Primeiro tempo contra o Avaí aumenta esperança do torcedor na evolução do time, mas bom comportamento não se estende aos 45 minutos finais, e empate fica de bom tamanho
O primeiro tempo do Botafogo contra o Avaí na noite do último sábado, pela nona rodada da Série B, aumentou a esperança do torcedor na evolução do time, e com razão. Mas o bom comportamento não se estendeu aos 45 minutos finais, e o time de Marcelo Chamusca garantiu o empate em 1 a 1 com gol nos acréscimos. Para quem teve chance de vencer, mas não aproveitou, o ponto fora de casa ficou de bom tamanho.
Com Chay suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Chamusca optou por escalar Barreto no meio de campo, liberando mais Oyama e Pedro Castro. A ideia foi povoar o setor para impedir a superioridade do Avaí, e o Botafogo conseguiu, pelo menos no primeiro tempo. Se aumentou a consistência defensiva e melhorou a marcação, o time perdeu na construção por dentro.
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Marco Antônio comemora gol nos acréscimos em Avaí x Botafogo — Foto: iShoot Photography/Futura Press
Mas a criação não foi um problema na primeira parte do jogo. O Botafogo chamou o Avaí e apostou na bola longa, chegando bem à frente com Navarro e Oyama. O adversário também teve chances importantes, principalmente jogando nos erros alvinegros. Na melhor delas, os catarinenses aproveitaram falha de Daniel Borges, e Wesley Soares carimbou a trave.
O melhor momento do Botafogo foi em chute de fora da área de Pedro Castro. O volante, que fez um primeiro tempo razoável, ficou responsável pela armação e aproximação dos atacantes. Em um jogo com muito espaço na entrada da área, o meio-campista quase abriu o placar com sua principal arma, a finalização de longa distância. A bola parou no travessão após tentativa de encaixe do goleiro.
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Avaí x Botafogo - Melhores Momentos
Foram muitas as chances perdidas pelo time de Marcelo Chamusca, que tem tentado melhorar a efetividade do Botafogo. Se no ano passado, a equipe sofria com a falta de criação e poucas finalizações, esse ano o Bota chuta mais a gol, mas nem sempre na direção da meta.
No segundo tempo, o comportamento alvinegro foi outro, e a boa atitude que se viu parece ter ficado no intervalo. Com o time criando pouco e sem Ronald, substituído aos 38 minutos da etapa inicial com dores nas pernas, o Botafogo perdeu a profundidade e passou a criar bem menos.
O Avaí jogou no erro do Botafogo e esperou a bola certa para ir à frente. Em um lance bobo, Kanu vacilou e perdeu a bola no meio de campo. Guilherme e Barreto não conseguiram impedir o adversário, que, no meio de um bando alvinegro, achou espaço para finalizar rasteiro. Douglas Borges, adiantado, não teve como chegar na bola.
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Barreto não fez bom jogo contra o Avaí — Foto: iShoot Photography/Futura Press
Com a inatividade do time no segundo tempo, era difícil acreditar numa reação. Chamusca abriu mão do esquema com três volantes para colocar o Botafogo mais à frente. Warley, que substituiu Ronald e foi praticamente nulo no ataque, voltou à lateral e rendeu mais. Num cruzamento certeiro para a área, achou Marco Antonio, que havia entrado aos 30 minutos, livre para bater de primeira e empatar com belo gol já nos acréscimos.
A esperança é que o Botafogo consiga repetir o primeiro tempo contra o Avaí nos próximos jogos, mas a certeza é que nem sempre o time vai desempenhar acima da média em uma competição tão desgastante como é a Série B. O único jogo da equipe em sua verdadeira casa, o Nilton Santos, foi pela segunda rodada. Desde então, o elenco embarcou numa maratona de viagens cansativas.
A Voz da Torcida - Pedro Dep: “Botafogo se esforçou muito para tomar o gol” (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/a-voz-da-torcida-pedro-dep-botafogo-se-esforcou-muito-para-tomar-o-gol-9659035.ghtml)
Marcelo Chamusca tem razão ao reclamar da programação exaustiva. Depois de vencer o Vitória na noite da última quarta-feira, o Botafogo deixou Volta Redonda na madrugada de quinta e viajou na sexta para Florianópolis. A preparação para o Avaí foi feita no gogó e será dessa forma outras vezes na Série B. Agora, por exemplo, o time viaja para Maceió, onde enfrentará o CRB já na terça.
É injusto cobrar do técnico uma máquina, não só pelo desgaste, mas pelas opções no elenco. Diante do Avaí, por exemplo, o técnico só tinha um zagueiro à disposição no banco de reservas: Lucas Mezenga, do sub-20, relacionado pela segunda vez no profissional. Os altos e baixos são normais em um clube com transformações além das quatro linhas. Trabalhar a paciência será uma das missões do torcedor alvinegro ao longo desta temporada.
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Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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