Darius Lewis, de 22 anos, começa treinos no Estádio Nilton Santos na nova iniciativa de John Textor, que inicia adaptada às regras brasileiras em equipe de aspirantes
Os olhos da torcida do Botafogo estão todos voltados para os reforços que irão jogar o Brasileirão, mas essas não são as únicas chegadas. De maneira mais discreta, o clube faz outros movimentos para tirar do papel o time B, um dos objetivos de John Textor na reformulação do futebol alvinegro.
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O projeto avança, por enquanto, a passos lentos, ainda de forma embrionária. Até porque o futebol brasileiro não está acostumado com um mesmo clube que disputa torneios diferentes, um com a equipe principal e outro com a "filial".
Darius Lewis reforça o time de aspirantes — Foto: Divulgação
O mais próximo disso, atualmente, é torneio de aspirantes da CBF. Nesse modelo, há um limite de idade em 23 anos. Apenas quatro atletas acima desse corte podem jogar na equipe alternativa.
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Nessa semana, uma aposta estrangeira chegou ao clube para esse novo projeto: Darius Lewis, de 22 anos, atacante nascido na pequena ilha de Trinidad e Tobago, no Caribe, anunciou Textor nas redes sociais. Ele começou os treinos no clube nessa semana. Além dele, o colombiano Dylan Talero, o "Novo Cristiano Ronaldo", chegou para reforçar o sub-20 e também pode ser testado. Os dois são da academia do empresário na Flórida.
A ideia do clube é que isso seja feito no médio ou longo prazo, já que a prioridade é formar uma equipe consistente entre os profissionais. Porém, existe a expectativa de montar outro time para dar espaço a promessas ou recuperar atletas que voltam de lesão, por exemplo.
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Com as conexões no mercado europeu e também norte-americano, Textor pretende fazer intercâmbio para testar jogadores em ambientes diferentes e desenvolver talentos. Darius e Dylan chegam ao Botafogo nessas condições. O empresário adiantou a ideia ao ge há um mês, em entrevista à editoria de Negócios do Esporte.
- Vamos acrescentar times ao Botafogo. Um time B, como existe em Portugal, esses grandes times B. Eles não são apenas o time reserva, são jogadores que estão lutando, talvez mais jovens, em reabilitação médica... Estão lutando para chegar ao time principal - afirmou.
- Vamos crescer o nosso estafe, identificar pessoas talentosas que existem lá atualmente e criar empregos para elas. Porque precisamos ter um time principal, um time B, os melhores na categoria sub-20 também - completou.
Dylan Talero foi a primeira aposta estrangeira de Textor — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Os planos ainda não podem sair 100% do papel por dois motivos. Primeiro, porque o Botafogo precisa estruturar, antes de tudo, a equipe profissional. Depois, porque o nosso futebol não tem as mesmas regras do futebol português ou do espanhol, por exemplo.
Do outro lado do Atlântico, as equipes principal e B são vinculadas, mesmo que de maneiras diferentes, e não podem jogar os mesmos campeonatos. Tanto que o Barcelona já pontuou para ter duas equipes na primeira divisão, mas foi impedido pelo regulamento.
No Brasil, por enquanto, Textor só poderia fazer um time B em moldes similares se começasse outra empresa do zero, desvinculada legalmente do Botafogo. E que teria, aliás, que enfrentar o próprio Botafogo no Campeonato Carioca se quisesse avançar para os torneios nacionais.
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Fonte: GE/Por Davi Barros e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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