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terça-feira, 9 de março de 2021

Após perder espaço, Babi tem caminho livre para brilhar com a camisa do Botafogo


Centroavante de 23 anos é principal opção para Chamusca e fica na mira de outros clubes



Vinte e três anos, 1,91m, habilidade com as duas pernas, boa bola aérea, poder de decisão. As qualidades são muitas e chamam a atenção de outros clubes desde a temporada passada. Com contrato até o final de 2021, o centroavante Matheus Babi tem tudo para ser o homem-gol do Botafogo nesta temporada. Isso se ele ficar no clube para a disputa da Série B.


Por enquanto o torcedor alvinegro não tem com o que se preocupar. O atacante recebeu apenas sondagens e está bem no Botafogo. O entendimento é que Babi pode se valorizar ainda mais com o espaço projetado para este ano no Rio de Janeiro. A multa rescisória do atleta é de 3 milhões de euros. Ele pertence ao Serra Macaense, e o clube alvinegro tem direito a 40% de taxa de vitrine em caso de negociação.


O centroavante começa a temporada em alta ao marcar duas vezes em menos de três minutos na vitória por 3 a 0 sobre o Resende, no último domingo. Com faro de gol e boa mobilidade, Babi é a principal opção de referência para o técnico Marcelo Chamusca. Ainda com as partes física e técnica a evoluir, o artilheiro pode fazer de 2021 um divisor de águas na carreira.



Matheus Babi marcou dois gols na vitória do Botafogo sobre o Resende — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Botafogo no sangue

Criado no Morro do São Jorge, periferia de Macaé, no interior do estado do Rio de Janeiro, Matheus Barcelos da Silva aprendeu a driblar os adversários desde pequeno. Perdeu a mãe ainda criança e, depois de passar um tempo com o pai, foi criado pelos avós maternos. A família sempre incentivou o garoto a buscar o sonho de ser jogador de futebol profissional.


O Botafogo, primeiro grande clube da carreira profissional, não poderia ser melhor destino para o macaense, que tem sangue alvinegro. Respeito e carinho pela estrela solitária foram passados pela família, que também cobra responsabilidade do atacante com a camisa preta e branca.


- Toda minha família é botafoguense. A responsabilidade é muito grande, a cobrança vem de dentro de casa. Meus avós não perdem uma matéria do Botafogo, às vezes coisas que eu não sei eles ouvem e me ligam para contar - contou Babi em papo com o ge na temporada passada.


Com dois irmãos por parte do pai, Babi se apegou à família para superar a perda precoce da mãe. E também aos amigos, com quem cresceu jogando bola na rua, soltando pipa, brincando de bola de gude... Mas precisou crescer antes do tempo. Na esperança de um futuro melhor, se dedicou ao futebol desde a infância e logo foi morar sem a família e teve que criar responsabilidade.


Um choque para retomar o caminho

Depois de um início promissor no Botafogo, com trabalho dobrado e boa avaliação do clube, Babi acompanhou a queda de rendimento do time no Brasileirão de 2020 e perdeu espaço. O tropeço quase virou tombo quando o atacante foi afastado em fevereiro passado após chegar atrasado ao treino. Antes, foi flagrada em uma casa noturna da zona oeste do Rio de Janeiro. Não pegou bem.



Mesmo com o ambiente comprometido e em ano de queda para a Série B, Babi terminou a temporada 2020 como vice-artilheiro do Botafogo ao marcar 11 gols em 39 jogos. Ele chegou ao clube em junho do ano passado.



Matheus Babi foi vice-artilheiro do Botafogo em 2020 — Foto: Vitor Silva/Botafogo


O erro ficou no passado. O choque pode servir como alerta para Babi, que tem o caminho livre para realizar o sonho de brilhar com a camisa do Botafogo. Como Pedro Raul foi negociado com o futebol japonês, o centroavante é o titular atualmente. Mas sem trabalho não terá recompensa.


- Todos os dias venço a desconfiança de todos, porque sempre sou cobrado e me cobro muito para sempre dar o meu melhor dentro de campo. Tento ser versátil todos os dias, me dedico o máximo possível, estou jogando em time grande - disse ainda em 2020.


"Vou continuar sonhando, treinando, me dedicando e me aprimorando".


Babi e o Botafogo se preparam para o primeiro grande desafio da temporada: às 21h30 desta quarta-feira, o time enfrenta o Moto Club, em São Luís, pela primeira fase da Copa do Brasil. Se perder estará eliminado.


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Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

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