Teto remendado e canos corroídos são alguns dos aspectos que chamam atenção de quem transita pelo Estádio Nilton Santos em fase final das intervenções
Mesas arrumadas e balões na última quinta para celebrar fim das obras do Engenhão (Foto: Gustavo Rotstein) |
Uma volta no estádio mostra que ainda há muito a ser feito. Não apenas no que se refere aos tratores e guindastes que ocupam o local. Mas aqueles que trabalham no estádio mostram-se preocupados com o que dizem ser “remendos” facilmente visíveis na parte interna da cobertura. Nos corredores, canos de água potável corroídos e infiltrações nas paredes também são evidentes. Ferros de contenção instalados durante a obra foram retirados, mas ficaram danos nas estruturas. Algumas cadeiras da arquibancada receberam respingos de tinta que não conseguiram ser retirados pela limpeza. Cada assento custa R$ 127. No pátio interno, o chão foi danificado pelo constante trânsito de veículos pesados.
Além de esteticamente ruins, "remendos" na parte interna da cobertura preocupam quem observa o Engenhão (Foto: Gustavo Rotstein) |
Mosaico Engenhão Obras (Foto: Gustavo Rotstein) |
Aqueles que trabalham no Estádio Nilton Santos preferem não falar abertamente, mas não escondem a insatisfação com o estado do local, mesmo com as obras perto de acabar. O Botafogo, que em dezembro deve entregar o Engenhão para o Comitê Olímpico Internacional, prefere inicialmente se resguardar, mas contesta o papel de cada uma das partes na relação.
- Se alguém constrói sua casa, coloca nela um cano vagabundo e ele estoura, a culpa é de quem construiu ou do dono da casa? Além disso, a verba que o clube recebeu não é para ser gasta em manutenção. Trata-se de reembolso de, por exemplo, pagamento de conta de luz e água, que, aliás, são usados por quem faz a obra. Não existe ajuda de custo, é reembolso - disse um integrante da diretoria que preferiu não se identificar.
Quando receber o estádio de volta, após as Olimpíadas do ano que vem, o Botafogo tem a confiança de vai contar com o aparelho finalmente pronto para ser explorado comercialmente da maneira ideal. Até lá, entretanto, o Nilton Santos que se apresenta parece, mesmo após mais de dois anos de obra, estar bem longe do ideal daquele que será a principal sede dos Jogos do Rio.
Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE
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