Só com Diego Cavalieri, clube economizaria mais de R$ 200 mil. Diretoria calcula custo de rescisões, salários e avalia risco de processos para tomar decisão
No esforço do Botafogo para reduzir despesas, o departamento de futebol entrou na mira como possibilidade para poupar dinheiro em 2021. O clube quer acordos com jogadores fora dos planos ainda nessa reta final de temporada, mas o relógio é adversário.
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O clube evita confirmar nomes para não expor negativamente os jogadores, mas a reportagem apurou que entre os avaliados estão Guilherme Santos e Felipe Ferreira, como adiantou o "Canal do TF", além de Diego Cavalieri. O clube já tinha interesse em um acordo com o goleiro desde o início da temporada, mas uma lesão grave adiou as conversas.
Juntos, os salários desses atletas custam mais de R$ 350 mil mensais ao Botafogo - o vencimento de Cavalieri é maior do que os do lateral-esquerdo e do meia somados. Um acordo com os três pode gerar economia de cerca de R$ 1 milhão até o fim da temporada.
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Diego Cavalieri tem um dos maiores salários do Botafogo e ainda não jogou nesta temporada — Foto: Vitor Silva/Botafogo
A diretoria faz a avaliação interna e aposta no diálogo na tentativa de cortar custos nos últimos meses de 2021. Os dirigentes têm cautela ao tratar o assunto porque não querem causar dívidas futuras na tentativa de poupar dinheiro no presente. Rescindir contratos sem acordos leva ao risco de mais processos trabalhistas, uma das grandes causas do passivo quase bilionário que o clube já acumula.
O Botafogo acelera a tentativa depois da chegada de Rafael, como indicou o CEO Jorge Braga. O clube não fez loucuras para contratar o jogador, mas adicionou um custo que não estava previsto, até porque a negociação aconteceu de supetão. Ainda durante as negociações, o dirigente apontou a necessidade de cortar despesas para não desequilibrar as contas.
- Precisaremos tomar duras medidas internas para garantir a manutenção do compromisso orçamentário. Isso significa liberar e buscar acordos com atletas que estão fora dos planos para a sequência da temporada - declarou via nota oficial.
Reveja participação de Jorge Braga, CEO do Botafogo, no Seleção SporTV (https://ge.globo.com/sportv/programas/selecao-sportv/video/jorge-braga-ceo-do-botafogo-participa-do-selecao-9837598.ghtml)
Além de acordos com jogadores que já estão no clube, o Botafogo mudou a política de contratações para evitar problemas futuros, como os que se repetiram nos últimos anos. No caso de Cavalieri, por exemplo, havia uma cláusula de renovação com aumento salarial.
Outro exemplo que está fora dos planos é o atacante Lecaros, que voltou recentemente de empréstimo do Avaí: depois de contratar o peruano, o clube precisou pagar US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) ao Cusco devido ao mecanismo de solidariedade da Fifa. No momento da contratação, o Botafogo não se atentou para a cobrança futura.
Mais nomes se juntam aos atletas citados pelo ge no fim da fila por uma vaga no time. O desafio é convencer os jogadores a praticamente adiantarem as férias e ainda abrirem mão de pelo menos parte do que iriam receber até dezembro.
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Fonte: GE?Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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