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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

E o Gatito? Eliminação do Botafogo nos pênaltis gera questionamento sobre situação de seu especialista


Queda na Sul-Americana é marcada por falha de Diego na Fonte Nova e revés de Saulo no duelo da marca da cal com Douglas Friedrich, no Nilton Santos. Goleiro paraguaio segue sem previsão



Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Quis o destino que o Botafogo fosse eliminado da Copa Sul-Americana nos pênaltis, onde tem um especialista no assunto, mas que está fora de combate desde abril: Gatito Fernández. A queda diante do Bahia na noite da última quarta-feira no Nilton Santos, após vitória por 2 a 1 no tempo normal (veja os lances no vídeo abaixo), ficou marcada em cima dos goleiros:




Melhores momentos: Botafogo 2 (4 x 5) 1 Bahia pelas oitavas da Copa Sul-Americana


Com Diego, pela falha no segundo gol sofrido na derrota por 2 a 1 na Fonte Nova; com Saulo, que mesmo defendendo uma cobrança perdeu o duelo da marca da cal para Douglas Friedrich, que pegou duas no Nilton Santos; e pela expectativa mais uma vez frustrada da volta de Gatito à meta alvinegra.


Situação que faz aumentar os questionamentos sobre a real condição do goleiro paraguaio, que vinha treinando com desenvoltura semana passada. Quando Zé Ricardo chegou a cogitar seu retorno contra o São Paulo no último domingo, o que não aconteceu, a torcida inteira contava com a volta dele diante do Bahia três dias depois. Mas novamente não foi relacionado.


A pergunta que todo torcedor se faz é: como um jogador que está prestes a voltar, e acaba ganhando mais três dias de preparação, continua fora na partida seguinte? Importante destacar também que diversos registros da imprensa nos treinos relatam saltos, impactos no chão e defesas arrojadas de Gatito. O que leva mais dúvidas ao torcedor. Como o paraguaio se atira contra as bolas, defende chutes violentos e ainda não está pronto?


Zé Ricardo foi questionado sobre o assunto na entrevista coletiva após a eliminação da Sul-Americana. Perguntado se Gatito voltou a sentir dor no punho direito da lesão, Zé Ricardo explicou, sem entrar em detalhes, que o goleiro ainda não está confiante. E deu a entender que o retorno só depende do paraguaio:


– Não só a torcida, mas todos nós ficamos na expectativa de ele voltar. É um grande goleiro, também tem um rendimento muito grande em penalidade máxima. Mas é uma posição que exige muito da confiança do próprio atleta, tem que se sentir totalmente apto. Como não se recuperou 100%, ficou fora. É trabalhar dia a dia, esperar que se recupere para os próximos jogos do Brasileiro.


O técnico, porém, está exposto diante de um cenário repetido. A previsão inicial de um mês de recuperação durou mais pela consolidação do osso. Depois, o próprio Gatito calculou seu retorno logo após a Copa do Mundo... E nada. Antecessor de Zé Ricardo, Marcos Paquetá chegou a dizer que contava com o goleiro em duas semanas. Mas uma inflamação no punho regrediu o quadro.


Muito feliz de voltar aos trabalhos. Obrigado a todos pelas mensagens que me ajudam muito na minha recuperação! 🙌🏼😼🔥 Foto: @foto_vitorsilva


Em agosto voltou a treinar normalmente e comemorou com uma publicação no Instagram (veja acima), mas novamente sentiu dores no local. Se continuar sem jogar por mais 20 dias, Gatito vai completar um semestre longe dos gramados em 2018. O último posicionamento oficial do departamento médico do clube foi no início de setembro.


Junto com os médicos alvinegros, Gatito chegou a procurar um especialista em punhos fora do clube nos últimos meses, e lhe foi recomendado continuar o tratamento que vinha sendo feito. Internamente, há quem acredite se tratar mais de uma questão psicológica do goleiro em relação ao punho. Enquanto não sentir segurança, continuará fora do time.


Pesa também o desfalque simultâneo de Jefferson, outro que não tem previsão de volta ainda e está sem jogar desde julho. Enquanto isso, os jovens Saulo e Diego vão continuar segurando a barra e tendo que assumir a responsabilidade no gol. Mas nitidamente o time vem demonstrando uma insegurança defensiva, e a pressão das arquibancadas tende a aumentar pós-eliminação.


Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima — do Rio de Janeiro

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