Enderson valoriza empate do Botafogo com Ponte Preta: "Na Série B é importante pontuar"

Em jogo com poucas emoções, time alvinegro tem dificuldades de explorar os contra-ataques; técnico agora mira preparação para o confronto com o Operário-PR no Nilton Santos

Melhores momentos: Ponte Preta 0 x 0 Botafogo, pela 35ª rodada do Brasileirão Série B



O empate sem gols entre Ponte Preta e Botafogo, na noite desta quinta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli, reservou poucas emoções para o torcedor. Com postura mais cautelosa fora de casa, o time alvinegro não conseguiu aproveitar os contra-ataques, como aconteceu nos últimos jogos. Para o técnico Enderson Moreira, a equipe poderia ter explorado melhor as laterais.


- A gente sabia que era um jogo muito difícil, a Ponte em casa sempre foi um adversário que impõe dificuldades. Imaginando que eles também tinham a necessidade de buscar a vitória, a gente tinha a expectativa de ter um pouco mais de espaço. A gente conseguiu achar o passe por dentro, insistimos muito no jogo pelo centro e acho que isso nos impediu de criar melhor as oportunidades.



- Criamos boas jogadas, uma pena que o lance do gol estava impedido, porque foi uma boa trama. A gente veio para vencer, mas nessa competição é importante sempre pontuar. Temos o Operário, vamos tentar o resultado positivo para confirmar nosso acesso.


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Enderson Moreira em Ponte Preta x Botafogo — Foto: Marcos Ribolli/ge



O Botafogo agora foca na próxima rodada da Série B, quando receberá o Operário-PR, às 16h de segunda-feira, com expectativa de casa cheia. O jogo no Nilton Santos pode confirmar o acesso à Série A. Com 63 pontos, dois a mais que o Coritiba, o time se mantém na liderança da competição.


- Eu acho que temos que ter tranquilidade. Conversamos muito com os atletas para não carregarmos nas costas um peso maior. Vamos estar preocupados exclusivamente com o que vai acontecer dentro das quatro linhas. Sabemos que é um adversário que está buscando também uma situação na competição, que traz uma dificuldade para nossa equipe.


- O torcedor e a festa são fundamentais. A temporada foi muito difícil. Temos agora a oportunidade de encerrar com o objetivo alcançado. Esperamos dar esse objetivo para o torcedor, que sofreu muito ano passado e no início da temporada e tem a possibilidade de terminar o ano com uma perspectiva boa - afirmou Enderson.


Outras declarações do treinador:

Chay volta contra o Operário-PR?


- O Chay ele está no processo de recuperação. Já participou da fase de transição. Participou de alguns treinamentos com bola. Teve um que ele foi muito bem, no outro já apresentou dificuldades. É ter tranquilidade para colocá-lo. Se ele tiver condições há possibilidade sim. Mas também pode acontecer de não estar pronto ainda.


Gilvan e defesa


- É importante enaltecer a atuação do Gilvan. É um jogador que contribuiu muito conosco na temporada e que está sempre preparado para entrar em qualquer situação. Acho que nosso sistema defensivo precisa ser enaltecido. Desde a minha chegada acho que sofremos 10 gols em 23 jogos. Ficamos muitos jogos sem tomar gols. Isso é importante em uma competição de pontos corridos. Hoje temos o melhor ataque, uma defensiva consistente. Isso é fundamental.


- E muitas vezes o Diego, nosso goleiro, ou o Douglas, não têm um trabalho muito intenso. São raras exceções. Filtramos muito bem as oportunidades. Mas é um trabalho da equipe como todo. Temos que enaltecer muito os nossos atacantes, meias, extremos, que ajudam muito no sistema defensivo para que possamos ter uma estabilidade defensiva.


O que pode ser diferente contra o Operário-PR?


- Jogando fora de casa temos a expectativa de explorar alguns espaços. Hoje, não tivemos todas as possibilidades no sentido de transição porque a Ponte também fez um jogo mais sólido, também criou dificuldade. Insistimos no jogo interior, mas podíamos ter jogado abertos. Provavelmente teríamos levado mais perigo. E acho que do primeiro para o segundo tempo melhoramos nesse aspecto, conseguimos criar mais. E eles tinham jogadores extremamente perigosos, e não permitimos que eles tivessem grandes oportunidades.


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Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Campinas, SP