Diretoria se reúne com comando do futebol e define dois dias de concentração antes de confronto do próximo domingo; presidente Durcesio indica permanência de Túlio e Barroca
Todo jogo tem sido considerado o jogo da vida do Botafogo nas últimas rodadas do Brasileirão, mas o próximo desafio do time na competição está sendo tratado como um divisor de águas das dez partidas que restam. Diretoria e comissão técnica, reunidas ao longo da última quinta-feira, chegaram à conclusão que o clássico contra o Vasco é o fio de esperança que sobrou.
O novo presidente, Durcesio Mello, se aproximou do elenco alvinegro nas últimas semanas e tem vivido o ambiente interno a fim de buscar alternativas para salvar o Botafogo do rebaixamento. O mandatário, junto ao comando do futebol, decidiu algumas ações para a reta final.
Entende-se que uma derrota para o Vasco, às 20h30 do próximo domingo, em São Januário, pode decretar a queda do Botafogo à Série B. Dada a importância do clássico, o elenco alvinegro fará dois dias de concentração e já vai para o hotel após o treino desta sexta.
Hoje, Botafogo e Vasco estão separados por seis pontos na tabela. Enquanto o time alvinegro tem 23 pontos na 19ª colocação, os vascaínos ocupam a 16 ª posição, com 29 pontos, e só deixou o Z-4 na última quinta, após empate com o Atlético-GO.
Vencer o Vasco no próximo domingo é fundamental para sequência do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Confiança no comando do futebol
O ge apurou que Durcesio Mello indicou a manutenção do dirigente e do técnico Eduardo Barroca. As partes, porém, não conversaram sobre a próxima temporada. Em entrevista na última segunda, Durcesio afirmou que pretende manter Barroca por mais tempo no clube.
- Barroca fica comigo um ou dois anos, gosto muito do trabalho dele e acredito nessa continuidade do trabalho. Ele está fazendo essa parte motivacional e também com treinamentos intensivos, eu tenho acompanhado e estou impressionado - disse quando tomou posse.
De qualquer forma, a diretoria analisa a contratação de outro nome e está perto de fechar com um diretor executivo de futebol.
O presidente entende que não há a possibilidade de fazer muitas mudanças nesse momento, a não ser as de perfil motivacional, por isso tenta uma chacoalhada interna. Mais trocas no futebol podem bagunçar ainda mais o ambiente e confundir o elenco em momento que o time busca pelo menos 20 pontos nos 30 que tem a disputar.
Pressão externa é desafio
A pressão da torcida tem sido um capítulo à parte na temporada do Botafogo. Insatisfação e protestos, seja em General Severiano, no Estádio Nilton Santos ou até nas redes sociais, direcionaram decisões importantes do clube no último ano.
Dirigentes foram "caçados", técnicos caíram e jogadores deixaram de ser contratados ou escalados em função da pressão externa. Na última quinta, o Muro dos Ídolos do Botafogo amanheceu pichado, e a imagem de Túlio Lustosa foi apagada.
Lidar com os ânimos dos alvinegros e filtrar as insatisfações e o peso que isso deve ter dentro do clube é outra tarefa da diretoria, que precisa aprender a conviver com as críticas nas próximas semanas.
Fonte: Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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