Equipe de Emiliano Díaz é facilmente dominada pelo adversário e falta de reação incomoda
O Botafogo chegou à quarta derrota seguida no Brasileirão em noite que o time teve um "primeiro tempo ridículo", como bem resumiu o zagueiro Marcelo Benevenuto após o revés por 2 a 1 para o Atlético-MG no Mineirão. Na realidade, os dois tempos foram ruins.
O resultado agrava a crise alvinegra no campeonato. O time se mantém na penúltima colocação e, a depender dos jogos de Vasco e Sport na 23ª rodada, pode se afundar por mais tempo na zona de rebaixamento.
Esperar uma reação do Botafogo contra o líder do Brasileirão talvez seria otimismo demais, mas o Atlético, desfalcado pela Covid-19, não precisou de muito esforço para vencer em casa. O resultado não é surpreendente, mas a postura dos cariocas é preocupante.
Atlético-MG venceu Botafogo sem muito esforço — Foto: Agência i7/Mineirão
Após três semanas de trabalho da nova comissão técnica, o Botafogo não conseguiu apresentar evolução e segue apresentando os mesmos erros, com sérias dificuldades de criação e pouca atividade no terço final.
O resto de esperança está na chegada de Ramón Díaz. Recém-contratado, o argentino ainda não treinou o Botafogo e entrou o time à sua equipe nas últimas semanas para ser submetido a um procedimento cirúrgico. A tendência é que ele esteja à beira do campo na próxima rodada, contra o Flamengo, no dia 5 de dezembro, no Nilton Santos.
Emiliano Díaz gostou do que viu no seu primeiro jogo, a derrota para o Bragantino, e manteve a base da equipe para a segunda partida, a derrota para o Fortaleza. A pouca produtividade, falta de reação do Botafogo e principalmente a parte física fizeram o auxiliar técnico mudar de ideia, e o time foi a campo com uma série de mudanças diante do Atlético.
- As mudanças que fizemos foi pela parte física. Jogamos em quase 72 horas e não teríamos ritmo. Tivemos muitas lesões e não podemos perder ninguém nesse momento- explicou Emiliano.
+ Atuações: Cavalieri defende pênalti, mas não impede derrota
Melhores momentos: Atlético-MG 2 x 1 Botafogo, pela 23ª rodada do Brasileirão
Não deu certo. O Botafogo teve pouca mobilidade no meio de campo e sofreu com a falta de criatividade. Com três volantes, o time perdeu o meio e pouco explorou a velocidade pelas pontas, com Warley e Marcinho (improvisado) nulos.
A apatia da equipe é que incomoda. O Botafogo não deu trabalho ao Atlético, que jogou sem se esforçar. Os visitantes não pressionaram, não marcaram e não tentaram reagir. Pedro Raul ganhou a vaga de Matheus Babi e não somou em nada no ataque. Foram 45 minutos de um time só jogando.
O 1 a 0 foi construído pelos mineiros no primeiro tempo sem qualquer dificuldade imposta pelo Botafogo. O segundo gol era questão de tempo e veio no início da segunda etapa. Em seguida, os cariocas diminuíram em jogada de bola aérea, o que foi pouco explorado na etapa inicial.
Mas não passou disso a tentativa de reação. Emiliano ficou incomodado com o que viu e tentou reverter as alterações que tinha pensado para o confronto. O Botafogo apresentou leve melhora, equilibrou a posse de bola, mas seguiu sem criar, sem finalizar e apostou demais na bola longa.
O Botafogo terminou o jogo com três míseras finalizações.
O resultado só não foi pior porque Diego Cavalieri defendeu pênalti cobrado por Keno, que foi derrubado na área por Marcinho. O lateral, inclusive, foi usado como ponta em seu segundo jogo na temporada, posição que já tinha exercido em 2019. Não funcionou. Apagado no primeiro tempo, voltou à função original na segunda etapa e mostrou que pode ser útil nas bolas paradas.
Entre os inúmeros desafios da nova comissão técnica, que trabalha sob enorme pressão, está tirar alguma coisa de Salomon Kalou. O marfinense não entregou praticamente nada desde que foi contratado e soma mais uma atuação ruim. A questão sobre o atacante segue a mesma: não seria a hora de testá-lo em outra formação além do ataque com dois extremos?
O Botafogo tem vivido de semanas cheias, mas a questão física segue sendo questionada. Foi um dos pontos usados por Emiliano para justificar o desempenho. Agora o time terá oito dias antes do próximo compromisso, e duas mudanças serão certeiras: o zagueiro Kanu e o lateral-direito Kevin estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
- Jogamos metade do jogo bem e a outra, não. Teremos mais de uma semana para trabalhar e vamos focar muito na parte física, nesse ritmo de jogo que realmente queremos - avaliou o auxiliar
Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
Não deu certo. O Botafogo teve pouca mobilidade no meio de campo e sofreu com a falta de criatividade. Com três volantes, o time perdeu o meio e pouco explorou a velocidade pelas pontas, com Warley e Marcinho (improvisado) nulos.
A apatia da equipe é que incomoda. O Botafogo não deu trabalho ao Atlético, que jogou sem se esforçar. Os visitantes não pressionaram, não marcaram e não tentaram reagir. Pedro Raul ganhou a vaga de Matheus Babi e não somou em nada no ataque. Foram 45 minutos de um time só jogando.
O 1 a 0 foi construído pelos mineiros no primeiro tempo sem qualquer dificuldade imposta pelo Botafogo. O segundo gol era questão de tempo e veio no início da segunda etapa. Em seguida, os cariocas diminuíram em jogada de bola aérea, o que foi pouco explorado na etapa inicial.
Mas não passou disso a tentativa de reação. Emiliano ficou incomodado com o que viu e tentou reverter as alterações que tinha pensado para o confronto. O Botafogo apresentou leve melhora, equilibrou a posse de bola, mas seguiu sem criar, sem finalizar e apostou demais na bola longa.
O Botafogo terminou o jogo com três míseras finalizações.
O resultado só não foi pior porque Diego Cavalieri defendeu pênalti cobrado por Keno, que foi derrubado na área por Marcinho. O lateral, inclusive, foi usado como ponta em seu segundo jogo na temporada, posição que já tinha exercido em 2019. Não funcionou. Apagado no primeiro tempo, voltou à função original na segunda etapa e mostrou que pode ser útil nas bolas paradas.
Entre os inúmeros desafios da nova comissão técnica, que trabalha sob enorme pressão, está tirar alguma coisa de Salomon Kalou. O marfinense não entregou praticamente nada desde que foi contratado e soma mais uma atuação ruim. A questão sobre o atacante segue a mesma: não seria a hora de testá-lo em outra formação além do ataque com dois extremos?
O Botafogo tem vivido de semanas cheias, mas a questão física segue sendo questionada. Foi um dos pontos usados por Emiliano para justificar o desempenho. Agora o time terá oito dias antes do próximo compromisso, e duas mudanças serão certeiras: o zagueiro Kanu e o lateral-direito Kevin estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
- Jogamos metade do jogo bem e a outra, não. Teremos mais de uma semana para trabalhar e vamos focar muito na parte física, nesse ritmo de jogo que realmente queremos - avaliou o auxiliar
Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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