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domingo, 26 de julho de 2020

Análise: Honda toma as rédeas no meio do Botafogo, mas falhas no ataque são lição para o Brasileirão



Time de Paulo Autuori avança em direção ao modelo de jogo que quer apresentar no campeonato nacional, mas escorrega na decisão. Capitão japonês comanda equipe em campo




Melhores momentos: Fluminense 1 x 0 Botafogo em amistoso


O duelo contra o Fluminense apresentou um Botafogo com ideias promissoras, mas que falhou na hora de transformar em gol os momentos de domínio. Essa é a avaliação do técnico Paulo Autuori, que classificou a derrota por 1 a 0 do último domingo, no Nilton Santos, como uma lição a ser aprendida para o Brasileirão.


A torcida cobra que o recado seja absorvido a tempo do próximo sábado, quando as equipes voltam a se encontrar no mesmo palco para mais uma etapa da Taça Gerson e Didi, torneio amistoso criado pelos rivais que viraram parceiros nos bastidores.


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Amistoso que, por vezes, passou longe de ser o clima dentro de campo. Botafogo e Fluminense jogaram para ganhar, e alguns atletas chegaram a se exaltar no clima competitivo. Casos do bate-boca entre Marcelo Benevenuto e Nenê, por exemplo, ou de algumas entradas duras que resultaram em cartões amarelos.


Contudo, os choques foram parte menor no clássico. Com a bola rolando, o Bota aparentou dar mais um passo dentro do modelo de jogo que quer apresentar na parte mais decisiva da temporada. Gosto pela bola, meio de campo participativo e muitas jogadas pelas laterais são algumas das preferências que a equipe voltou a demonstrar.



Capitão, Honda comandou o time em campo — Foto: André Durão


Nesse sentido, Honda foi um dos jogadores a ser destacado. O meia assumiu ainda mais a função de organizador e tomou as rédeas do meio de campo alvinegro. Ao lado de Caio Alexandre, escolheu a todo momento por onde o Botafogo avançaria rumo à defesa adversária.


Jogou atrás de Bruno Nazário e os outros três atacantes, mas nem por isso deixou de aparecer na frente. Quando avançou, tentou lançamentos, foi parado com faltas e sofreu o pênalti que foi desperdiçado por Pedro Raul.


Gols perdidos ligam alerta

O lance do camisa 9 foi a chance mais clara de gol, mas não a única desperdiçada pela equipe. O próprio Pedro cabeceou uma bola que por pouco não teve endereço certo. O quase golaço de Bruno Nazário, de bicicleta, é outro que entrou para a conta. Assim como o chute fraco de Guilherme Santos que Calegari, do Flu, conseguiu tirar em cima da linha.


Essas chances de gol desperdiçadas foram o ponto fraco e renderam críticas de Autuori. O Botafogo não conseguiu aproveitar os momentos de domínio que teve no clássico. Apesar dos avanços em outros aspectos, esse tipo de deslize pode ser decisivo durante a disputa do Campeonato Brasileiro.



Calegari salva gol feito de Guilherme Santos — Foto: André Durão


- O que eu menos gostei foi que a gente não conseguiu jogar o jogo que nós jogamos e ganhar. Essa lição que fica para o Brasileiro. O jogo esteve na nossa mão para ganhar. Mas gostei da solidez que a equipe demonstrou. Estamos construindo um coletivo, e a equipe funcionou. A cada jogo vai ganhando mais confiança - disse o treinador à Botafogo TV.


O Botafogo tem um último teste antes da estreia no Brasileirão. No próximo sábado, às 17h (de Brasília), no Nilton Santos, o Fluminense será mais uma vez o adversário em amistoso. Isso para diminuir a falta de ritmo de jogo para a primeira rodada do campeonato nacional, marcada para o dia 9 de agosto, às 11h (de Brasília), contra o Bahia.



Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

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