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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Erik descarta polêmica por pênalti, mas diz treinar fundamento e se candidata a cobrador no Botafogo: "Tenho 11 gols"


Buscando desencantar pelo Alvinegro, atacante pediu para bater penalidade máxima perdida por Lindoso no Clássico Vovô. Destaque dos últimos jogos, ele agradece o reconhecimento da torcida



Erik diz treinar pênaltis e se candidata a cobrador — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Quem estava no Maracanã no Clássico Vovô de domingo reparou que Erik correu pedindo a bola assim que o árbitro assinalou um pênalti nos minutos finais. Mas Lindoso foi quem cobrou, parou no goleiro Rodolfo, e o Botafogo perdeu para o Fluminense por 1 a 0. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, o atacante descartou qualquer polêmica envolvendo a cobrança da penalidade máxima, mas manifestou a vontade também de ser um cobrador no clube.


– O professor deixa tudo acertado na preleção, quem é o primeiro e o segundo cobrador. Mas como estava muito confiante, e na jogada do pênalti eu que recebi o passe do Igor (Rabello) e joguei para a área, eu pedi (a bola). Mas entendi bem e fiquei focado no rebote. Tentei caprichar, mas a bola subiu demais – lamentou Erik, que diz treinar o fundamento e apresentou seu "currículo":


Confira gols de Érik marcados em cobranças de pênalti pelo Goiás


– Treino sim. Se não me engano, tenho 11 gols de pênaltis na carreira. A maioria das decisões é decidida nos pênaltis, treino para estar preparado (veja no vídeo acima algumas cobranças de Erik pelo Goiás).


Último reforço do Botafogo em 2018, o recém-chegado atacante tem apenas quatro jogos pelo clube, mas já vem sendo o principal jogador do time de Zé Ricardo. Ele já deu uma assistência, para Luiz Fernando contra o Cruzeiro, porém, ainda busca o primeiro gol com a camisa alvinegra.


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SEMANA X PRESSÃO

Desde quando cheguei, sempre procurei deixar meu máximo lá dentro. Toda partida joguei os 90 minutos e saí extremamente desgastado fisicamente e mentalmente. Cada semana que se inicia tem que encarar o desafio de frente. Sempre motivado, apoiando os companheiros. Nunca é bom estar se aproximando da zona de baixo. Mas estou super motivado, focado para domingo, e em um bom horário. Particularmente eu gosto. Vejo muitos atletas reclamando (jogo às 11h), mas já joguei no Serra Dourada assim com quase 40 graus e adorei aquele clima.


FALTA "ALGO MAIS" AO TIME?

Olha, nos meus jogos até hoje procurei deixar tudo lá dentro. Quero agradecer o reconhecimento de muitos torcedores, que reconhecem esse empenho. Há uma cobrança muito grande, o Zé está cobrando, a gente tem que acordar. Nesse campeonato a gente não pode dar mole. Faltam 14 rodadas e é procurar pontuar o máximo possível.


SEQUÊNCIA CONTRA TIMES DE BAIXO

Temos que pensar nos sete jogos, é muito importante olhar a tabela, mas temos que pensar jogo a jogo. A gente procura vencer sempre, tem que ter isso em mente de cada companheiro. Independentemente de ser equipe em cima ou embaixo, a dificuldade vai ser a mesma.




Erik vem se tornando referência com pouco tempo de clube — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


FALTA DE VITÓRIAS

Minha estreia foi com vitória, foi muito importante. Depois teve aquele jogo contra o Grêmio para esquecer, o empate com o Cruzeiro onde a gente mereceu vencer e agora o clássico em que tivemos chance até de vencer por termos sido superiores durante partida. Na hora do pênalti até brinquei que queria cobrar, estava com muita confiança. Infelizmente o resultado não veio. Algo que estou procurando no dia a dia, apesar de ter 24 anos, é a cobrança em cima dos companheiros e deles comigo, um ajudar o outro. E ter um pouquinho mais de sorte para a bola entrar.


POUCOS GOLS

A gente vem trabalhando no dia a dia. Eu mesmo procuro ficar mais quando acaba o treinamento para aprimorar. Está faltando a última bola, o último passe. Criamos no clássico, faltou um pouquinho mais de sorte para a bola entrar. A bola está batendo na trave, acredito que domingo ela vai voltar a entrar e todo mundo vai voltar sorrindo para casa.


FALTA SORTE?

Vai muito do jogo. Trabalho não está faltando para esse grupo, que se dedica bastante e está deixando o máximo no jogo. Infelizmente a bola não está entrando, mas vai começar a entrar, tenho certeza. Esse grupo é merecedor, e eu particularmente quero fazer uma história bonita aqui.


RELAÇÃO COM A TORCIDA

Normalmente momentos difíceis, pelos lugares em que passei, são de muitas críticas, cobranças. Sempre soube lidar com isso e entender, nem sempre o atleta vai estar na melhor forma, as coisas vão estar acontecendo... Aqui fui acolhido de uma forma muito especial e fiquei muito feliz. Esses dias estava no restaurante e dois torcedores vieram conversar comigo, me deram os parabéns. Converso bastante com minha espossa, temos gratidão. Na rua me dão apoio, esse carinho vou sempre guardar comigo. Espero retribui-los.


Que isso sirva de recado para os companheiros nunca deixarem a raça, a vontade nos dias em que estiver difícil na técnica. Estamos vestindo a camisa de um grande clube.


Fonte: GE/Thiago Lima, do Rio de Janeiro

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