No entanto, assim como nos gastos que cabem ao jogador, valor será descontado dos quatro meses de salários devidos ao atacante
Jobson não tem mais contrato com o Botafogo, mas o clube tenta, de alguma forma, ajudar o jogador. Para agilizar o recurso que solicita à Fifa o efeito suspensivo em relação à pena de quatro anos imposta ao atacante, o Alvinegro vai assumir as despesas referentes ao processo que caberiam à Federação Saudita .
O Botafogo já havia arcado com a parte que cabia ao jogador, 18 mil francos suíços (cerca de R$ 60 mil). Os sauditas, no entanto, não pagaram as despesas do processo – 19 mil francos suíços (quase R$ 63 mil), o que atrasou o andamento do recurso. Na opinião da defesa do atacante, uma estratégia para tentar por fim à ação.
- A Federação Saudita contratou um escritório de advocacia suíço caríssimo para cuidar do caso, mas não pagou as despesas do processo. Eles sabem que o Jobson está desempregado há quatro meses e pode ser uma estratégia para encerrar o caso por falta de pagamento – afirmou Bichara Neto, um dos advogados de Jobson.
Jobson aguarda resposta ao efeito suspensivo em relação à pena de quatro anos (Foto: Vitor Silva / SSPress) |
Apesar de ajudar financeiramente na defesa de Jobson, o Botafogo tem um acordo com o jogador para que os valores sejam descontados dos quatro meses de salários atrasados devidos pelo clube ao atacante.
Entraves à parte, o recurso, aos poucos, vai andando lentamente. Não existe uma previsão para que o caso tenha uma solução, mas o Botafogo espera que, no máximo em 60 dias, a Fifa possa julgar o efeito suspensivo. A defesa do jogador solicita que Jobson seja liberado para jogar até que haja um veredicto.
- Esse é um regulamento totalmente contrário ao jogador. Esperamos uma solução em 30, 60 dias, especialmente pelo Jobson, que não está jogando. Até pelas notícias recentes, o jogador precisa de uma solução. É uma situação triste – lamentou o vice jurídico do Botafogo, Domingos Fleury.
Há duas semanas, Jobson foi detido no Pará por dirigir embriagado. Ao tentar fugir, o jogador foi preso e desacatou as autoridades. Após passar duas noites na cadeia, o atleta foi liberado depois de pagar fiança. Na internet, circulou uma foto de Jobson algemado e nitidamente acima do peso. O treinador alvinegro René Simões, na ocasião, lamentou: “Muito triste. Está gordo”.
Suspenso desde o fim de abril, Jobson está proibido até mesmo de treinar no Botafogo. Logo após a suspensão, o atacante chegou a treinar em uma academia com preparadores do clube, mas depois seguiu para o Pará.
Sindicato tenta intervir
Além dos tribunais, os representantes de Jobson buscam outros caminhos para ajudar o jogador. Por conta de um pedido de um dos advogados, o Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (SAFERJ) vai interferir junto à Fifa pelo efeito suspensivo.
Na próxima semana, Rinaldo Martorelli (presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo) vai a uma reunião do Fifapro, em Amsterdã, tentar intervir a favor do Jobson.
Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE
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