DINHEIRO EM JOGO
por Rodrigo Capelo
O Botafogo irá vestir Puma pelo menos até maio de 2016. A marca alemã cobriu proposta da Kappa, vencedora de concorrência preliminar na qual participaram Penalty e Go New (marca própria da Netshoes), e permanecerá como fornecedora de materiais esportivos do clube alvinegro. O contrato atual, que termina junto com o Campeonato Carioca, em maio, será estendido por mais 12 meses.
A empresa chegou ao clube em 2011, em substituição à Fila, com contrato de três anos. Passou por reformulações após Roberto Goldminc deixar a presidência e ser substituído por Fábio Espejo, em agosto de 2014. Diretores foram demitidos, o Goiás deixou de ser patrocinado, e havia a decisão, no fim do ano passado, de não renovar o patrocínio ao Botafogo. Um contrato de apenas quatro meses foi assinado no início de 2015 para que a marca pudesse vender materiais já fabricados e para que o clube tivesse tempo de encontrar nova fornecedora para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.
O Botafogo, então, iniciou concorrência para encontrar nova fabricante de materiais esportivos e recebeu propostas de três companhias: Kappa, Penalty e Go New. A primeira e a segunda já foram fornecedoras do clube no passado, e a terceira acabou de ser criada pela Netshoes. A Kappa foi a vencedora desta concorrência preliminar. Em seguida, a diretoria botafoguense deu à Puma prazo de duas semanas para decidir se realmente sairia ou se cobriria a oferta. A marca alemã mudou de ideia e estendeu o acordo por mais um ano, duração relativamente curta – contratos de materiais esportivos costumam durar de três anos no Brasil, com exceção a Flamengo e Corinthians, que assinaram por dez.
Para a Puma, hoje fornecedora de Atlético-MG, Paysandu e Vitória, o que mudou entre meados de 2014 e o início de 2015 foi que a tentativa de fechar com o São Paulo não deu certo. O clube paulista, com quem a empresa chegou a assinar pré-contrato antes de ser preterida por conta de proposta superior da Under Armour, demandaria da marca alemã investimentos maiores em patrocínio, royalties e peças fornecidas do que o carioca. De todos os times que fornece, o Botafogo é o único em que a Puma assumiu toda a operação, sem participação de terceiros na fabricação e distribuição dos materiais esportivos – nos outros três patrocinados, a marca repassa essas responsabilidades para a fábrica brasileira Filon.
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