Botafogo quer ficar resguardado em cláusulas esportivas, mas ajustes foram, em suma maioria, resolvidos; contrato vinculante pode ser assinado ainda neste domingo
John Textor e Jorge Braga, CEO do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Um dia recheado de reuniões, mas que terminou com esperança por um final feliz. Botafogo e John Textor caminharam para um acordo positivo. O americano foi ao Estádio Nilton Santos neste sábado resolver últimos ajustes no contrato da SAF e deu mais um passo para realizar uma oferta vinculante para comprar 90% da SAF do Alvinegro.
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O americano chegou no local pouco depois das 10h. Lá, assistiu ao jogo do Crystal Palace, clube que também possui ações na Inglaterra, e até fez uma postagem exaltando o Brasil e o Botafogo. Após a peleja, uma rodada de negociações com representantes do Glorioso se iniciou.
O dia foi baseado em conversas de cláusulas jurídicas e um "mexe pra lá-mexe pra cá" no sentido de ajustes em contratos. Textor foi acompanhado de seus advogados e consultores da "Matix Capital", uma empresa que ele contratou para ajuda-lo nessa questão dos vínculos com o Alvinegro.
Pelo lado do Botafogo, o CEO Jorge Braga também estava acompanhado de representantes da XP, empresa de investimentos que ajudou o clube a mediar as negociações com a Eagle Holdings, empresa de John. Durcesio Mello, presidente do Alvinegro, acompanhou detalhes por vídeo e ligações por ter sido diagnosticado com Covid-19 durante a semana.
Durante as negociações, as pautas sobre o "orçamento mínimo" - assunto que o LANCE! detalhou em matéria sobre os números apresentados por Textor - e as metas esportivas foram os que mais apareceram. Cada parte, claro, queria 'defender o seu lado'. No final do dia o balanço acabou sendo positivo, com as partes chegando perto de uma conclusão.
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O Botafogo quer ficar resguardado e ter segurança para o futuro. Uma das cláusulas que o clube levantou é a de haja um orçamento mínimo em relação à receita total do ano anterior, algo para tentar garantir investimentos exponenciais para tornar a equipe competitiva temporada após temporada, como o "Ge" trouxe.
John Textor não era a favor de colocar metas esportivas "fixas" - ou seja, protocolar, por exemplo, que o Botafogo tem a obrigação de vencer em algo em dez anos. O empresário entende que o processo do futebol não é uma 'conta exata', mas que ele pode dar recursos para 'facilitar o caminho'.
Nessa queda de braço, os dois lados cederam um pouco e o resultado após mais de quatro horas de reuniões e conversas foi positivo. Os novos termos, quando fechados, serão divulgados ao Conselho Deliberativo. Há chance de Textor, inclusive, assinar a oferta vinculante neste domingo. Caso aconteça, aí o Botafogo terá 60 dias para iniciar a transição ao novo dono.
Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)
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