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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Bota incluirá planos VIP em programa de ST e projeta 30 mil sócios em 2016


Um mês após lançamento, clube vai começar a implementar novidades, como planos com 100% de desconto nos jogos. Para atingir projeção anual, faltam 17 mil adesões



Na última sexta-feira, o novo "Sou Botafogo" completou um mês de lançamento. Em número, os resultados do programa de sócio-torcedor do Botafogo, que aposta em preços mais populares e planos flexíveis, ainda não são expressivos: obteve cerca de 800 novas adesões, perdeu de 10% a 15% no processo de recadastramento e está atualmente com 13 mil sócios aproximadamente, dois mil a menos do que em relação ao ano passado. A diretoria por enquanto não atualizou seus dados no "Movimento Por Um Futebol Melhor", mas de acordo com informações do site a média alvinegra será a mais baixa entre os quatro grandes do estado: o Vasco tem 17.466; o Fluminense, 31.889; e o Flamengo, 60.604 (números colhidos na noite de domingo).

Torcida do Botafogo compareceu em grande número a São Januário contra o Vasco (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Vice-presidente de comunicação do Botafogo, Marcio Padilha vem fazendo um trabalho de convocação e auxílio nas redes sociais. Em sua conta pessoal no Twitter, o dirigente tira várias dúvidas de torcedores em relação ao programa e incentiva novas adesões: "Ontem à noite fechamos o dia com 387 novos STs. Hoje já estamos em 130. Será que vamos superar os 387?", escreveu no último dia 16. Ele admitiu que a diretoria tinha a expectativa de ter uma quantidade maior de inscrições neste primeiro mês, porém, entende os motivos e espera resolvê-los para alcançar a projeção de 30 mil sócios-torcedores em 2016. Faltam cerca de 17 mil.

Vamos ter um compromisso de, a cada um real gerado no programa, colocar mais 50 centavos. Ou seja, se tiver 20 mil sócios-torcedores que geram R$ 800 mil por mês, aí vão ter mais R$ 400 mil e vai dar R$ 1,2 milhão. Aí teríamos uma folha de R$ 4,2 milhões, não mais de três. E não é que o Botafogo vai estar pagando mais, a gente acha que cada real do sócio-torcedor ele acaba gerando mais 50 centavos de compras, despesas..."
Luis Fernando Santos,
vice executivo do Botafogo


- Com a mudança do nosso sistema, a gente teve que fazer coisas drásticas, tirar do ar para poder migrar de um sistema para o outro. Então precisava que todo mundo entrasse novamente no novo sistema e criasse uma nova senha e colocasse o número do cartão de crédito para continuar fazendo parte do programa. Isso gerou um impacto negativo um pouquinho na torcida, mas é algo que estamos resolvendo. (...) Nós esperávamos um pouquinho mais. Mas entendemos que o torcedor está desconfiado. (...) O torcedor reage muito ao momento do futebol. Nós temos plena confiança no Ricardo (Gomes, treinador), no grupo. Essa cobrança da mídia estava repercutindo muito na própria torcida, começou a acreditar que o time do Botafogo é muito inferior aos outros e isso gera um recuo, um certo receio, bronca... (...) A gente quer chegar a 30 mil até o final de 2016. Acho que, com nosso desempenho em campo, vamos provar para a torcida que merecemos o voto de confiança, e mais gente vai aderir.


O programa funciona com um plano básico, que leva o nome de "Botafogo no Coração", custa R$ 13,90 e oferece uma rede de descontos ofertados pelos parceiros. Todo novo sócio começa por ele, mas poderá adquirir outros benefícios a sua escolha no chamado "carrinho de compras". No momento, o único produto disponível no setor é para a aquisição de 50% de desconto nos ingressos para as partidas de mando de campo do Alvinegro. Mas para atrair mais público, o Botafogo se movimenta para implementar já nesta semana dois planos VIP que darão direito a acesso de graça aos estádios. Um irá custar de R$ 150 a R$ 170, e o outro, R$ 250. O mais caro dará ainda direito a brindes e experiências exclusivas, como entrar no ônibus dos jogadores, ir aos vestiários, acompanhar entrevistas coletivas no clube, entre outras coisas.


- Em função de alguns sócios mais incisivos, estamos criando dois pacotes novos com acesso ao jogo. A gente está chamando de VIP e Super VIP, ainda não foram batizados, mas seria alguma coisa desse tipo. É um plano que o torcedor vai colocar no carrinho dele, mas vai estar lá no regulamento que ele sabe que, se vender o jogo (outro local), ele pode até ir, agora passagem, estadia, alimentação... É por conta dele - explicou Padilha.

Imagem do programa Sou Botafogo (Foto: Divulgação)
A folha salarial do futebol do Botafogo atualmente é de R$ 3 milhões, uma estimativa de 25% do valor de outros grandes clubes do país. Para aumentar essa arrecadação, o clube adotou uma estratégia diretamente ligada ao número de adesões, como explica Luis Fernando Santos, vice-presidente executivo do Alvinegro.


- Vamos ter um compromisso de, a cada um real gerado no programa, colocar mais 50 centavos. Ou seja, se tiver 20 mil sócios-torcedores que geram R$ 800 mil por mês, aí vão ter mais R$ 400 mil e vai dar R$ 1,2 milhão. Aí teríamos uma folha de R$ 4,2 milhões, não mais de três. E não é que o Botafogo vai estar pagando mais, a gente acha que cada real do sócio-torcedor ele acaba gerando mais 50 centavos de compras, despesas...


Para se associar, os alvinegros podem se recadastrar ou fazer novas adesões pelo site oficial ou na sede de General Severiano. A diretoria disponibilizou uma central de atendimento, de número 4003-9979, para esclarecer dúvidas.


Confira a entrevista completa com Marcio Padilha e Luis Fernando Santos

GloboEsporte.com: Qual o panorama deste primeiro mês do programa?


Padilha: Com a mudança do nosso sistema, a gente teve que fazer coisas drásticas, tirar do ar para poder migrar de um sistema para o outro. Isso realmente não foi bom, mas precisávamos pagar esse preço. Porque do sistema anterior não vieram as senhas e os números do cartão de crédito. Então precisava que todo mundo entrasse novamente no novo sistema e criasse uma nova senha e colocasse o número do cartão de crédito para continuar fazendo parte do programa. Isso gerou um impacto negativo um pouquinho na torcida, mas é algo que estamos resolvendo. Reforçamos o nosso atendimento presencial, telefônico...


As adesões atenderam às expectativas?

Nós esperávamos um pouquinho mais (por causa do valor mais baixo). Mas entendemos que o torcedor está desconfiado. Tem o problema do boleto também que a nova operadora está negociando com o banco ainda. A gente acredita que, quando implantar o boleto, vai dar um boom de adesões porque tem muita gente esperando"
Marcio Padilha,
vice de comunicação do Botafogo


Padilha: Nós esperávamos um pouquinho mais (por causa do valor mais baixo). Mas entendemos que o torcedor está desconfiado. Tem o problema do boleto também que a nova operadora está negociando com o banco ainda. A gente acredita que quando implantar o boleto vai dar um boom de adesões porque tem muita gente esperando o boleto bancário.


Santos: Principalmente porque não podemos oferecer o jogo. O torcedor tem o plano do jogo, agora começa a dificuldade de renovação. Ele quer renovar com o jogo, aí chega lá e não encontra. Aí ele fica em dúvida se ele não sabe fazer. Aí começa o processo, liga, a gente diz que não tem o jogo por enquanto...


Tiveram mais renovações ou novas adesões?


Padilha: Tem os dois casos. Quem está renovando, estamos entendendo como nova adesão porque tem que cadastrar tudo de novo. Mas para quem tem a carteirinha ativa não cobramos taxa de adesão; se o cara parou de pagar em outubro e quer voltar agora, não se está cobrando os atrasados; estamos fazendo tudo para incentivar o pessoal a aderir. Adesão nova foi em torno de 800. O resto é pessoal que está renovando. A gente tinha 15 mil ano passado e acredita que esses dois mil vamos recuperar e continuar subindo.


Qual é a influência do time em campo sobre o ST?

Padilha: O torcedor reage muito ao momento do futebol. A diretoria, nós temos plena confiança no Ricardo, no grupo. Essa cobrança da mídia estava repercutindo muito na própria torcida, começou a acreditar que o time do Botafogo é muito inferior aos outros e isso gera um recuo, um certo receio, bronca... A gente precisa desse voto de confiança. Se chegar a R$ 50 mil sócios-torcedores, vai ser bom para o Botafogo. E vai ser bom para o sócio-torcedor, aumenta nossa capacidade de investimento, dará para fazer mais promoções, criar mais eventos... Uma coisa leva à outra. Os clubes de maiores investimentos estão com a folha de pagamento de futebol muito superiores a nossa. Estamos com cerca de 25% deles. Para chegar em um investimento intermediário tem que aumentar muito a nossa base de sócios-torcedores. E aí tem um apelo para a torcida. É o efeito "Tostines" (marca de biscoito que tinha o slogan "fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho"), que eu sempre brinco: a gente monta o time para a torcida aderir ao sócio-torcedor ou a torcia adere ao sócio-torcedor para podermos melhorar o time?


