Treinador utiliza 21 jogadores e recorre a sucessivas mudanças, mas Alvinegro não engata uma sequência digna de se afastar do Z4 da competição nacional
'Faço essa competitividade entre os jogadores', diz Eduardo Barroca (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Nem mesmo a chegada de Eduardo Barroca foi suficiente para mudar uma incômoda sensação na torcida do Botafogo. Após a derrota por 2 a 0 para o Athletico-PR, no Nilton Santos, na última quarta-feira, ficou nítido que, por mais que o comandante faça uma "rodagem", o time padece para tirar o Alvinegro da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
- Nas substituições não estou conseguindo efetividade, não estou conseguindo ganhar os segundos tempos depois das minhas trocas. Faço essa competitividade entre os jogadores. Eles estão entrando e não conseguem reverter o cenário. Agora, é se dedicar de corpo e alma. Trabalhar muito - afirmou, em entrevista coletiva.
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Desde que voltou à beira do campo na equipe alvinegra, contra o Internacional Barroca utilizou 21 jogadores diferentes (as mais recentes cartadas foram o retorno de Barrandeguy e a estreia de Cesinha, ambas no decorrer do jogo com o Furacão) e sucessivas formações.
Além disto, Marcinho, que saiu do clube, Lucas Campos e Luiz Otávio receberam oportunidades nas derrotas para o Flamengo e São Paulo, quando o auxiliar Felipe Lucena comandou a equipe pois Barroca havia contraído Covid-19. Mas nem tamanha "rodagem" trouxe resultado suficiente para dar consistência ao Glorioso e tirar a equipe do Z4 (apenas uma vitória em quatro jogos com o técnico).
Embora mantenha uma constância entre os titulares do setor defensivo, o comandante alterna a ligação entre a defesa e o ataque. Além disto, na frente o estilo de jogo muda conforme as alterações, seja durante os 90 minutos e também de rodada em rodada.
Sem ter a vivência de Honda (que deixou o clube no fim do ano de 2020), o treinador variou entre o "curinga" Cícero e as apostas em Bruno Nazário e Éber Bessa para distribuir jogadas. Barroca chegou a lançar Victor Luis como ponta-esquerda, deixando Rafael Forster como um lateral mais defensivo no duelo contra o Corinthians. Entretanto, não evitou a derrota por 2 a 0 para o Timão.
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A linha de frente também tem causado dores de cabeça a Eduardo Barroca. Por mais que Pedro Raul siga como esperança de gols, o técnico não acha a sintonia perfeita. Meses após ter desembarcado no Nilton Santos com o posto de astro, a cadência de Salomon Kalou pouco agregou às formações e o marfinense ainda alcançou um feito negativo. De acordo com o SofaScore, o camisa 8 foi o jogador do Botafogo que mais desperdiçou chances claras no Botafogo: em sete, acertou apenas uma.
As fichas depositadas na velocidade de Warley e de Rhuan, por sua vez, esbarram na instabilidade causada pela ansiedade e na falta de pontaria, especialmente no período turbulento do Alvinegro. A expectativa agora recai sobre Lecaros, que vem ganhando oportunidades sobre
Barroca é taxativo em relação à reta final do Brasileirão.
- Não podemos dar chance para falta de entrega, sentimento de conformismo - e em seguida, frisa:
- Ainda acredito que dá para reverter. É encarar essa situação para tentar reverter até o final - completou.
O Botafogo volta a campo neste domingo, contra o Vasco, em São Januário, no Nilton Santos.
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Fonte: Vinícius Faustini/Rio de Janeiro (RJ)
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