Clube demitiu 77 funcionários, mas também dispensou atletas bolsistas, fornecedores e outros prestadores de serviços. Economia é projetada em R$ 600 mil por mês após cortes
O Botafogo conversa com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com o sindicato da categoria para liberar cerca de R$ 800 mil que serão usados para pagar as rescisões dos funcionários demitidos no início desse mês. O desejo é de quitar a dívida com parte do fundo judicial separado para pagar salários.
Há otimismo para fechar a operação, que precisa do crivo da Justiça do Trabalho. Clube, MPT e o Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Sindeclubes) já se reuniram nas últimas semanas e tentam alinhar o acordo para acionar o poder judiciário.
No último dia 4, o Botafogo comunicou demissões e cortes que impactaram todos os setores do clube. Na ocasião, o ge informou que mais de 90 funcionários foram demitidos. Na verdade, 77 pessoas com contrato de trabalho foram atingidas. O número sobe ao contabilizar atletas que recebiam bolsas, fornecedores e outros prestadores de serviços que foram dispensados.
Clube conversa com poder público para pagar dívida — Foto: Davi Barros
Com a chegada da nova gestão e do CEO Jorge Braga, o Botafogo viu a necessidade de cortar 30% dos gastos, com grande impacto no quadro de funcionários. Em negociação com o Sindeclubes, a diretoria tentou reduzir salários e jornadas por alguns meses com a justificativa de conseguir fôlego e tentar outra saída. A proposta não foi aceita pelos trabalhadores, e o clube optou pelas demissões.
Além dos funcionários, todos os contratos foram revistos, e alguns também foram encerrados. Internamente, a projeção é de que os cortes resultem em economia de cerca de R$ 600 mil por mês. Para isso, o clube precisa pagar o que deve aos funcionários, o que vai evitar o aumento da fila de processos trabalhistas, que já é longa.
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A proposta do Bota é tirar parte do fundo separado para manter os salários em dia, em acordo judicial que vigora desde outubro e recentemente renovado. Como o objetivo é usar o dinheiro para quitar dívidas trabalhistas, o clube não espera ter problemas com o tribunal. A postura de diálogo com o sindicato e com o MPT também é vista internamente como trunfo na solicitação.
Para quem ficou no clube, a promessa é de estabilidade. O recado passado é que os cortes necessários já foram feitos. Quem ficou, a princípio, não corre mais risco. Mas tudo vai depender dos desafios financeiros que vão se apresentar durante o ano, além do resultado no campo. A volta à Série A é essencial.
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Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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