Você falou em 50 mil sócios-torcedores. É uma expectativa real?


Padilha: É. Queremos chegar a 30 mil até o final de 2016, acho que com nosso desempenho em campo vamos provar para a torcida que merecemos o voto de confiança. Mais gente vai aderir. Existe uma possibilidade de ter o mando de campo definido, e aí poder voltar com o acesso 100% nas condições normais. A gente aposta nisso aí, que até o final do ano chegue nos 30 mil. Torcida tem que dar um voto de confiança.

Jefferson é mais uma vez o garoto-propaganda do programa de sócio-torcedor do Botafogo (Foto: Divulgação / Botafogo)


Quais serão as próximas novidades do programa?

Padilha: Em função de alguns sócios mais incisivos, estamos criando dois pacotes novos com acesso ao jogo. A gente está chamando de VIP e Super VIP, ainda não foram batizados, mas seria alguma coisa desse tipo. É um plano que o torcedor vai colocar no carrinho dele, mas vai estar lá no regulamento que ele sabe que, se vender o jogo (outro local), ele pode até ir, agora passagem, estadia, alimentação... É por conta dele

Em função de alguns sócios mais incisivos, estamos criando dois pacotes novos com acesso ao jogo. A gente está chamando de VIP e Super VIP, ainda não foram batizados, mas seria alguma coisa desse tipo. É um plano que torcedor vai colocar no carrinho dele, mas vai estar lá no regulamento que ele sabe que, se vender o jogo, ele pode até ir, agora passagem, estadia, alimentação... É por conta dele"
Marcio Padilha,
vice de comunicação do Botafogo


Santos: Tem direito a acesso a qualquer jogo do Botafogo com mando nosso. Não importa onde, até mesmo no Mundial de Clubes. Vai premiar a pessoa que quer participar muito mais de um plano melhor entregando mais dinheiro.


Padilha: Tem um monte de coisa para entrar no carrinho. Vai ter curso de mergulho, plano de previdência, dependentes já estão podendo ser incluídos, vão ter três universidades que vamos oferecer promoções, os dois planos VIP... E temos um projeto agora de experiências digitais, como o bastidor que a gente vê depois na edição talvez vai ver ao vivo, sócio-torcedor vai ter acesso diferenciado à entrevista coletiva... Por mais que as pessoas achem que não tem benefícios, hoje por exemplo você faz duas corridas de taxi na "Easy Taxi" e economiza R$ 20 reais. E paga R$ 13,90 no plano básico, então você ainda tem R$ 6 de lucro. Pode ajudar o clube sem gastar nada, pelo contrário, você economiza mais do que gastou.

Santos: Vamos ter um compromisso de, a cada um real gerado no programa, colocar mais 50 centavos. Ou seja, se tiver 20 mil sócios-torcedores que geram R$ 800 mil por mês, aí vão ter mais R$ 400 mil e vai dar R$ 1,2 milhão. Aí teríamos uma folha de R$ 4,2 milhões, não mais de três. E não é que o Botafogo vai estar pagando mais, a gente acha que cada real do sócio-torcedor ele acaba gerando mais 50 centavos de compras, despesas...


Por que o número não está atualizado no "Movimento Por Um Futebol Melhor"?


Padilha: Está congelado, diferença muito pouca. Integração sistêmica, está definindo o prazo desses 30 dias, antigamente era 90, está integrando com a Ambev. Tem uma fila de ajustes, mas em breve vai estar normal. Alguns clubes, não vou falar nomes, mas deixam o inadimplente por seis meses lá ainda. Nós deixamos por 30 dias, é uma média que a gente acha normal para ser inadimplente, porque em 30 dias ele pode ter tido um problema, cartão não passou, trocou o número do cartão e esqueceu de se recadastrar no programa... Mas depois disso não tem porque. Tenho informações extraoficiais que tem clube aí com 50% de adimplentes do que está divulgado lá.



Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Botafogo sai ileso após testes de fogo nos clássicos... E fortalecido para 2016


Após atuações contestáveis no início do Carioca, Alvinegro acha equilíbrio com três volantes e dois atacantes, marca três gols e sofre só um contra Fluminense e Vasco




Aquela dúvida da torcida em relação ao time do Botafogo vai diminuindo. Se ela ainda não está dissipada, ao menos a convicção já é maior. Depois de começar o Campeonato Carioca com vitórias apertadas e atuações pouco convincentes, o Alvinegro chegou na última semana sob desconfiança com dois testes de fogo pela frente. Mas saiu ileso. E mais: fortalecido para o restante da temporada que está por vir. Venceu o Fluminense em estádio neutro, no Espírito Santo, e arrancou um empate com o Vasco dentro do caldeirão de São Januário. Em dois clássicos, marcou três gols, sofreu apenas um e encontrou uma forma consistente de jogar.


Mesmo sem ser brilhante, Botafogo se mostrou mais consistente durante clássicos (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Êxito que passa pelas mãos de Ricardo Gomes e sua nova formação. O treinador alvinegro teve peito para mexer na equipe mesmo ganhando, sacou a trinca de meias, surpreendeu ao escalar três volantes no meio de campo, e em seguida passou a usar também dois atacantes. Esquema que foi testado pela primeira vez logo em um clássico. Diante do Fluminense, fez um primeiro tempo perfeito, marcou dois gols e sequer levou sustos. Na etapa final, diminuiu o ritmo, administrou o resultado, e a defesa deu conta (veja os melhores momentos do 2 a 0 abaixo).




No último domingo, foi a vez de encarar o Vasco diante de sua torcida. Soube suportar a pressão inicial dos donos da casa e teve até chance de marcar, com Ribamar. No segundo tempo, sofreu o seu único gol com a atual formação, mas fruto de uma falha individual. Diogo Barbosa não cortou o lançamento, e Eder Luis pegou a defesa aberta - na velocidade, Riascos ganhou de Carli para marcar. Houve ainda uma bola na trave de Nenê, mas o Botafogo jamais perdeu a organização, empatou com um golaço de falta de Emerson e poderia até ter virado no fim, em um contra-ataque quatro contra quatro (veja os melhores momentos do 1 a 1 abaixo).




Ricardo considera que esta formação encaixou, mesclando os jovens com os mais experientes no time titular. Após o último clássico, o treinador destacou a postura contra um rival já montado desde o ano passado e se mostrou ainda mais confiante. Anteriormente, o comandante alvinegro já afirmou que espera entrar no Campeonato Brasileiro para brigar pela parte de cima da tabela.


Sai mais forte. O que eu vi contra o Fluminense e contra o Vasco me deixou bem mais confiante pela qualidade da equipe. O Vasco tem um bom time, só não se livrou (do rebaixamento) pelo tempo, mas o trabalho é muito bem feito. E o Vasco mudou muito pouco em relação ao ano passado. Gostei bastante disso, diferente do Fluminense que é um time em montagem. O Vasco está montado, isso me deixou bastante confiante"

Ricardo Gomes, técnico do Botafogo


- Sai mais forte. O que eu vi contra o Fluminense e contra o Vasco me deixou bem mais confiante pela qualidade da equipe. São jogadores não tão conhecidos, mas você vê quem tinha no meio de campo adversário: Andrezinho, Nenê, Marcelo (Mattos), Julio dos Santos. O Vasco tem um bom time, só não se livrou (do rebaixamento em 2015) pelo tempo, mas o trabalho é muito bem feito. E o Vasco mudou muito pouco em relação ao ano passado. Gostei bastante disso, diferente do Fluminense que é um time em montagem. O Vasco já está montado, isso me deixou bastante confiante - salientou o técnico em entrevista coletiva.


A formação agradou também aos jogadores. Luis Ricardo, por exemplo, vê mais liberdade para os laterais e mais proximidade com os homens de frente. O ala-direito ainda ressaltou que não foi preciso a equipe passar por uma adaptação, pois jogava parecido na Série B no ano passado.


- A gente vem jogando assim desde o ano passado, praticamente. Nossos volantes são bastantes ofensivos, isso facilita para nós laterais, são caras que sabem jogar. Tanto para mim quanto para os meias facilita ter volantes que sabem jogar com a bola no chão.


