Técnico fez variações na escalação e na formação tática durante o 1 a 1 com o Vasco: "Não tivemos pré-temporada, então teremos essas surpresas em relação às alternâncias de jogar"
Marcelo Chamusca por pouco não saiu com a vitória de seu primeiro grande desafio à frente do Botafogo, que sofreu empate do Vasco nos minutos finais do clássico deste domingo em São Januário e acabou levando o primeiro gol na temporada. O técnico não escondeu a frustração com o resultado, mas disse que chateação só dura até amanhã.
- A gente fez um segundo tempo muito bom no aspecto de construção de jogadas, neutralizamos muito bem o Vasco até um determinado momento e tivemos muitas possibilidades em transição e contra-ataque. (Empate no fim) deixa a gente frustrado, porque nosso sentimento é pelo tanto que a gente produziu no segundo tempo. Tivemos muitas chances de matar o jogo, ficamos com o sentimento de frustração porque tivemos ambição e jogamos para vencer. Mas estou satisfeito que os jogadores seguiram o plano de jogo. A gente pode ficar chateado e remoer até amanhã de manhã. À tarde já temos que estudar e pensar no Flamengo e recuperar a confiança para quarta-feira.
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Marcelo Chamusca em Vasco x Botafogo — Foto: André Durão/ge
Marcelo Chamusca fez vários testes no clássico e variou não só a escalação, mas também a formação tática do time em alguns momentos. O técnico usa o Campeonato Carioca como laboratório e afirma que outras experiências serão feitas nos próximos jogos.
- Tem um ponto que é muito importante pra gente analisar a construção. Estamos fazendo os testes, colocando os jogadores que são contratados e construindo um padrão tático em jogos oficiais. Não tivemos pré-temporada, não fizemos jogos-treino, então na prática teremos essas surpresas em relação às alternâncias de jogar. Eu não sou preso a sistema nenhum de jogo, mas fico preso aos conceitos em cada fase do jogo. Essa experiência está tendo que ser feita com a bola rolando e vai ser assim no Carioca. Nossa intenção é conseguir vencer os jogos, estamos na briga.
Com o empate, o Botafogo perdeu a chance de fechar a rodada dentro do G-4, a zona de classificação para as semifinais do Campeonato Carioca. O time comandado pelo técnico Marcelo Chamusca ocupa a quinta colocação da Taça Guanabara com seis pontos. O Alvinegro volta a campo na próxima quarta-feira, para mais um clássico, dessa vez contra o Flamengo no Nilton Santos.
Outras declarações de Chamusca
Opção por Rickson
- A opção pelo Rickson foi tática e não técnica. Com ele eu tinha duas possibilidades de formatação. Poderia utilizá-lo por dentro, com um tripé de volantes, dando mais liberdade pro Warley e pro Marcinho, e também poderia utilizá-lo fazendo o corredor pelo lado direito com Marcinho jogando mais por dentro e próximo do Babi. Utilizei as duas formações e crescemos muito quando Rickson foi pra direita. Ele me dava a possibilidade de mudar a forma do time jogar sem precisar substituir.
- Como tive problemas com os volantes nessa semana, até tive que usar o Benevenuto como volante no segundo tempo, a estratégia foi de guardar o Kayque, que entrou muito bem no segundo tempo.
Escalação com três volantes
- A mudança foi em cima da análise que fizemos do Vasco, que tem uma proposta de saída de três, onde espeta os dois laterais numa linha muito aguda e tem também jogo de combinação pelos lados e de entrelinhas por dentro. Nossa ideia era fortalecer a marcação por dentro e poder liberar Marcinho e Warley para fazer a primeira batida na linha de três do Vasco. A equipe teve um pouco de dificuldade não na fase defensiva, onde praticamente anulamos o Vasco, mas nossa mecânica de construção ofensiva estava comprometida, por isso mudei o Rickson e o segundo tempo foi muito melhor.
Dificuldades de criação
- A tentativa de jogar com o tripé dificultou nossa construção e, a partir do momento que mudamos o posicionamento do Rickson principalmente, tivemos uma capacidade de construção e controle de jogo muito boa. Contratação do Ricardinho foi pra suprir o que Bruno Nazário fez nos dois primeiros jogos com a gente. Estamos buscando mais um extremo com características de jogar por dentro, que ataque espaço, temos o Felipe Ferreira que também pode fazer isso, e o Marcinho tem feito a função muito bem. No segundo tempo mostrou bom repertório e podemos mantê-lo na posição e usar outros jogadores fazendo o corredor de acordo com a análise do adversário.
Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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