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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Caso Gatito: Botafogo descarta infiltração e confia no retorno do goleiro sem o uso de corticoide


Procedimento foi indicado pelo Dr. Ricardo Laranjeira, especialista em mão que examinou o paraguaio. Receio por doping e por mascarar a dor faz clube manter tratamento conservador





Gatito tenta voltar a jogar depois de seis meses de recuperação — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



O Botafogo decidiu manter o tratamento conservador e não fará a infiltração de corticoide para eliminar as dores no punho direito de Gatito Fernández. A sugestão foi dada pelo Dr. Ricardo Laranjeira, especialista em mão que foi procurado pelo goleiro paraguaio fora do clube no mês passado. O departamento médico alvinegro acredita que a substância pode apenas mascarar a dor, além do receio com relação ao doping. A informação foi divulgada pelo jornalista Renan Moura, da "Rádio Globo", e confirmada pelo GloboEsporte.com.


O corticoide é um hormônio esteroide que possui ação anti-inflamatória e é considerado doping por gerar aumento de desempenho nos atletas. Na lista de substâncias e métodos proibidos da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), os glicocorticoides aparecem com classificação "S9" (para efeito de comparação, os anabolizantes são classificados como "S1"). Esta substância é considerada especificada, de menor gravidade, enquanto anabolizantes são chamados de não especificadas e classificados como de maior gravidade.



— Foto: GloboEsporte.com


O Dr. Laranjeira garantiu que o método não caracteriza doping, mas recomendou a comunicação prévia com órgãos anti-doping por precaução. Existe uma comissão de autorização de uso terapêutico, dentro da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que pode liberar o uso de substâncias proibidas pela Wada para tratamentos de atletas. Porém, o presidente desta junta, José Kawazoe Lazzoli, em entrevista ao site oficial da ABCD em novembro do ano passado, explicou que esse tipo de infiltração sequer precisa fazer solicitação:


– Muitas delas, na verdade, são desnecessárias. Por exemplo: o corticoide é proibido na lista da Wada via oral, venosa, intramuscular e retal, que seriam os supositórios. Mas é permitido por outras vias, por exemplo, tópica, quando você passa um creme, ou via intra-articular, quando injeta na articulação do atleta uma solução com corticoide. Então, de vez em quando chegam solicitações para uso intra-articular. Aí eu nem mando para a comissão. Eu respondo informando que esse uso é permitido e que AUT (autorização de uso terapêutico) é desnecessária.


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O Botafogo, por sua vez, confia no retorno do goleiro sem precisar usar corticoide. Em entrevista ao GloboEsporte.com na semana passada, o Dr. Ricardo Bastos, um dos três médicos do Botafogo ao lado do Dr. Christiano Cinelli e do Dr. Salvio Magalhães, disse que não houve erro no tratamento de Gatito e alegou que o paraguaio teria voltado a jogar em agosto se não fosse pela lesão de ligamento, sofrida em um treinamento.


Por ser tratar de partes moles do corpo, em que não é recomendável a imobilização, a última lesão é mais delicada do que a primeira, quando teve uma fratura completa do processo estiloide da ulna e precisou "colar" o osso. Gatito tem feito até seis horas de sessões diárias de fisioterapia e já voltou a treinar com desenvoltura, embora ainda separado do grupo. O departamento médico só irá liberá-lo para jogar quando estiver sem dor, mas está otimista com seu retorno em breve.


Fonte:GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Lima — do Rio de Janeiro




























































































































































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