Já classificado, o Botafogo cumpre tabela no próximo domingo contra o invicto Boavista, às 16h (de Brasília), em Bacaxá. Ricardo Gomes ainda vai decidir se irá poupar jogadores, mas se quiser dar ritmo ao time e manter a formação, terá que achar um substituto para Airton, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. As opções para a posição são Lucas Zen, Dierson e Matheus Fernandes, mas há a alternativa de mudar o esquema, voltar a usar Rodrigo Lindoso como primeiro volante e entrar com Fernandes avançado, ou um próprio meia para ser mais ofensivo.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Vasco sai na frente, Bota empata em golaço de falta: 1 a 1 em São Januário



Riascos marca após passe de Eder Luis e vira artilheiro do estadual, ao lado de Fred. Alvinegro, apesar de bomba de Emerson, perde 100%. Equipes estavam classificadas







O gol de Riascos, em ótima trama de Eder Luis, deu a impressão de que o até então melhor ataque (Vasco) teria supremacia sobre a defesa menos vazada (Botafogo) do Carioca. Porém, uma linda e forte cobrança de falta de Emerson, com a bola chegando a 109 km/h, surpreendendo Martín Silva, aos 41 minutos do segundo tempo, deu números iguais ao clássico, neste domingo, em São Januário: 1 a 1.


A partida marcou o surgimento de um novo artilheiro do campeonato: Riascos, com seis gols, igualou a marca de Fred, do Fluminense. E também a perda dos 100% de aproveitamento do Bota. As duas equipes já estavam classificadas à próxima fase do estadual. O Vasco viu ainda o Flamengo, após o 5 a 0 sobre o Resende, passar a ter o ataque mais positivo do torneio.

Com 17 pontos, o Vasco se mantém na primeira posição do Grupo A. O Bota, com 19, lidera a Chave B. As duas equipes voltam a atuar no domingo, às 17h (de Brasília), como visitantes. O Vasco encara o Bonsucesso enquanto o Botafogo, o Boavista.

Riascos x Emerson: duelo dos artilheiros do clássico em São Januário (Foto: André Durão)

Riascos foi o nome do jogo. No primeiro tempo, os melhores lances do Vasco surgiram dos pés do atacante. Foi ele, por exemplo, quem cruzou para Jorge Henrique cabecear com perigo. Jefferson ainda teve sorte: chute do gringo tirou tinta da trave. O Bota, com Ribamar, quase marcou após mal recuo de Rodrigo. Ficou naquilo: Vasco buscou o jogo, o Bota marcou bem.


Após o intervalo, o panorama pouco mudou. Neilton deu novo gás ao Alvinegro. Só não abriu o placar pois Martín Silva fez grande defesa depois de chute cruzado. Eder Luis, que entrara fazia pouco, aproveitou desatenção de Diogo Barbosa, foi à linha de fundo e cruzou para Riascos completar: 1 a 0, aos 15 minutos. Nenê quase fez o segundo, mas a bola parou no travessão. Foi pouco depois que o Bota igualou. Aos 41 minutos, Emerson bateu falta com força e precisão. O goleiro uruguaio chegou a levantar as mãos, pensando que a bola sairia. Mas ela entrou no ângulo e determinou o empate.


O público em São Januário foi de 8.869 presentes (7.921 pagantes). Renda, R$ 291.570,00.


Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro/GE

Melhor ataque x melhor defesa: Vasco recebe Botafogo em duelo dos líderes



Clássico alvinegro volta a acontecer em São Januário após quase 11 anos entre as duas melhores campanhas do Carioca. Nenê volta, e times vão com força máxima





Montagem de capa do GE
As duas melhores campanhas do Campeonato Carioca de 2016 até agora. Não fosse o empate com o Friburguense no meio da semana, o Vasco receberia o Botafogo com 100% de aproveitamento, assim como seu rival. Neste domingo, o clássico volta a São Januário após quase 11 anos em um duelo entre o melhor ataque, o cruz-maltino, e a melhor defesa, a alvinegra. O Glorioso sofreu apenas dois gols nessas seis rodadas disputadas. Os vascaínos, que terão a volta de Nenê, balançaram as redes 14 vezes. O confronto terá início às 19h (de Brasília).


Depois do tropeço no meio da semana, também em casa, o Vasco tem a volta de seu principal jogador, que cumpriu suspensão: Nenê. Além disso, outros veteranos que foram poupados retornam ao time de Jorginho, que terá força máxima no segundo clássico da competição em São Januário. No primeiro, contra o Flamengo, o Cruz-Maltino levou a melhor. Agora a equipe, líder do Grupo A, quer repetir a história, jogando em seu campo, diante de sua torcida.

Em General Severiano, o clima é de otimismo. Único 100% no Carioca, líder do Grupo B e já classificado com duas rodadas de antecedência para a segunda fase do estadual, o Botafogo entrará em campo sem grandes ambições na tabela. Mas com o intuito de fortalecer o time e testar eventuais mudanças. Ricardo Gomes chegou a cogitar poupar alguns jogadores mais desgastados, como Luis Ricardo, que sentiu dores musculares na sexta-feira. Porém, parece que o treinador utilizará força máxima para tentar surpreender o Vasco em São Januário. Como motivação, a diretoria pagou de forma antecipada os salários de fevereiro dos jogadores - os direitos de imagem devem ser quitados durante a semana.

Maurício Machado Coelho apita o clássico, auxiliado por Wagner de Almeida Santos e Daniel do Espírito Santo Parro. O Premiere e Premiere HD transmitem a partida, com Luiz Carlos Jr. e Raphael Rezende. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.



Vasco: depois do empate com o Friburguense, Jorginho terá a volta de seu principal jogador, Nenê, além de outros veteranos. Rodrigo ainda é dúvida por causa de uma luxação no ombro, mas tirando esse fato, a equipe enfrenta o Botafogo com força máxima: Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo (Rafael Vaz) e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Julio dos Santos, Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique e Riascos.

Botafogo: Ricardo Gomes chegou a fechar o último treino antes da partida, mas a imprensa pôde ver que o time que venceu o Fluminense foi mantido no coletivo. Porém, Neilton ganhou a vaga de Luís Henrique durante a atividade e pode ser novidade. A provável escalação tem: Jefferson, Luis Ricardo (Diego), Carli, Emerson, Diogo Barbosa; Airton, Rodrigo Lindoso, Bruno Silva e Gegê; Ribamar e Luís Henrique (Neilton).



Vasco: Rodrigo é dúvida para o confronto por causa de uma luxação no ombro direito.

Botafogo: Sassá segue no departamento médico se recuperando de uma lesão no ligamento do joelho esquerdo e só deve voltar para o Brasileirão.



Vasco: Rafael Vaz e Riascos.

Botafogo: Airton.


Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Tentativa frustrada: Bota desperdiça dias de TV e clássicos sem patrocínios


Vice de comunicação lamenta mercado fechado, diz que falta de estádio e gráficos de audiência pesam contra e refuta valores muito baixos: "Não posso depreciar a camisa"




"Casa & Video" foi um dos patrocinadores pontuais do
 Botafogo no ano passado (Foto: Reprodução / Twitter)
O que começou como experiência inédita em forma de "degustação" no ano passado ainda não teve bis em 2016. Em dificuldade financeira para conseguir patrocinadores fixos em seu uniforme desde a saída da "Viton 44", o Botafogo passou a adotar a política dos patrocínios pontuais. E nesta temporada tentou repetir a fórmula nesta semana, em que teve seu primeiro jogo transmitido em TV aberta, contra a Cabofriense no último domingo, além de dois clássicos seguidos. Mas a camisa que será usada logo mais contra o Vasco estará "limpa", assim como nas partidas anteriores. A diretoria bem que tentou ir ao mercado, mas foi em vão. Em sua conta no Twitter, o vice-presidente de comunicação do clube, Marcio Padilha, revelou que só em 2015 foram feitas 109 propostas. Com a crise no país, as empresas estão agradecendo e recusando as ofertas por mídia. O dirigente listou outros times para mostrar que o problema é geral, mas disse que a falta de um estádio fixo e de gráficos de audiência do que já foi feito pioram a situação do Alvinegro.


- O mercado está assim, não vou querer justificar o nosso problema com o dos outros, mas você vê que o São Paulo está jogando a Libertadores sem patrocínio master, o Santos está sem patrocínio master, o Flamengo só ficou com a "Caixa". Quem não está com a "Caixa"... Só o Palmeiras que tem a "Crefisa". Então o mercado está fechado, não é um problema só do Botafogo. E eu sou muito questionado pela torcida: "Ah, mas o Tigres do Brasil tem oito patrocínios na camisa". Mas o valor dos oito não dá o "Voxx" que temos na manga. Eu não posso depreciar a camisa. Aquele patrocínio pontual que fizemos ano passado da "Casa & Vídeo", nós na época não tínhamos os gráficos de "Ibope" (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), mas aquilo deu uma repercussão fantástica para a "Casa & Video", para a "Ricardo Eletro"... Se a gente tivesse esses números, tenho certeza que eles teriam continuado a fazer. A falta do estádio também nos tira uma contrapartida interessante nesse caso do patrocínio porque a gente dava placa, camarote... Situações que facilitavam a negociação - explicou.

