Volante de 23 anos, porém, não descarta possibilidade de permanecer no Alvinegro: "Sou muito grato ao clube por tudo que fez por mim e tenho um carinho muito grande"
Gustavo Bochecha dificilmente seguirá no Botafogo após o retorno das atividades. Antes mesmo de a quarentena ter início, a diretoria já havia deixado claro o desejo de negociar o volante e outros atletas. Depois de um bom momento em 2019, Bochecha perdeu espaço no fim da temporada e só participou de dois jogos em 2020, quando o Alvinegro usou a equipe reserva.
- Os maus resultados no começo do Carioca acabaram pesando contra mim. Com relação a uma possível saída, eu quero e preciso jogar. Quero recuperar a boa sequência que vinha tendo no ano passado, pois sei que vou evoluir e me destacar nesta temporada. É o meu momento - destacou Bochecha em papo com o GloboEsporte.com.
Bochecha com a camisa do Botafogo: 54 jogos e um gol.
O jogador de 23 anos, cria da base alvinegra, já recebeu sondagens de alguns clubes brasileiros e a expectativa é que as conversas avancem antes do retorno dos campeonatos. Apesar de o isolamento dificultar negociações, os clubes pensam em voltar com todo o planejamento pronto e querem iniciar o Brasileiro com os elencos definidos. Mas, como ainda não há uma data para o reinício da temporada, as equipes tentam segurar a entrada de novas despesas.
Gustavo Bochecha jogou as duas primeiras partidas da Taça Guanabara — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Bate-papo com Gustavo Bochecha:
Em 2019, você ganhou espaço no Botafogo ao longo da temporada, conquistando um lugar no time e o carinho da torcida. Também fez seu primeiro gol como profissional. Como avalia o último ano?
- Uma temporada de muito aprendizado e onde pude evoluir como atleta e pessoa. Vinha numa sequência boa. Individualmente, fiz bons jogos. Infelizmente, os resultados não foram satisfatórios e então o professor resolveu me tirar. Respeitei a decisão dele e continuei trabalhando, mas aquele era o momento em que eu estava conseguindo crescer e evoluir em alguns aspectos. Receber o carinho da torcida para mim foi valioso demais. Sempre entrei em campo por eles.
No fim do ano passado, porém, você acabou perdendo espaço. Por que acha que isso aconteceu?
- Voltei em dois jogos extremamente difíceis contra Cruzeiro e Santos. Em seguida, tive uma contusão em um treino que me afastou do final do Brasileiro.
"Tenho certeza que poderia e posso ajudar muito".
Você, então, iniciou 2020 sem espaço na equipe titular e existe hoje a possibilidade de ser envolvido em uma negociação, já com sondagens de alguns clubes. Um novo ambiente pode ser interessante para você nesse momento?
- Fiz um mês de fisioterapia em 2019 e, quando liberado, entramos de férias. Com poucos treinos na pré-temporada, retornei ao Rio para jogarmos as duas primeiras rodadas do estadual. Os maus resultados no começo do Carioca acabaram pesando contra a mim. Com relação a uma possível saída, eu quero e preciso jogar. Quero recuperar a boa sequência que vinha tendo ano passado, pois sei que vou evoluir e me destacar nessa temporada. É o meu momento.
Paulo Autuori chegou a conversar particularmente com você? Acredita que existe chance de permanecer no clube e voltar a ter oportunidades?
- Eu me dedico no dia a dia para isso acontecer. Sou muito grato ao Botafogo por tudo que fez por mim e tenho um carinho muito grande por esse clube. Tudo será conversado de maneira conjunta para que possamos definir os próximos passos.
Como tem sido esse período de quarentena e férias? Tem conseguido treinar em casa?
- Estranho, mas necessário. Sinto muita saudade de estar no dia a dia do clube, treinos, amigos... Mas é para um bem maior. Hoje, o importante é cuidarmos do próximo. Tenho treinado todo dia em casa e aproveitado esse tempo para curtir a família e minha filha. Fazendo aquilo que é possível para manter a forma. Temos que estar preparados para quando tudo voltar ao normal.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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