Conversas caminham bem, mas clube depende de liberação de receitas bloqueadas para quitar atrasados e obter as CND. Valor anual gira entorno de R$ 17 milhões
Não é segredo para ninguém: a situação financeira do Botafogo é grave. Para amenizá-la, a direção busca, desde o ano passado, um patrocinador master. A procura, enfim, pode estar perto do fim. O Alvinegro negocia com a Caixa Econômica Federal, mas com um entrave: as Certidões Negativas de Débito.
As conversas caminham bem, o Botafogo está otimista, mas as tratativas só irão adiante se o clube conseguir a CND da Receita Federal. O valor anual do patrocínio da Caixa seria de, aproximadamente, R$ 17 milhões.
- Nós apresentamos uma proposta a Caixa. Aderimos ao Profut, que é um pré-requisito, e estamos buscando as Certidões Negativas de Débito. Espero que esse seja um obstáculo fácil de resolver com a Receita Federal. Com as CND em mãos, esperamos avançar nas negociações por patrocínio. Ainda é cedo para falar em valores, mas são números interessantes – disse o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.
Presidente Carlos Eduardo Pereira Botafogo (Foto: Luciano Belford/SSPress) |
Por conta da negociação com a Caixa, o Botafogo tem pressa para obter as certidões. Para isso, o clube precisa quitar os salários atrasados – parte do grupo campeão da Série B ainda não recebeu os vencimentos de novembro – e a segunda parcela do 13º de jogadores e funcionários. Em seguida, a Receita Federal avaliará a situação.
Sem dinheiro em caixa, o Botafogo depende das receitas bloqueadas pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) para colocar as contas em dia. Com o fim do recesso do sistema judiciário, nesta quinta-feira, a direção planeja liberar o dinheiro até a próxima semana.
Em um primeiro momento, a ideia é conseguir uma certidão positiva, mas com efeito de negativa. As CND seria emitida definitivamente somente quando o Profut for consolidado.
Presente em dois outros grandes clubes do Rio de Janeiro, a Caixa já acertou a renovação com o Flamengo e negocia sua permanência no Vasco. Além do Botafogo, a Caixa também busca acordo com o Fluminense.
Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro/GE
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