O mercado está fechado, não é um problema só do Botafogo. E eu sou muito questionado pela torcida: "Ah, mas o Tigres do Brasil tem oito patrocínios na camisa". Mas o valor não dá "Voxx" que temos na manga. Não posso depreciar a camisa"
Marcio Padilha, vice de comunicação do Bota


A prioridade no mercado continua sendo atrair patrocinadores fixos e com contratos longos. Para ajudar na captação de investidores, oBotafogo já começou a contar com o auxílio de Marcelo Hargreaves, profissional da área de marketing, ex-diretor da Concessionária Maracanã S/A, ex-gerente da "Ambev" e atual jogador de vôlei do clube - ele não será funcionário, trabalhará de forma externa ganhando variável. Além disso, há outras empresas envolvidas no Rio de Janeiro e em São Paulo com a função de abrir diálogos com possíveis parceiros. Padilha conta que vem sendo cobrado diariamente por torcedores no Twitter com relação a patrocínios.


- Não é o Padilha que resolve tudo, é o mercado. A gente tem pessoas envolvidas nisso, tem duas empresas de São Paulo, a "Hunter" e a "Wolf", o caçador e o lobo, os dois estão buscando contatos em São Paulo. Tem duas empresas aqui no Rio, pegou o Marcelão Hargreaves que também está fazendo um projeto. O dele não é só focado em patrocínio master, é uma coisa mais ampla, trazer outros tipos de investidores. É uma dificuldade, tem várias pessoas trabalhando nisso. A gente ainda tem esperança, não desistimos da "Caixa Econômica", mas tem a pendência da CND (nota da redação: clube já tem uma parte das CNDs, referente à Receita Federal, faltando só a outra metade relacionada à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional).

O vice de comunicação Macio Padilha (esq.), o presidente Carlos Eduardo Pereira (centro) e o diretor comercial Klay Salgado (dir.) apresentaram os patrocínios pontuais da camisa alvinegra no ano passado (Foto: Vitor Silva / SSpress)


No ano passado, durante o Campeonato Carioca, o Botafogo fechou com diversos patrocinadores pontuais: "Casa & Video", "Ricardo Eletro", "99Taxis", "Netshoes", "Zeex", "Naveg", "Supermercados Unidos"... Um deles causou polêmica quando o time entrou em campo anunciando o preço de um secador vendido na loja por R$ 49, e no segundo tempo voltou dez reais mais barato. Os valores não costumam ser elevados neste formato de parceria: para dois clássicos, o Alvinegro faturou R$ 140 mil com a venda das áreas no uniforme para cinco empresas, R$ 70 mil por partida, quantia insuficiente para quitar metade do salário de Jefferson, por exemplo. O Botafogo admitiu na época que teve pouco a ganhar com a comercialização de seus espaços publicitários, mas acreditava que o bom desempenho da equipe e a repercussão das ações seriam impulsos para movimentar seu caixa a partir de então, o que não se confirmou.


Apesar de estar sem patrocinador master há um ano e vivendo uma crise financeira, o clube vem conseguindo nos últimos meses honrar os seus compromissos com a liberação das cotas referentes aos direitos de transmissão da televisão. Tanto que, na última sexta-feira, pagou antecipadamente os salários de fevereiro aos jogadores e funcionários. E a expectativa é quitar os direitos de imagem e a premiação ao elenco campeão da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado, no valor de R$ 400 mil, durante esta semana.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Al Arabi aceita empréstimo e Júnior Dutra fica perto do Botafogo


Atacante, atualmente no clube do Qatar, deve ser confirmado até terça-feira


Júnior Dutra saiu cedo do Brasil e já tinha interesse em retornar à sua terra natal (Foto: divulgação)


Ao que tudo indica, falta pouco. O atacante Júnior Dutra deve ser reforço do Botafogo, principalmente para o Campeonato Brasileiro. O Al Arabi (QAT), atual clube do jogador, aceitou emprestá-lo e um desfecho do caso deve sair entre segunda e terça-feira.

Pela proposta ao jogador de 27 anos, o Glorioso pagaria parte do salário. Júnior Dutra está na sua segunda temporada no Oriente Médio. Antes, passou pelo futebol do Japão e também pela Bélgica desde que apareceu como profissional no Santo André.

Júnior Dutra pode jogar eventualmente como centroavante, mas, pelas características, atua mais pelos lados do campo ou como armador. Atualmente, Ricardo Gomes conta com Ribamar, de 18 anos, e Luis Henrique, de 17, como titulares. Neilton pede passagem e Sassá deve voltar apenas em abril.


Fonte: Felippe Rocha
Rio de Janeiro (RJ)

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Prazo por CND termina, e TJD marca julgamento do Bota para quinta-feira


Alvinegro e mais quatro times terão julgados os mandados de garantia que garantem participação no Carioca. Clube se diz tranquilo e crê em prorrogação ou nova liminar




Diretoria não vê riscos de Botafogo ser eliminado
judicialmente do Carioca (Foto: Marcelo Baltar)
Termina neste domingo o prazo de 30 dias dado pelo presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), José Teixeira Fernandes, para o Botafogo e outros quatro clubes obterem as Certidões Negativas de Débito (CNDs) a fim de continuarem jogando o Campeonato Carioca - as certidões passaram a ser pré-requisito para a disputa de qualquer competição no Brasil desde que a MP do Futebol foi sancionada em agosto do ano passado. Com isso, o tribunal marcou para a próxima quinta-feira, às 18h em sua sede, no Centro do Rio de Janeiro, o julgamento do mandado de garantia que permitiu a regularização no estadual até o momento. Além do Alvinegro, encontram-se na mesma situação América, Bangu, Bonsucesso e Cabofriense.


O Botafogo, porém, está tranquilo em relação ao processo e não vê risco de ser eliminado do Carioca judicialmente. A diretoria garante que a dívida já foi equacionada e que apenas a burocracia do procedimento está atrasando a oficialização. O clube já possui uma parte das CNDs, referente à Receita Federal do Brasil, faltando só a outra metade relacionada à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Internamente, não se trabalha com um prazo para resolver o problema de vez. Porém, como possuem provas da regularização dos débitos, todos têm certeza de que será dado mais tempo ao Alvinegro no julgamento de quinta-feira, seja com a prorrogação do mandado de garantia já deferido ou com base em uma nova liminar.


De qualquer forma, as instituições que se encontram em situação irregular podem ganhar mais tempo para se adequarem em breve. Em dezembro, foi aprovada na comissão mista no Congresso a MP 695/2015, que estende prazos de adesão dos clubes ao Profut e para implantação das contrapartidas nas competições - falta aprovação na Câmara dos Deputados e pelo Senado. Pelo texto apresentado, as exigência das CNDs e comprovantes de pagamento dos vencimentos em contratos de trabalho e de imagem dos atletas valerão só a partir de 1º de agosto de 2016.


Apesar de estar sem patrocinador master há um ano e vivendo uma crise financeira, o clube vem conseguindo nos últimos meses honrar os seus compromissos com a liberação das cotas referentes aos direitos de transmissão da televisão. Tanto que, na última sexta-feira, pagou antecipadamente os salários de fevereiro aos jogadores e funcionários. E a expectativa é quitar os direitos de imagem e a premiação ao elenco campeão da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado, no valor de R$ 400 mil, durante esta semana.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Ricardo testa Neilton como titular no Bota; Jefferson e Luis Ricardo voltam


Time que bateu Fluminense treina normalmente, mas atacante pode começar clássico contra Vasco na vaga de Luís Henrique. Octávio se recupera de lesão e fica disponível




Neilton foi testado na vaga de Luís Henrique e pode
 ser a novidade (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
O Botafogo realizou na manhã deste sábado o último treino antes do clássico deste domingo contra o Vasco, às 19h (de Brasília), em São Januário. E Ricardo Gomes inovou, fechou pela primeira vez uma atividade desde que chegou ao Alvinegro, mas no final liberou imagens. Foi possível ver que o time que venceu o Fluminense na última quarta-feira foi mantido, mas o técnico depois testou Neilton no lugar de Luís Henrique. O atacante, que se recuperou de lesão na coxa esquerda, pode formar dupla com Ribamar e ser titular pela primeira vez em 2016.


Jefferson e Luis Ricardo também treinaram normalmente após terem sido poupados na última sexta. O goleiro já está melhor de uma virose, enquanto o lateral-direito se apresentou melhor das dores musculares. Quem também voltou a ficar à disposição de Ricardo Gomes foi Octávio. O meia se recuperou totalmente de uma lesão grave na coxa, sofrida no amistoso contra a Desportiva Ferroviária, ainda na pré-temporada, e trabalhou sem restrições de toda a atividade.


