Parecer será endereçado a Carlos Eduardo Pereira, que vai repassá-lo a comissão responsável por emitir veredito sobre pedido de expulsão de ex-presidente
Maurício Assumpção está com futuro no Botafogo mais perto de ser decidido (Foto: Satiro Sodré) |
O parecer do processo de exclusão de Maurício Assumpção tem como base as acusações de improbidade administrativa, favorecimento a amigos e empréstimo sem destino especificado, prejuízo ao patrimônio do Botafogo, entre outras. Responsável pela formulação dos documentos, Domingos Fleury, vice jurídico do clube, preferiu não comentar o assunto.
- Isso está sendo tratado com sigilo. Quando o parecer for entregue à comissão nós vamos comentar.
Quando tiver o documento em mãos, Carlos Eduardo Pereira vai repassá-la à comissão que ele próprio nomeou, em outubro do ano passado, seguindo norma do Regimento Disciplinar do Botafogo. Ela é formada pelos sócios Mag Carvalho Paletta (presidente), Alessandro Pereira Leite (relator) e Mauro Sodré Maia. Eles vão analisar decidir o destino de Maurício Assumpção, que terá o direito de apresentar sua defesa.
- A comissão segue à espera do parecer. Quando recebermos, vamos analisar com toda a atenção que o caso merece, observando provas e ouvindo a defesa. Nenhuma decisão será precipitada e, por isso, não existe prazo para uma resposta - explicou Mag Paletta.
Inicialmente o caso esteve a cargo da Junta de Julgamento e Recursos do Botafogo. Mas em sessão no dia 30 de setembro do ano passado, o órgão entendeu não ter competência para decidir sobre a expulsão, já que Maurício Assumpção não integra mais qualquer poder do clube e, dessa forma, não poderia ser julgado num foro privilegiado.
O processo disciplinar movido contra Maurício Assumpção pelo Conselho Diretor do Botafogo não tem relação com a auditoria externa contratada pelo clube em janeiro. A empresa Ernst & Young vai auditar processos, documentações e contas da instituição relativas aos seis anos de sua gestão. O ex-mandatário teve suas contas do ano fiscal de 2014 reprovadas pelo Conselho Deliberativo. O resultado deste procedimento pode ser uma ação penal contra Assumpção.
Por Gustavo Rotstein/Rio de Janeiro/GE
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