Jogador ingressa com ação, na 27º Vara do Trabalho, para se desvincular imediatamente do clube. CBF ainda não registrou novo vínculo do jogador
Em litígio com o Botafogo, Willian Arão ingressou na Justiça contra o clube. O jogador entrou com ação na 27º Vara do Trabalho do Rio de Janeiro para declarar a nulidade da cláusula contratual que estabelece a renovação automática com o Botafogo. Na ação, o advogado do jogador, Bichara Neto, solicitou tutela antecipada. No entanto, o juiz não deferiu o pedido, e Willian Arão segue vinculado ao Botafogo. O atleta está apalavrado com o Flamengo.
Por ora, a Justiça entende que o jogador segue ligado ao clube carioca, uma vez que o Botafogo depositou - duas vezes na conta do atleta - o valor de R$ 400 mil. Como o atleta devolveu o dinheiro, o valor está em juízo. O juiz pretende ouvir o Botafogo antes de dar sequência à ação.
Cláusula no contrato de Arão com o Botafogo, assinado em janeiro, prevê renovação automática por dois anos, caso o clube pagasse ao jogador R$ 400 mil até o dia 30 de novembro. O valor da multa rescisória passaria a ser de R$ 20 milhões. Na última sexta, o Botafogo depositou o valor, mas Arão devolveu imediatamente. Novo depósito foi feito no mesmo dia. O atleta, por sua vez, voltou a estornar o depósito.
Arão teve derrota na Justiça, mas CBF ainda não reconheceu novo contrato (Foto: Vitor Silva / SSPress / Botafogo) |
CBF ainda não registrou novo contrato de Arão
Nesta terça, o clube deu entrada na CBF para registrar o novo contrato de Willian Arão até 2017. A entidade, no entanto, entende ser necessária a assinatura de Arão no novo contrato.
O Botafogo alega que, no contrato, consta a assinatura de janeiro do jogador, quando ele foi contrato. O caso está em análise pelo departamento jurídico na CBF.
O GloboEsporte.com entrou em contato com a CBF e obteve a seguinte resposta da entidade:
- Pelo Regulamento de Registro e Transferência, o prazo para publicação é de 48 horas. Porém, no caso do atleta Willian Arão, o sistema da CBF não recebeu, até o momento, nenhum novo contrato para ser registrado.
Por Marcelo BaltarRio de Janeiro/GE
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