Tirando a dúvida no ataque, o restante do time deve ser o mesmo, com Carli mantido na zaga ao lado de Emerson. Mas ainda há a possibilidade de alguns jogadores com maior desgaste físico serem poupados, já que o Botafogo já está classificado. O treino em General Severiano teve presença de alguns torcedores, e entre eles estava João Leite, ídolo do Atlético-MG e pai de Helton Leite. O ex-goleiro veio ao Rio de Janeiro passar o fim de semana com o filho.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Choque de líderes: veja números de Vasco e Botafogo antes do clássico


Cruz-maltino tem o melhor ataque, poder de penetração na área e o brilho de Nenê. Glorioso vai bem na defesa, decide rápido seus jogos,mas ainda busca formação ideal







BLITZ ALVINEGRA X VOLUME VASCAÍNO

Donos das melhores campanhas do Campeonato Carioca até o momento, Vasco e Botafogo se enfrentam neste domingo, às 19 horas, em São Januário, tendo de um lado o melhor ataque e de outro a melhor defesa da competição. Mas não são apenas esses os números que chamam a atenção do Espião Estatístico* do GloboEsporte.com. Além do potencial ofensivo dos cruz-maltinos, líderes do Grupo A, com 16 pontos, e do defensivo dos botafoguenses, únicos que seguem com 100% de aproveitamento e lideram o Grupo B, com 18 pontos, outras características podem ajudar a decifrar os caminhos para cada equipe vencer o clássico.


Meia Gegê abriu o placar aos 6 minutos 
contra o Fluminense (Reprodução: Twitter)
Colombiano Riascos já fez três gols após o
 intervalo
das partidas (Foto: André Durão)























O Botafogo pode não vir se destacando pela quantidade de gols marcados - tem apenas o sétimo melhor ataque -, mas isso não necessariamente significa falta de ímpeto ofensivo. Na comparação com o Vasco, por exemplo, nota-se como o Glorioso precisa, em média, de bem menos tempo para abrir vantagem no placar. Dos 10 gols do Botafogo, oito (80%) foram antes do intervalo, sendo quatro (40%) até os 12 minutos do primeiro tempo. O Vasco é praticamente o oposto, tornando-se muito mais decisivo na etapa final. O time de Jorginho fez 11 (78,6%) de seus 14 gols no segundo tempo, sendo oito (57%) dos 33 minutos em diante.

Apesar dessa diferença do momento em que fazem seu primeiro gol, os dois times costumam abrir o placar em seus jogos. O Botafogo, no caso, jamais esteve atrás no marcador neste estadual. Já o Vasco só saiu perdendo uma vez em seis rodadas, justamente na única partida que não conseguiu vencer, o empate em 2 a 2 com o Friburguense.


VASCO: FORÇA PARA ENTRAR NA ÁREA

Na análise dos gols dos times, nota-se que a bola aérea ofensiva do o Vasco mostra-se mais efetiva, com seis gols tendo nascido assim, contra três do Botafogo. A diferença mais clara entre os dois times na hora de construir seus gols, no entanto, é a capacidade de penetração de quem dá o passe para gol. No Vasco, o autor das assistências estava dentro da área em 63,7% dos lances (7 dos 11, excluídos da análise os três marcados de pênalti). No Botafogo, ao contrário, o passe para gol costuma vir de fora da área. Foi assim em 87,5% dos gols alvinegros (sete dos oito, excluídos os dois convertidos de pênalti).

Nenê (esq.) já fez quatro gols e deu quatro assistências (Foto: MARCELLO DIAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

Os destaques individuais em termos de ataque são evidentes no Vasco: além do artilheiro Riascos, com cinco gols, Nenê confirma o status de estrela da companhia, com quatro gols e quatro assistências já acumulados. No Botafogo, por enquanto, os méritos estão mais divididos. Luis Henrique, Gegê e Gervasio Núñez fizeram dois gols cada. Outros quatro jogadores marcaram uma única vez. E é o lateral-direito Luis Ricardo quem desponta como garçom, sendo autor de quatro assistências.


BOTAFOGO: EM BUSCA DO TIME IDEAL

O Botafogo tem três jogadores - o goleiro Jefferson e os laterais Luis Ricardo e Diogo Barbosa - que jogaram todos os minutos até agora. No Vasco, por exemplo, só Martín Silva ficou em campo todo o tempo. Ainda assim, Ricardo Gomes testou bastante seu time, sempre variando dois ou três nomes na escalação alvinegra - só repetiu os titulares da primeira para a segunda rodada. Suas substituições, que não seguiram um padrão muito rígido, também serviram para avaliar: ao todo, dez jogadores diferentes foram lançados no decorrer dos jogos. E as trocas mais comuns aconteceram apenas duas vezes, como Luis Henrique por Ribamar ou Gegê por Leandrinho.

Por já ter uma base de 2015, Vasco revezou mais por necessidade, caso das suspensões de Luan e Rodrigo na zaga, que deram chance a Rafael Vaz e Jomar. Ao contrário de Ricardo Gomes, Jorginho também tendeu a repetir mais as mudanças durante as partidas, fazendo quatro vezes a troca de Jorge Henrique por Eder Luis. E se o Bota teve dez, o Vasco teve só seis nomes revezando-se entre os substitutos, destaque para Yago Pikachu, que entrou cinco vezes durante os jogos, quatro delas no intervalo, em mais um exemplo dos padrões de Jorginho.

Jovem Ribamar é um dos jogadores que Ricardo Gomes experimentou até a 6ª rodada (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo) 

GLORIOSO LEVA MENOS CARTÕES

No aspecto disciplina, o Botafogo vai bem. Recebeu apenas nove cartões (todos amarelos), enquanto o Vasco levou o dobro, 18 (17 amarelos e um vermelho, com Luan). Rodrigo e Nenê já cumpriram suspensão por amarelos. Mas Nenê também costuma motivar cartões nos adversários: foram três dos 19 provocados pelo Vasco, mesmo número de Eder Luis e Jorge Henrique. No Botafogo, o volante Airton é o destaque, tanto para receber amarelos (foram dois), quanto para forçar cartões no rivais, o que aconteceu três vezes.

A quantidade pequena de gols sofridos impede uma avaliação muito aprofundada dos pontos fracos de cada defesa. O Botafogo sofreu somente dois. O Vasco foi vazado quatro vezes. Cada um sofreu um gol de contra-ataque. O Bota falhou em duas bolas aéreas, um cruzamento e um lançamento direto para a área, enquanto o Vasco em uma. O Cruz-maltino também cometeu um pênalti, aproveitado pelo Friburguense. Cada time tomou metade de seus gols no primeiro tempo e metade no segundo.


Por Bruno Marques/Rio de Janeiro/GE*A equipe do Espião Estatístico é formada por Bruno Marques, Guilherme Marçal, Igor Gonçalves, Leandro Silva e Valmir Storti.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Com virose, Jefferson é liberado de treino; Luís Ricardo também fica fora


Lateral-direito está com dores musculares e será reavaliado neste sábado, junto com o goleiro. Ricardo esconde o time, e dupla não tem presença garantida contra Vasco





Luís Henrique, Ribamar e outros titulares só correram
ao redor do campo nesta sexta (Foto: Felippe Costa)
O Botafogo voltou a treinar na tarde desta sexta-feira, em General Severiano, mas teve dois desfalques: Jefferson e Luís Ricardo. O goleiro está com uma virose, foi medicado e liberado da atividade para se recuperar em casa. O lateral-direito, por sua vez, foi ao clube, só que ficou na academia. A dupla será reavaliada neste sábado e não tem presença garantida no clássico contra o Vasco, domingo em São Januário. Caso sejam vetados, seus substitutos naturais são Helton Leite e Diego, respectivamente.


Em campo, Ricardo Gomes escondeu o time que irá jogar o clássico. O técnico comandou um trabalho de ataque contra defesa só com os reservas. Os titulares foram ao gramado apenas para corridas leves. A definição da escalação ficou para o treino de sábado. Como o Botafogo já está classificado para a segunda fase do Campeonato Carioca, a tendência é que alguns jogadores com problemas musculares sejam preservados. Recuperado, Neilton treinou normalmente e tem chances de ser titular pela primeira vez após a lesão.

