Atacante é o artilheiro do time no ano, com 13 gols, e ainda falou sobre a relação com John Textor, investidor do clube
Erison é o artilheiro do Botafogo na temporada com 13 gols em 20 jogos (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
O Botafogo está se movimentando para renovar contratos e planejar a janela de transferências do meio do ano. Depois de acertar com Kanu o novo vínculo, o Alvinegro tem outras prioridades. Uma delas é o atacante Erison, xodó da torcida e artilheiro do time em 2022 e que tem apenas 10% dos direitos vinculados ao clube. John Textor já manifestou a vontade de melhorar o contrato do atleta, que, em entrevista ao "Charla Podcast", garantiu querer permanecer.
- Quero muito ficar no Botafogo. Me identifiquei muito com a torcida, tenho vontade. Mas não depende só de mim. Essa parte deixo com as pessoas que trabalham comigo e o clube. Nem me intrometo, só quero jogar. Meu empresário fala "só treina e joga". Não tem coisa melhor. Imagina quantos jogadores queriam estar aqui no Botafogo, quantas crianças queriam ser jogador de futebol? Eu vi o que passei no começo de tudo, lutava para caramba, recebi vários “não”. Cheguei aqui hoje e quero me dedicar para sempre estar em alto nível e ajudar o Botafogo. Sou grato demais ao Botafogo. Isso tudo foi em muito pouco tempo, quase quatro meses. Eu esperava que iria fazer um grande campeonato, mas desse jeito, eu não esperava - disse.
- Ele (Textor) já falou algumas coisas comigo, me parabenizou no jogo do Fluminense que fiz dois gols, falou da comemoração. Mas eu não entendi né (risos). Tem um tradutor do lado dele. Vou começar a fazer inglês, quando tá falando eu só cutuco o Rafa e o Klaus. Igual o Niko (Hämäläinen). As vezes dou bom dia e só. Algumas coisas que quero resenhar peço para os caras falarem. A gente vê que o Textor está muito feliz. Foi girar bandeira, a torcida ama isso aí. Dá para ver que tem carinho. Ele é uma figura, está sempre sorrindo e brincando.
Erison se destacou pelo Botafogo no Campeonato Carioca e mesmo com a mudança de treinador após a chegada de Luís Castro se manteve como destaque. São 13 gols em 20 jogos e a vice-artilharia do Brasileirão. O atacante exaltou o trabalho feito pelo treinador português no Alvinegro.
- É muito sinistro. Baita profissional, tiro o chapéu. Ajuda todo mundo, o que tem para falar já fala na hora, não fica guardando. Cobra todos os dias a gente. Fala que não podemos nos acomodar, queremos mais. Acredito muito no trabalho dele e da comissão. Recebemos perguntas sobre onde o Botafogo quer ficar, eu quero buscar título, estar no G4, não quero só me manter na Série A. Quero sempre o melhor. Ele cobra muito meu posicionamento na frente, pede para fazer infiltração, buscar a bola, me movimentar. Duas vezes na semana ele me pega para fazer treino, trabalho de passe, finalização, virada de corpo, cruzamento. Está me ajudando muito. São caras do bem que eu só tenho coisas boas a falar. Ele é inteligente demais. O que ele pede dá certo. O espírito é de vencedor. Ele fala que temos que jogar em qualquer estádio do mundo e contra qualquer time para ganhar. Cobra muito de sermos verdadeiros, honestos, de estarmos unidos.
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Nascido em Cosmópolis, interior de São Paulo, próximo a Campinas, Erison jogou no XV de Piracicaba já com 18 anos e, assim, não teve a formação nas categorias de base. Ele começou sendo lateral-esquerdo, mas logo assumiu a vaga de centroavante. Uma das características marcantes é a comemoração feita após ganhar o apelido de "El Toro". O atacante falou sobre a escolha pela celebração e ainda elogiou a torcida do Botafogo.
- Foi a torcida do Fogão. Eles que me deram esse apelido. Eu abracei e montamos uma comemoração. Começou em um jogo contra o Madureira. Peguei a bola, saí arrancando e depois começaram a me chamar de "touro", "tanque", depois chegaram a um acordo sobre o apelido e eu abracei. Já estávamos pensando em montar uma comemoração diferente. Falei que tinha uma na cabeça, a raspada do touro e voadora na bandeira. E fizemos isso. Primeira vez foi contra o Vasco no Maranhão. No começo os caras ficavam colocando pilha, mas depois foram acostumando, agora só chamam de touro - disse.
- Que torcida sensacional. É de arrepiar. Senti muito esse carinho desde o início. Tem algumas críticas, sempre alguém falando mal. Mas sempre coloquei na minha cabeça que tinha que dar o meu melhor. Eu vinha trabalhando, os torcedores vinham ajudando, todo jogo apoiando. Agora toda partida eles começam a gritar, já fico como? (risos). É muito bom. O primeiro jogo contra o Corinthians entramos com fogos, a camisa descendo, falei "que torcida é essa". Não só em casa, mas fora a torcida vai em peso. Contra o Flamengo mesmo, estádio lotado, só a gente fazendo barulho - completou.
Rio de Janeiro (RJ)
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