de acomodação. Para ele, nem mesmo o respeito que a camisa alvinegra impõe nos adversários – como ele disse perceber desde os primeiros jogos – é motivo suficiente para entender que está perto de cumprir seu objetivo ao retornar a um grande clube do Brasil.
- Fiz uma pré-temporada legal e bons jogos, estou subindo de produção, mas sei que tenho muito a melhorar e a crescer com o time. Mas vestir a camisa do Botafogo tem sido maravilhoso neste início. Ainda mais a 8, que foi de nomes como Gerson e Didi. Uma camisa de peso.
Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE
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