Por Felippe Costa/Rio de Janeiro/GE

Garçom alvinegro, Luis Ricardo lidera assistências no Bota e avisa: "É meta"


Autor de quatro passes para gol dos companheiros, lateral-direito planeja encabeçar quesito em toda temporada, mas quer estufar a rede também: "Meu filho me cobra"





Luis Ricardo deu assistência para quatro dos 12 gols
 do time no Carioca (Foto:Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
No Campeonato Carioca, um terço dos gols do Botafogo saíram dos pés de Luis Ricardo. Seja no meio de campo, onde começou o ano improvisado, ou na lateral, o experiente jogador de 32 anos já serviu quatro vezes seus companheiros para eles estufarem as redes do adversário. Foi assim no passe para Gervasio "Yaca" Núñez abrir o placar da vitória por 2 a 0 sobre o Bangu; para Gegê também inaugurar o marcador no 2 a 1 em cima da Portuguesa; no levantamento na cabeça de Luís Henrique anotar o único gol no 1 a 0 diante do Resende; e o cruzamento na medida para Ribamar chegar batendo de primeira e dar números finais ao triunfo por 2 a 0 contra o Fluminense (confira todas no vídeo abaixo). O ala-direito lidera o quesito no time em 2016 e define a meta de manter o ritmo para terminar a temporada como o garçom alvinegro. Por enquanto, seu concorrente é do lado oposto do campo: Diogo Barbosa, com duas assistências.


- É uma meta sim, esse é o meu papel, de levar essa bola para os meias e atacantes. Fico feliz de estar contribuindo de alguma forma em gols, de nada adianta eu cruzar dez bolas e não acontecer nada. Prefiro cruzar menos, mas que seja com eficiência. Acredito que a gente está crescendo num todo, não é só o Luis Ricardo. Tem sido uma soma de tudo, parte defensiva se não me engano tem poucos gols tomados (nota da redação: foram dois gols sofridos, a defesa menos vazada do Carioca), esse é um dos nossos objetivos. E graças a Deus nosso ataque tem sido bastante positivo. A gente fica feliz pelo fato de os laterais estarem conseguindo colocar a bola na área, e os nossos atacantes têm procurado fazer o gol que facilita para nós - elogiou o jogador, que considera ter mais chances de se firmar como garçom atuando na lateral em vez do meio de campo, onde alega ser muito povoado.






A meta principal para 2016 pode até ser a das assistências, mas há um outro objetivo traçado para a temporada: fazer as pazes com a rede. Considerado um lateral ofensivo e de muitos gols na carreira, principalmente quando defendeu a Portuguesa, de São Paulo, o ala em maio pode completar um ano do seu último gol. Foram só dois em 47 partidas: um na vitória por 3 a 0 sobre o Capivariano e outro no empate por 2 a 2 com o Figueirense, ambos pela Copa do Brasil do ano passado. Já deu tempo de bater a saudade.


- Até eu estou me cobrando quanto a isso. Às vezes fico em casa, dá saudade e acabo colocando um DVD meu para rever os gols. Mesmo jogando de lateral, fiz muitos gols. Aqui foram apenas dois, é um pouco chato para mim pelo fato de gostar de gols. O próprio Ricardo e o Lopes brincam: "E o gol, vai fazer não?" Estou em busca disso, até brinco com pessoal para quando surgir uma chance tocarem para mim (risos).


Luis Ricardo ao lado do filho Richard: lateral quer
gol para homenagear o garoto (Foto: Arquivo Pessoal)
Um dos motivos para perseguir este objetivo tem nome, idade e endereço: Richard, filho de 12 anos de Luis Ricardo e que mora com a mãe em Goiânia. Mas segue muito ligado ao pai apesar da distância. Tanto que o garoto acompanha os jogos do Botafogo e quer seguir os passos do lateral-direito, com direito às mesmas posição e escolinha de futebol onde o familiar foi revelado; o Vila Nova.


- Meu filho me cobra bastante, corneta... Mesmo tendo aula de manhã conseguiu ficar vendo o jogo inteiro. Ele acompanha bastante, diz que vai ser jogador também. Pior que quer (ser lateral também), mas tem característica mais de volantão, bem bruto, meio acima do peso (risos). Já falei

com ele que para ser lateral tem que correr muito - avisou.




Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Ribamar e Luís Henrique remontam dupla do sub-17: "Sempre deu certo"


Ex-técnico dos jovens no juvenil do Botafogo acompanha joias de perto e lembra que ataque em 2014 já funcionava: "Normalmente eram os dois que resolviam as partidas"




Eles formaram pela primeira vez a dupla de ataque no profissional do Botafogo e estrearam em um clássico como titular. Foi aquela surpresa, afinal, Ribamar e Luís Henrique sequer haviam treinado juntos. Mas onde eles precisam adquirir entrosamento? Os garotos de 18 e 17 anos, respectivamente, já se entendem bem desde 2014, época em que atuaram juntos pelo juvenil do Alvinegro. Tanto que, na preleção do jogo contra o Fluminense na última quarta-feira, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES), o técnico Ricardo Gomes destacou a informação que recebeu a respeito do desempenho dos atacantes nas categorias de base: se encaixam.


Ribamar e Luís Henrique podem repetir a dupla de ataque titular diante do Vasco (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)

E bem. Pelo menos foi o que demonstraram no clássico, principalmente Ribamar, autor do segundo e último gol da partida. Se na língua da bola os dois se entenderam em campo, na hora de encarar os microfones o herói do triunfo, promovido aos profissionais durante a pré-temporada alvinegra, ainda se mostra tímido, nervoso, de poucas palavras... Por precaução, o clube também blindou o atacante e vetou entrevistas exclusivas por enquanto. Mas na saída do estádio, ele falou rapidamente sobre como foi atuar com o Luís Henrique.


- Eu e o Luís Henrique já jogamos juntos na base, sempre deu certo - destacou.

A única vez em que jogaram juntos foi no sub-17, era o segundo ano do Ribamar na categoria e o primeiro do Luís. Os dois estavam em um nível muito alto, então mudei o esquema para usá-los. Joguei como o Ricardo jogou na quarta. Normalmente eram os dois que resolviam as partidas"
Felipe Conceição, ex-técnico do sub-17


Quem assina embaixo da frase de Ribamar é Felipe Conceição, único treinador a comandar os dois na mesma categoria de base. Pela diferença de idade entre eles, acabaram jogando pouco tempo juntos antes do profissional. Foi mais na Copa Rio de 2014 e em outros jogos pela Taça Rio. A sequência acabou interrompida porque o atacante mais velho se machucou e passou um tempo no departamento médico. Consultado, o Botafogo não soube informar o número de gols dos garotos na época.


- A única vez em que jogaram juntos foi no sub-17, era o segundo ano do Ribamar na categoria e o primeiro do Luís. No início, o Ribamar foi o titular, mas o Luís subiu muito bem. Os dois estavam em um nível muito alto, então mudei o esquema para usá-los. Joguei como o Ricardo jogou na quarta. Normalmente eram os dois que resolviam as partidas. São dois atacantes um pouco parecidos, o Ribamar muito explosivo, o Luís tem a explosão dele, mas é mais técnico talvez, o Ribamar mais forte. Eles acabam se ajudando muito. Pelo que estão passando agora, foi uma experiência bacana porque já se conhecem, agora é retomar o entrosamento para continuar dando alegrias.


Felipe Conceição foi o único da base a ter Ribamar e
Luís Henrique no time (Foto: Sátiro Sodré/SS Press)
O maior aproveitamento dos garotos coincide com a promoção de Felipe, que deixou de comandar o sub-17 e vem acompanhando o trabalho desenvolvido por Ricardo, que já foi seu treinador no Juventude em 2002. Questionado se sua presença contínua na comissão técnica tem relação com o bom desempenho dos jovens, o técnico da base garantiu que não e se mostrou muito satisfeito com o sucesso de seus antigos comandados.


- Para mim é uma alegria enorme ver os meninos da base formando o ataque profissional. É gostoso para mim, para a torcida... O Ricardo está sabendo lidar com esses meninos, sabendo ajudar no crescimento deles. Eu contribui na base, mas agora o mérito é todo dele. Sempre se deram bem, respeitaram um ao outro. Uma coisa bacana no juvenil foi que o Luís vinha do sub-15, o Ribamar já estava um ano na categoria e o recebeu bem, o Luís admirava o Ribamar na época. No segundo semestre, ele jogou mais, mas os dois nunca perderam o respeito pelo outro. Sinto neles uma cumplicidade, na base a gente controlava e orientava isso. Não sabíamos que iriam jogar juntos no profissional - relatou Felipe, que só apontou diferença


- Só ficaram mais velhos e mais fortes, estão virando homenzinhos (risos) - brincou.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Atrás de atacante, Botafogo recusa Braian Rodriguez e tenta Júnior Dutra


Alvinegro faz proposta de empréstimo por atacante que está no Catar. Após desistir de Rafael Moura e Canales, clube analisou e descartou também uruguaio do Grêmio



Junior Dutra joga há um ano no futebol do Catar,
mas estaria insatisfeito no clube (Foto: Divulgação)
A urgência por um atacante já não é mais a mesma, tanto que a possibilidade de o Botafogo reforçar o setor pode ficar só para o Campeonato Brasileiro. Mas independentemente do "quando", no clube há um consenso da necessidade de se buscar um jogador mais experiente para dividir a responsabilidade com os jovens Luís Henrique e Ribamar, de respectivamente 17 e 18 anos. Com poucos recursos financeiros e sem pressa, a política adotada é a do "tiro certeiro".


