Técnico comemora classificação sofrida para a final do Carioca e elogia diretoria por jogo no Nilton Santos: "Quem ganha entre leão e jacaré? Depende de onde brigarem"
Foi dramático, sofrido, mas com final feliz para o Botafogo e René Simões. O técnico garante não ter motivos para reclamar de um jogo em que dominou o primeiro tempo, sofreu com lesões e cãibras na etapa final e viu a classificação para a final do Campeonato Carioca sair depois de 22 pênaltis cobrados. Mas apesar de ter visto um time "brilhante" em campo, o principal alvo de elogios do treinador foi Renan, herói da noite deste sábado no Estádio Nilton Santos após a vitória sobre o Fluminense por 2 a 1 no tempo normal e por 9 a 8 nos pênaltis (veja os gols no vídeo acima). O goleiro defendeu duas cobranças e converteu a última, que garantiu o time na decisão estadual.
- Renan é evangélico e tem fé muito grande. Tenho dito para ele que Deus tem escrito algumas páginas da vida dele que nenhum autor de livro escreveria. Aquele jogo em Cabo Frio, que ele tomou gol, iriam culpá-lo. Já tive outros sofrimentos no futebol. Não precisava ser assim. Tivemos a oportunidade de matar o jogo no primeiro tempo. A partida do Botafogo foi brilhante. O melhor primeiro tempo que vi do campeonato. Os jogadores defenderam e executaram a ideia. Foi um início avassalador. Poderia ser diferente, mas não sou de reclamar. As coisas saíram bem.
Outro motivo de festa para René foi o palco da partida, antes prevista para o Maracanã. A diretoria do Botafogo conseguiu, em reunião na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) na última terça-feira, levar a semifinal para o Estádio Nilton Santos. Fato que foi visto pelo técnico como crucial para a classificação.
- Primeira coisa que vem à cabeça é parabenizar a diretoria por trazer o jogo para cá. Quem ganha uma briga entre um leão e um jacaré? Depende de onde eles brigarem. Se for no lago, ganha o jacaré, no deserto, o leão. Aqui é nossa casa - analisou.
René Simões com a neta Isabela durante entrevista coletiva: clima de festa no Estádio Nilton Santos (Foto: Marcelo Baltar) |
René concedeu entrevista acompanhado da filha e da neta. No meio da coletiva, a diretoria alvinegra entrou na sala, e o presidente Carlos Eduardo Pereira brincou com o treinador, avisando que precisava "invadir" para parabenizá-lo. Toda a comissão técnica também acompanhou do local. O clima foi de festa no Nilton Santos.
Confira outros trechos da entrevista de René:
DECISÃO
- O Botafogo tem sede, fome e pressa. Ainda não acabou. Eu disse para os jogadores. "Comemorem agora, mas o melhor ainda está por vir. Acreditem".
MARATONA E CANSAÇO
- Precisava de pernas frescas. Não esperava perder o Elvis logo no início. O Bill, o Luis Ricardo, o Mattos terminaram o jogo exaustos. Foi um ato heroico dos jogadores. Foram nove jogos em 28 dias.
INÍCIO AVASSALADOR
- Tínhamos que ter matado no primeiro tempo. Tivemos algumas chances. Não marcamos, tomamos um gol. É um time em formação. Era só congelar o jogo até o intervalo. Mas no Botafogo, como alguns dizem, tem que ser desse jeito.
ARBITRAGEM
- Não sou de comentar a arbitragem. Não comentei até agora e não vou comentar aqui também
RODRIGO PIMPÃO
- O Pimpão jogou futebol. Marcou, correu, deu lençol, deu passe. A qualidade subiu muito com ele no time. Mas se o Elvis não tivesse saído no início, talvez eu tivesse tirado o Pimpão no intervalo para não correr riscos. Mas ele é um jogador inteligentíssimo. Esse time está começando a entender o futebol.
FERNANDES
- Ele é um jogador para ficar no Botafogo e fazer uma carreira brilhante. Fiz a troca quando saiu o Elvis, e adiantei o Fernandes. Ele fez o gol e poderia ter feito outro.
Por Marcelo BaltarRio de Janeiro/GE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sempre bem vindo. Participe com suas opiniões!