Na Argentina com a família, Xerife mantém rotina de treinos de olho em novas conquistas após viver seu "momento mais especial da carreira" em 2018: "Podemos ter um 2019 ainda melhor"
Com ombro recuperado, Carli trabalha duro e mantém rotina de treinos nas férias — Foto: Arquivo Pessoal
Fora das três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, Carli deixou a torcida do Botafogo preocupada com a lesão sofrida na articulação do ombro esquerdo, durante a vitória por 1 a 0 sobre o Internacional. Um mês depois, o Xerife alvinegro garante já estar recuperado, apesar de ainda ter alguns cuidados de movimento, e promete chegar 100% na pré-temporada. Para isso, vem soando a camisa nas férias em Mar del Plata, na Argentina.
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Referência na "Era pós-Jefferson", o zagueiro divide o período de lazer com a família em sua cidade natal com treinos na praia. Em entrevista ao GloboEsporte.com, ele fez um balanço de 2018, ano em que viveu o "momento mais especial da carreira" com o gol do título carioca; projetou um 2019 ainda melhor; fez lobby pela renovação de Zé Ricardo; torce para a permanência de Igor Rabello e disse que seus empresários, Alexandre Oliveira e Diogo Martins, também foram procurados.
Thiago Lima ✔@tdellima
Animado para 2019, Carli treina na praia nas férias em Mar del Plata, na Argentina, e se mostra recuperado de lesão no ombro que o tirou das três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro #gebota
Confira a entrevista completa:
GloboEsporte.com: Como está sua rotina nas férias?
Carli: – É o momento que temos para descansar. Estou na Argentina e curtindo ao lado da minha família e dos amigos. Sempre que posso procuro ficar ao lado deles. Como estou jogando no Brasil, a cada momento que tenho com eles se torna ainda mais especial.
E o ombro, ainda dói? Tem feito tratamento ainda?
– Já melhorou bastante. Fiquei muito chateado quando soube que estava fora da reta final do Campeonato Brasileiro. Acompanhei o time mesmo sem poder atuar, assistia aos jogos e tentava passar força para o grupo. Ainda tomo alguns cuidados com o ombro, mas nada de muito especial.
Xerife curte as férias na Argentina com a mulher, Mariela, e os filhos Avril e Valentin — Foto: Arquivo Pessoal
A torcida pode ficar tranquila que você estará 100% na pré-temporada?
– Com toda certeza. Eu me cuido bastante. Sei que a carreira de atleta pede isso e sempre entendi essa situação. Mesmo nas férias, procuro me cuidar para não voltar atrás, sobretudo, na parte física.
Imagino que 2018 tenha sido especial para você pelo gol na final do Carioca e o título. Qual balanço você faz do ano?
– Posso dizer que esse gol foi o momento mais especial da minha carreira até agora. Foi uma sensação incrível. Estádio lotado, dramaticidade e circunstância da partida. Foi incrível. Acho que o balanço foi positivo. Conquistamos o ano com título e tivemos uma arrancada muito boa na reta final do Campeonato Brasileiro. Tivemos dificuldades e oscilações, mas isso toda equipe acaba passando em algum momento.
Ainda assiste muito aquele seu gol na final?
– Sim, claro. Gosto de rever a reação dos meus companheiros e da torcida. Não sou muito de acompanhar rede social, mas até postei no meu Instagram esse momento após o gol (veja abaixo). Realmente foi algo marcante.
Fica alguma lição de 2018 para o Botafogo levar para 2019?
– Todo ano serve de aprendizado. Eu, particularmente, sempre faço uma análise e avalio no que eu posso melhorar no meu jogo. Tenho certeza que podemos ter um ano de 2019 ainda melhor.
Depois de três anos de Botafogo e o primeiro título, qual sua expectativa para 2019?
– A nossa expectativa é de realizar o melhor trabalho possível. Com a ajuda do nosso torcedor, tenho certeza que podemos almejar grandes objetivos e obter conquistas.
Te deixa preocupado essa possível venda do Igor Rabello, que foi seu maior parceiro de zaga no Botafogo?
– É uma situação engraçada. Aprendemos muito um com o outro e jogamos bem juntos. É claro que quero a permanência do Igor, mas entendo que esse é um assunto particular de cada atleta. Espero que ele se sinta feliz com a escolha. Com certeza o Botafogo ganharia muito com a permanência dele.
Xerife torce pela permanência da dupla de zaga com Igor Rabello em 2019 — Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo
E você, chegou a receber alguma proposta de outro clube nesta janela?
– Eu sempre tive o sonho de atuar no futebol brasileiro. Os meus empresários me ajudaram muito e me proporcionaram isso. Quando soube do interesse do Botafogo, não pensei duas vezes. Hoje tenho certeza que o sonho se tornou uma escolha acertada. Tive, sim, ofertas, mas, sinceramente, não me preocupo com isso no momento. Deixo tudo a cargo dos meus empresários.
Para você, quanto é importante a renovação do Zé Ricardo até o fim de 2019?
– Acho primordial. O Zé chegou, e o grupo assimilou bem a filosofia de trabalho dele. Ele teve grande importância nessa nossa evolução. Todos no clube gostam dele, e isso facilita demais o trabalho.
Você já é o capitão do time e uma das lideranças do elenco. Está pronto para ser uma referência no clube como foi o Jefferson?
– Acho que não dá para ocupar o lugar do Jefferson. Ele é um símbolo do clube, mas tento dar a minha parcela de contribuição. Todos no grupo me conhecem e sabem que, quando eu cobro, só penso no melhor para o jogador e também para a equipe. Os conselhos que dou aos mais jovens, eu recebi quando tinha a idade deles.
Capitão alvinegro, Carli defendeu a renovação de Zé Ricardo até o fim de 2019 — Foto: Fred Gomes
Acompanhou a final da Libertadores entre River e Boca? Você, como argentino, o que achou?
– Acompanhei sim. Achei dois grandes jogos. Equipes com talentos individuais, muita força ofensiva e consistência na defesa. Só lamento o que aconteceu fora de campo. É muito triste. Foge do que é futebol. Felizmente, tudo ficou tranquilo no segundo jogo.
Sonha em disputar uma decisão sul-americana também? Dá para imaginar o Botafogo na final da Sul-Americana em 2019?
– Com toda certeza. Saímos da competição com o sentimento que poderíamos chegar mais longe. Fizemos um grande segundo jogo contra o Bahia e acabamos caindo nos pênaltis. Aprendemos com os erros. Vamos em busca desse título em 2019.
Fonte: GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Lima — Rio de Janeiro
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