Nomes oferecidos por empresários seguem a todo vapor, principalmente de gringos, mas o Alvinegro não se empolgou em preencher a última vaga de estrangeiro no elenco. Após jogo dura da Universidad de Chile, a diretoria desistiu do chileno Gustavo Canales, e recentemente o uruguaio Braian Rodriguez, que está sendo pouco aproveitado no Grêmio, foi oferecido e recusado depois de ser analisado pela comissão técnica. A bola da vez viria do exterior, só que é brasileiro: Júnior Dutra, jogador de 27 anos, revelado pelo Santos e atualmente no Al Arabi, do Catar.


A informação foi divulgada pela "Rádio Tupi", e o GloboEsporte.com apurou que o Botafogo ofereceu um contrato por empréstimo de um ano, arcando apenas com o salário. O jogador estaria insatisfeito no clube vê com bons olhos um retorno ao futebol brasileiro depois de seis anos entre Japão, Bélgica e Catar - por onde marcou 50 gols em 200 jogos desde 2010. Considerado experiente, ele agrada ao técnico Ricardo Gomes e é visto internamente como opção tanto para jogar pelos lados do campo quanto para fazer a função de centroavante. O Alvinegro espera uma resposta do empresário para saber se o negócio irá avançar.


Quem esteve perto de ser o camisa 9 alvinegro foi Rafael Moura. O He-Man acertou com o Atlético-MG por dois anos, mas será emprestado ao Figueirense. O modelo da negociação realizado com o clube catarinense chegou a ser oferecido ao Botafogo, que teria apenas que arcar com o salário do centroavante de cerca de R$ 400 mil. Porém, a diretoria não considerou o negócio vantajoso nos moldes oferecidos e comunicou ao agente do jogador da desistência.


Outro jogador com quem o Alvinegro chegou a abrir diálogo no mês passado foi com Hernán Barcos, que estava no Tianjin Teda, da China, e acabou indo para o Sporting, de Portugal. O investimento foi considerado muito caro para repatriar o argentino. Até o momento, o Botafogo contratou sete reforços para 2016: Bruno Silva, Diogo Barbosa, Emerson Silva, o uruguaio Salgueiro, o boliviano Lizio e os argentinos Carli e Gervasio "Yaca" Núñez. Dos sete, só os dois primeiros são considerados titulares atualmente por Ricardo Gomes.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Com time líder no sub-20, Botafogo demite comissão técnica dos juniores


Técnico Maurício Ferreira, auxiliar Irapuã França e preparador de goleiros Gérson Rios são desligados. Motivo seria desgaste com Renha, coordenador geral da base





Mauricinho deixa o Botafogo depois de cinco anos e
títulos do Carioca e do OPG (Foto: Arquivo Pessoal)
Mudança inesperada nas categorias de base do Botafogo. Enquanto o time principal derrubou as críticas e ganhou moral, o sub-20 alvinegro passa por um momento de crise interno. Mesmo com os juniores na liderança do Campeonato Carioca e invicto, com 16 pontos conquistados em seis rodadas, a comissão técnica foi desfeita com as saídas do treinador Maurício Ferreira, mais conhecido por "Mauricinho", do auxiliar técnico Irapuã França e do preparador de goleiros Gérson Rios. Os próprios jogadores foram pegos de surpresa com o desligamento.


Segundo o GloboEsporte.com apurou, o motivo seria um desgaste com o coordenador geral das categorias de base alvinegras, Manoel Renha, e a decisão teria sido tomada após uma discussão no vestiário na última quarta-feira, após o empate por 1 a 1 com o Fluminense no Caio Martins. Procurado pela reportagem, o dirigente preferiu não entrar em detalhes sobre o motivo da demissão e alegou ter sido apenas uma decisão interna da diretoria. Discurso mantido em nota oficial divulgada na noite desta quinta-feira (veja abaixo).


O trio estava no clube desde 2011 e teve como principais conquistas o Carioca de 2014 e o Torneio Otávio Pinto Guimarães (OPG) de 2015. Nas últimas duas temporadas, a equipe sub-20 comandada por Mauricinho chegou a todas as finais estaduais possíveis.


Confira a nota oficial do Botafogo:


"O Botafogo de Futebol e Regatas comunica oficialmente o desligamento do técnico Mauricio Souza, do auxiliar técnico Irapuã França e do preparador de goleiros Gérson Rios, da comissão técnica da equipe Sub-20 por uma decisão interna. O clube agradece aos profissionais pelos serviços prestados e títulos conquistados durante o período de trabalho nas categorias de base alvinegra e os deseja sucesso em seus novos desafios profissionais. Referência atual na revelação de jogadores, a base do Botafogo segue com o trabalho à todo vapor para seguir formando atletas e cidadãos cada vez mais prontos".

Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Sem pressa: gols de Luís Henrique e Ribamar tiram urgência por atacante


Botafogo segue monitorando o mercado, mas rendimento de jovens agrada comissão técnica. Ricardo Gomes brinca com previsão de 15 dias para reforçar o setor: "Errei"





Gols de Ribamar e Luís Henrique tranquilizam clube
por contratação (Foto: Vitor Silva / SSPress / Botafogo)
- Rapaz, errei.


Ricardo Gomes encarou com bom humor a pergunta sobre a chegada de um centroavante experiente ao Botafogo, anunciada pelo próprio treinador na semana passada. Na última sexta-feira, o comandante havia dado um prazo de 15 dias para reforçar o setor considerado de maior carência no elenco, mas metade do tempo já passou, e até agora nada de contratação. Ao ser cobrado, o técnico brincou.


- Então pode ser que chegue dentro de 15 dias, 20 dias... Errei de novo. Esse negócio de previsão não dá certo, não (risos).


O clube segue monitorando o mercado, e a necessidade de um centroavante mais experiente para dividir a responsabilidade com os mais jovens é consenso internamente. Mas fato é que o bom desempenho de Luís Henrique e Ribamar nos últimos jogos diminuiu esta urgência. Os dois garotos, de 17 e 18 anos respectivamente, formaram a dupla titular na vitória de quarta-feira sobre o Fluminense, por 2 a 0 em Cariacica, e estão dando conta do recado: o primeiro fez gols em dois dos últimos três jogos, enquanto o segundo marcou pela primeira vez como profissional no clássico (veja nos vídeos abaixo).


- Eles estão indo bem, mas aparecendo logicamente um grande jogador, o Botafogo está com as portas abertas - disse o gerente de futebol alvinegro, Antônio Lopes.




Nomes seguem sendo oferecidos a todo momento à diretoria. Os últimos especulados foram Rafael Moura, que acertou com o Atlético-MG e será emprestado ao Figueirense, e o chileno Gustavo Canales, da Universidad de Chile - há concorrência interna no clube para a contratação de mais um gringo após o início ruim de Lizio e Gervasio "Yaca" Núñez no time. Outras ofertas são mantidas em sigilo e em compasso de espera.


- O Botafogo está mostrando para a comissão técnica que as coisas estão se encaminhando bem, está formando um bom grupo, uma boa equipe. Os resultados, 100% de aproveitamento, mostram que o Botafogo está no caminho certo - avaliou Lopes.


Classificado para a segunda fase do Campeonato Carioca com duas rodadas de antecedência, o Botafogo age sem pressa. Mas é bom ficar ligado no prazo. O limite de inscrição no estadual vai até o penúltimo dia útil antes do início da próxima fase. Com isso, qualquer reforço para o estadual precisará ser inscrito dias 7 ou 10 de março, dependendo da data exata em que começar o octogonal com os quatro classificados de cada grupo.


Por Thiago Lima/Cariacica, ES/GE

Bota domina jogo e piora situação de Eduardo Baptista no Flu: 2 a 0 no ES


Com gols de Gegê e Ribamar, Alvinegro mantém 100% e garante classificação antecipada à segunda fase do estadual. Tricolor ainda depende das próprias forças






A boa atuação combinada com classificação antecipada à segunda fase do Botafogo foram as únicas novidades da noite de quarta-feira, em Cariacica, no Espírito Santo. De resto, tudo igual: o Alvinegro voltou a vencer no Carioca, competição na qual mantém 100%, e o Fluminense perdeu o segundo clássico em quatro dias - levou 2 a 1 do Flamengo no domingo. A derrota de 2 a 0, com gols de Gegê e Ribamar, aumentou a pressão sobre o técnico Eduardo Baptista.


O Bota é o líder do Grupo B, com 18 pontos. O Flu, com sete, é o quarto do Grupo A. As duas equipes têm calendário diferente. No domingo, o Botafogo encara o Vasco em São Januário a partir das 19h (de Brasília). O Fluminense folga no final de semana. Enfrentará o Friburguense, quarta-feira, no Eduardo Guinle, às 21h45.


A irregularidade nas atuações gera contestação ao trabalho de Eduardo Baptista. Foi vaiado e alguns torcedores jogaram garrafas plásticas no técnico. No ano, apenas a vitória sobre o Cruzeiro, pela Primeira Liga, teve bom rendimento. As duas derrotas em clássicos pioraram a situação do técnico. No total, ele tem 26 jogos: são 13 derrotas, oito vitórias e cinco empates.

Gegê comemora gol marcado sobre o Fluminense, que abriu vitória do Botafogo (Foto: Reprodução/Twitter)

O jogo

Foi em alta velocidade que o Bota começou a partida. Ao valorizar a posse de bola, tomou conta dos minutos iniciais. Abriu o placar aos seis, quando Diogo Barbosa cruzou da esquerda e Gegê completou de cabeça: 1 a 0, com falha de Gustavo Scarpa e Renato Chaves. O Flu não conseguiu encaixar a marcação e nem atacava com perigo. Ameaçou em chute de Osvaldo. Mas levou o segundo, de Lucas Ribamar, em novo ataque rápido, desta vez pela direita: Luis Ricardo cruzou, e o atacante completou com o pé direito. Mais uma vez, a defesa estava desarrumada. Eduardo fez troca: sacou Douglas, mandou Gerson a campo. Nada adiantou. No segundo tempo, o Bota administrou a vantagem. Viu o Flu tentar o empate, de forma desorganizada.


Uma prova foi a atuação de Fred. Pouco acionado, teve uma chance, a qual chutou para fora na cara de Jefferson. Não atuou bem. E viu o goleiro rival passar no duelo particular entre os dois. Em 16 jogos, agora, o camisa 1 tem seis vitórias. O capitão tricolor, cinco. São outros cinco empates.


Por GloboEsporte.com/Cariacica, ES/GE

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Duelo do "ão": classificação, satisfação e pressão em jogo no Bota x Flu no ES


Alvinegro busca vaga e atuação que agrade a torcida; Tricolor tenta aliviar Baptista no cargo. Em quase 100 anos, times se encaram fora do Rio pela primeira vez no Carioca




Depois de o Campeonato Carioca ter o primeiro jogo fora do estado do Rio de Janeiro, com o Fla-Flu do último domingo em Brasília, outro clássico terá disputa em terra distante. O Botafogo x Fluminense desta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Cariacica, no Espírito Santo, entra para a história por ser o único entre as duas equipes, pelo estadual, a ocorrer longe da terra natal - em quase 100 anos de rivalidade. Diante de outros adversários, o desempenho da dupla é parecido no estádio Kleber Andrade: foram quatro partidas para cada lado, sendo que o Alvinegro venceu uma (3 a 0 no Mogi Mirim em 2015), empatou duas (1 a 1 com o Rio Branco em 2000 e 2 a 2 com o Alegrense em 2002) e perdeu outra (2 a 1 para a Desportiva Ferroviária em 2016); enquanto o Tricolor ganhou duas (2 a 1 sobre o Vitória em 1995 e 3 a 1 sobre o Avaí em 2015), empatou uma (0 a 0 com o Grêmio em 1995) e perdeu outra (2 a 0 para o Rio Branco em 1999). 

Estádio Estadual Kleber Andrade, em Cariacica, vai receber o jogo (Foto: Sidney Magno Novo/GloboEsporte.com)

Dentro de campo será o encontro de um time que vence e não convence com outro pressionado. Líder do Grupo B, o Botafogo é um dos únicos times a ter 100% de aproveitamento - Vasco é o outro - e garante sua classificação para a segunda fase do Carioca com uma vitória. Porém, pode já carimbar a vaga até com empate ou derrota com uma combinação de resultados. Apesar da campanha perfeita até aqui, as atuações deixaram a desejar e não estão agradando aos torcedores. Para tentar satisfazer, Ricardo Gomes terá à disposição o meia uruguaio Salgueiro, que já foi carrasco do rival na Libertadores de 2013. O Fluminense, por sua vez, vive situação diferente. Está pressionado pela campanha irregular: é apenas o quarto do Grupo A, com sete pontos e 46% de rendimento, e ainda vem de derrota para o Flamengo. O que voltou a fazer com que o técnico Eduardo Baptista fique desconfortável no cargo debaixo de críticas dos tricolores.


Grazianni Maciel Rocha apita o jogo, auxiliado por Luiz Claudio Regazone e Diogo Carvalho Silva. A TV Globo transmite para RJ, ES, TO, SE, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF, e o Premiere exibe a partida para todo o Brasil. O GloboEsporte.com acompanha o duelo em Tempo Real, com vídeos.





Botafogo: Ricardo Gomes anunciou que, sem Renan Fonseca, vai de Carli na zaga, provavelmente com Emerson Silva. De resto, o time deve ser o mesmo que venceu a Cabofriense, dando sequência à formação com três volantes. Neilton e Salgueiro devem iniciar no banco. A escalação teria Jefferson, Luis Ricardo, Carli, Emerson Silva (Emerson Santos), Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva, Rodrigo Lindoso, Gegê, Gervasio "Yaca" Nuñez; Luís Henrique.

Fluminense: Eduardo Baptista deve mudar o time derrotado pelo Flamengo no domingo. Além da suspensão de Marcos Junior, o treinador sacou Léo Pelé do time no último treinamento. Com isso, Gustavo Scarpa assume a lateral pelo lado esquerdo. Douglas e Osvaldo serão as novidades. O time provável: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Renato Chaves, Henrique e Gustavo Scarpa; Pierre e Douglas; Cícero, Diego Souza e Osvaldo; Fred.





Botafogo: após sentir um problema muscular diante da Cabofriense, Renan Fonseca será poupado. No departamento médico, Sassá e Octávio estão fora da partida.


Fluminense: Marcos Junior, suspenso, aumenta a lista de baixas, que conta com Richarlison e Marlon Freitas, ambos machucados.




Botafogo: Airton.


Fluminense: Douglas e Wellington Silva.


Por GloboEsporte.com/Vitória/GE

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Salgueiro é regularizado e pode fazer estreia pelo Bota contra antiga vítima


Uruguaio viaja para Vitória ainda sem situação definida, mas tem nome publicado no BID uma hora antes do fim do prazo e pega o Fluminense. Lizio também é relacionado




Salgueiro treina no Botafogo
Salgueiro está regularizado. O meia uruguaio desembarcou com o restante da delegação na tarde desta terça-feira em Vitória ainda com sua situação indefinida, mas cerca de uma hora antes do fim do prazo o nome do jogador apareceu no Boletim Informativo Diária (BID) da CBF e no Boletim Informativo de Registro de Atletas (Bira) da Ferj - a diretoria havia enviado a documentação na última segunda e aguardava apenas o procedimento burocrático para a inscrição do reforço. Com isso, a principal contratação do Botafogo até o momento pode fazer sua estreia nesta quarta, diante de uma antiga vítima.


Em 2013, quando ainda defendia o Olimpia, do Paraguai, Salgueiro foi o carrasco na eliminação do Fluminense nas quartas de final da Libertadores. Na época, os dois empataram sem gols no Rio de Janeiro e decidiram a classificação em Assunção. O Tricolor ainda saiu na frente com um gol de Rhayner, mas depois Salgueiro marcou dois gols, um de falta e um de pênalti (veja no vídeo abaixo), virou o jogo e manteve sua equipe na competição. O time chegou até à decisão e acabou como vice-campeão ao perder nos pênaltis para o Atlético-MG.






Salgueiro chegou ao clube há 11 dias e vem realizando atividades desde então com o grupo. Como já havia iniciado a temporada atuando pelo Olimpia, ele chegou ao Alvinegro em condições de já entrar em campo, apesar do técnico Ricardo Gomes fazer mistério sobre a utilização do uruguaio. Mas como ele viajou mesmo antes da regularização, há chances de jogar pelo menos alguns minutos do clássico.


- Tá claro que ele tem qualidade, mas imagina se ele estreasse amanhã? Olha o tempo que ele passou com o time titular. 15 ou 20 minutos. Nada. Tem que ter paciência. Não sabemos o tempo que vai precisar. Muito cedo. Infelizmente eu gostaria de ter todas as resposta, mas não tenho muito mais que isso. Não defini a equipe. É bom jogador, mas ficou só 20 minutos com os titulares - despistou Ricardo.


Quem também desembarcou junto com o grupo na capital capixaba foi Lizio. Havia a possibilidade de o meia boliviano, que perdeu a vaga no time titular e passará por um trabalho para ganhar massa muscular, ficar fora da viagem para acelerar o seu recondicionamento físico, mas o jogador foi relacionado normalmente e ficará como opção no banco de reservas. Botafogo e Fluminense se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, na Grande Vitória.



Por Thiago Lima/Vitória/GE